sexta-feira, fevereiro 27, 2009

O mundo da blogosfera...

A propósito de blogs, uma bela amiga começou este blog delicioso. Visitem e deliciem-se...

Assim vai o mundo...

quinta-feira, fevereiro 26, 2009

O mundo dos blogs...

Um dos blogs mais loucos da blogosfera e eu faço parte... Maravilha...

Assim vai o mundo...

O mundo dos anúncios...

Um anúncio fantástico da T-Mobile...



ASsim vai o mundo...

quarta-feira, fevereiro 25, 2009

O mundo das crónicas...

A propósito do Carnaval, José Manuel dos Santos...

Se os seres a que chamamos humanos erguessem, sobre as cabeças, uma bandeira que mostrasse o brasão da sua genealogia e da sua condição, a imagem que as simbolizava haveria de ter uma máscara. É que criámos poucas coisas que melhor nos dizem do que esse outro rosto do rosto, onde nos escondemos e mostramos. A máscara, negando-nos, afirma-nos, dizendo o que somos na identidade, no disfarce, na alteridade, na representação, na pseudonomia, na mediação. E na catarse, na transfiguração, no enigma, na possessão, no engano, na ocultação, no rito, no adorno. Por isso, em tudo o que é nosso há máscaras de um rosto encoberto. Divinas ou demoníacas, animais ou vegetais, carnavalescas ou funerárias, marciais ou pacíficas, cómicas ou trágicas, sagradas ou profanas, materiais ou imateriais, as máscaras atravessam a antropologia, a psicanálise, a sociologia, a política, a medicina, a religião, a filosofia, o teatro, a literatura, a pintura, a escultura, a fotografia, o cinema, a dança, a ópera, a banda desenhada, o desporto. E a magia, o humor, o espiritismo, a espionagem, a aventura, o amor, a guerra, o crime.
Fernando Pessoa lembrava que o seu nome vinha da palavra latina persona, que significa máscara. E, ao lembrá-lo, dava uma razão de destino à criação dos heterónimos e à sua multiplicação neles. Mas toda a literatura é a máscara verbal de um rosto em fuga. É um teatro do ser. Os gregos, Shakespeare, Beckett sabiam-no.
Os romances estão também cheios de máscaras. Dom Quixote e Sancho Pança são máscaras um do outro - e nossas. Assim o são Narciso e Goldmundo. Também Bouvard e Pécuchet são máscaras do incessante carnaval da estupidez humana. E a obra de Proust diz-nos que viver é trocar as máscaras do tempo. O seu livro dá ao rosto do narrador a máscara do escritor. E Borges é a máscara de Borges até ao infinito. Na filosofia, para Espinosa, o mundo não é a máscara de Deus? E, para Kant, o fenómeno não é a máscara do númeno?
Na pintura, as máscaras são um rosto. Não precisamos de olhar os quadros cheios de máscaras de Pietro Longhi ou de Picasso para saber isso. Os auto-retratos de Rembrandt são máscaras de um rosto que durou menos do que elas. E, em "As Meninas", que faz Velázquez senão mostrar a máscara da pintura, mostrando o rosto do pintor?
As primeiras imagens do Casanova de Fellini misturam os rostos e as máscaras que fazem o mundo. E que fazem a vida, o amor, a morte. Já imaginaram o que seria a ópera sem máscaras, disfarces, enganos e travestis?
O Carnaval é o grande tempo da máscara, porque é o grande tempo do mundo, antes que venha a Quaresma e a renúncia a ele. Lembro-me dos carnavais da minha infância, com assaltos e cegadas que transformavam a rua num teatro ambulante e as pessoas em personagens (máscaras) de uma peça escrita pelo acaso. E aquele saber selvagem de que "a vida são dois dias e o Carnaval são três" vale mais do que muitos saberes domesticados.
Na escola da minha adolescência, havia um rapaz orgulhoso e feio, com cara de caraça. Todos os dias, quando estávamos sentados à espera que o professor entrasse na aula, havia um colega que exclamava: "Ó João, tira a máscara, que já não estamos no Carnaval!" Ele ria, furioso, mas aquela crueldade assassina, em vez de o diminuir, aumentava-o. Nunca foi, que eu saiba, ao psicanalista. Fez melhor: tornou-se um sedutor de êxito invencível. Perante o seu poder de conquista, a inveja dos outros aumentava-lhes a crueldade. Mas por cada "Ó João, tira a máscara!" que diziam, caíam mais umas tantas raparigas na sua teia, provando que, também no amor, a arte pode mais do que a natureza.
Com a minha memória de máscaras, traço uma linha que passa pelos grandes carnavais. Num extremo dessa linha, está o Carnaval do Rio; no outro, o Carnaval de Veneza. Tão diferentes e tão distantes, não serão eles, afinal, a máscara um do outro? Não será a nudez a máscara da veste e a veste a máscara da nudez? E não será o frio da laguna a máscara do calor do sambódromo? E não será a morte a máscara da vida, que é a máscara da morte? Ao respondermos a estas perguntas, escolhemos uma máscara para o nosso rosto.


Assim vai o mundo...

terça-feira, fevereiro 24, 2009

O mundo do Carnaval...

O Carnaval na minha terrinha começa a ser uma tradição muito engraçada que chama pessoas de várias cidades vizinhas... Ontem não foi excepção! Uma grande noite em que toda a gente se mascara e pode ser alguém diferente...

Assim vai o mundo...

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

O mundo dos Oscars...

Os Oscars!! Vocês sabem que adoro o Jon Stewart, mas este ano a cerimónia teria que ser pouco política e mais festeira por esquecer a crise. E Hugh Jackman fez um grande número de abertura.



Quanto aos prémios, Penelope Cruz e o expectável Heath Ledger levaram o Oscar para Melhor Actriz e Actor Secundário. Kate Winslet confirmou as expectativas e levou o Oscar de Melhor Actriz. Sean Penn surpreendeu, não pelo papel mas porque toda a gente pensava que Mickey Rourke ia ter um prémio para o regresso.



É claro que o grande vencedor foi "Quem quer ser milionário", que ainda não vi. Para além de Oscars técnicos, os Oscars de Melhor Realizador e Melhor Filme certamente atestam que é um filme a ver...



E aqui ficam os melhores momentos da cerimónia...



Assim vai o mundo..

O mundo do cinema...

Hoje é a noite mais longa do cinema. Vou seguir os Oscars um pouco distanciado porque vi poucos dos nomeados. Mas depois comentarei...

Assim vai o mundo...

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

O mundo do cinema..

Agora que se aproximam os Oscars, a UNICA e a TABU falam-nos de cinema.

Na UNICA, todos os anos, juntam-se alguns dos nomeados para uma mesa redonda sobre cinema. Menos divertida que em outros anos, esta pautou-se pela rebeldia. Mickey Rourke, Robert Downey Jr, Brad Pitt e um sempre espirituoso Frank Langella conseguiram pautar as suas palavras pela insubordinação.

Na Tabu, a Raquel Carrilho traça o perfil de um actor que podia ter sido marcante mas que se deixou enredar em problemas pessoais. Mickey Rourke tem agora uma nova oportunidade de ganhar o Oscar (já levou o Golden Globe e o BAFTA). Vamos ver se a Academia se compadece.

Assim vai o mundo...

O mundo dos filmes...

Ontem fui ver "Ensaio sobre a Cegueira"! Não li o livro. Irei lê-lo, tenho a certeza disso. O filme é complicado de avaliar! Consegue transmitir-nos a sensação de angústia da falta de visão, mas há uma parte do filme crua, demasiado crua. Como se o realizador tivesse decidido mostrar-nos o fundo da natureza humana! Sem parar e sem remorsos. E com isso pode ter perdido alguns espectadores que não tem o estomago para aguentar essa queda. O fim do filme diz-nos que apesar de vermos, somos cegos. Cegos de moral, cegos de compaixão, cegos de humanidade. Talvez seja verdade...



Assim vai o mundo...

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

O mundo das revistas...

Entrevista brutal de Júlio Machado Vaz à ÚNICA de Sábado. A primeira parte é dominada pelo sexólogo, o mais reconhecido e se calhar o mais competente de Portugal. Mas é quando o homem se abre, que algo indescritível acontece. A relação com o pai, com a mãe, com o Alzheimer dos dois, com a eutanásia, com a depressão de quatro anos que teve, com a vida... «E ser "psi" não o ajuda em nada? Absolutamente nada."... A ler...

Assim vai o mundo...

O mundo da música...

Um a um, os gradiosos músicos de Buena Vista Social Club vão partindo. Agora foi Cachaíto Lopez! Neste vídeo com Ibrahim Ferrer...



Assim vai o mundo...

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

O mundo das crónicas...

Apesar de não concordar com ele muitas vezes é com pena que vejo que o João Pereira Coutinho vai sair do Expresso! Despediu-se assim...

Expresso
Hoje é dia dos namorados e eu, rapaz romântico, termino aqui uma relação de cinco anos por decisão estritamente pessoal. Falo da minha relação com o Expresso, claro, e não posso deixar de partir com alguma frustração à mistura. Entendam: eu faço parte de uma geração que cresceu com o semanário "O Independente". E fazer parte dessa geração implicava olhar para o Expresso como o "saco de papel" institucional e cinzento, onde a liberdade criativa não abundava. O Expresso era o inimigo: na filosofia e nas vendas. Abominar o Expresso era o dever de qualquer colunista "conservador" que se prezasse.
Pois bem, estes cinco anos de colaboração com o Expresso foram a prova semanal de que estava errado. Com José António Saraiva, primeiro; e com Henrique Monteiro, depois, o Expresso foi, ironia das ironias, um prolongamento natural da doce liberdade, e da doce inconsciência, que eu bebi no "Independente". Sim, era bom bater com a porta, armar barraca, acusar o Expresso de maldades várias. Mas o Expresso é um desmancha-prazeres: nesta casa, escrevi sempre o que quis, como quis, onde quis. E, pior, directores e editores foram permitindo e apoiando, sem pressões, sugestões ou hesitações de qualquer espécie, os meus recorrentes números jornalísticos. Se falhei, falhei por mim. Se acertei, foi por minha conta e risco. É pouco?
Não, leitores. É tudo. A liberdade é a condição básica de que vive qualquer colunista. Hoje, cinco anos depois, saio como entrei: grato e de cabeça limpa.
(UNICA)

Assim vai o mundo...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

O mundo das causas...

Estas musicas fazem parte do Movimento UPA (Unidos Para Ajudar) da associação Encontrar+se. CD+DVD á venda ou podem fazer download destas ou de outras musicas em troca de um pequeno donativo em http://www.encontrarse.pt.











Assim vai o mundo...

sexta-feira, fevereiro 13, 2009

O mundo da TV...

A nova série a que estou colado: chama-se Flashpoint e está na Fox...



Assim vai o mundo...

O mundo dos jornais...

O José Manuel dos Santos escreve como eu, mas "em bom"...

Ela

Era no tempo em que havia tempo para o ter. Então, os cafés eram salas de conversa, de observação, de escuta. Falava-se de tudo, e nesse tudo de que se falava estava mesmo aquilo de que não se podia falar. No Café Monte Carlo, havia mesas para todas as tribos: escritores, pintores, actores, jornalistas, médicos, advogados, voyeurs de vários voyeurismos. Numa delas, costumava sentar-se a Laura Alves com as amigas. Toda a sua vida decorria no Saldanha. Morava na Avenida Praia da Vitória, representava no Teatro Monumental e frequentava o Monte Carlo.

Como Vivien Leigh em "The Roman Spring of Mrs. Stone", aparecia escondida atrás de uns óculos escuros que ainda mais a mostravam. Fora do palco, era frágil e fugidia. No palco, era uma força da natureza - intuitiva, infatigável, exuberante. Tinha um talento popular: peça onde entrasse era êxito garantido. Era casada com o quase único empresário teatral de um tempo em que tudo era único, Vasco Morgado, que financiava com os grandes êxitos dela os muitos fracassos dele. A actriz teve uma carreira constante e diversa: fez tudo, o bom e o mau. Mas mesmo o mau fazia bem. Após o 25 de Abril, dedicou-se ao espiritismo - até ao espiritismo político. Acabou desvairada e dizem que a demolição do Monumental foi um golpe que lhe aumentou o desvario. Era então vista, quando a noite crescia, entre as ruínas do teatro, a recitar tiradas de peças que aí tinha representado.

Nos tempos de glória, entre as senhoras que se sentavam à sua mesa do Monte Carlo, havia uma que presumia ser mais do que as outras. E notava-se! Logo que uma delas aparecia com um casaco novo, ela exclamava: "Que graça! Tenho um casaco assim, mas em bom." As amigas ouviam-na e calavam a fúria. Num outro dia, quando alguma contava que o filho entrara num colégio, ela dizia: "O meu filho anda também num colégio parecido, mas em bom." E mal uma comunicava às outras, orgulhosa, que o marido a tinha levado a jantar a um restaurante, ela comentava: "Também fui recentemente jantar fora, mas a um restaurante em bom."

Tanto isto disse que, antes de abrir a boca, as outras já sabiam o isto que ela ia dizer. E como a repetição, se nos cansa, também nos torna indiferentes, ninguém se importava já com aquelas manifestações de altivez. Passaram mesmo a ser ouvidas como uma marca de estilo, um sinal de coerência, uma prova de vida. Os anos foram assim passando como um rio sereno e continuava a ser rara a tarde em que ela não submetia alguém à comparação humilhante de ser ou de ter em mau o que ela era ou tinha em bom. Mas uma coisa é suportarmos a humilhação; outra, bem diferente, é renunciarmos à oportunidade de nos vingarmos dela. E foi isso que aconteceu.

Uma tarde amena de Primavera, em que a luz de Lisboa parecia ainda mais acesa do que a alegria nos olhos dos que a viam, ela entrou no café como se, em vez desse tempo doce, um temporal se abatesse sobre a cidade. O cabelo vinha revolto; a roupa, desalinhada; a maquilhagem, desbotada; o olhar, desorbitado; a voz, esganiçada. Contou que não tinha dormido - estava a enlouquecer. Atirou-se para uma cadeira, começou a lamentar-se amargamente e, depois de as amigas a terem acalmado, contou-lhes que o marido a tinha trocado por outra. "Por quem?", perguntaram-lhe em uníssono, curiosas e perversas. Ela apenas sabia que a tal outra era nova, pois conhecia-a de vista - mas mesmo assim lá a foi difamando como pôde. E, com os punhos erguidos, ameaçou: "Isto não fica assim!"

As amigas ouviam-na, com uma mistura de pena e contentamento, cuja proporção variava ao ritmo das inflexões de lamento e fúria que ela ia pondo na voz. Foi então que a Laura Alves disse o que todas estavam a pensar. Olhou a desgraçada com uma altivez simétrica daquela com que, no grande tempo, ela as costumava fitar, demorou a pausa que lhe antecedeu a fala como se estivesse em palco a representar e atirou-lhe: "Não te zangues, querida. Afinal, o teu marido limitou-se a trocar-te por uma mulher assim como tu, mas em bom!" A desgraçada escutou, surpreendida, aquelas palavras que pareciam sair da sua boca. Levantou-se e, alucinada, começou a repeti-las como num eco: "Em bom! Em bom! Em bom!" Depois, correu para a rua e desapareceu, ainda a repeti-las. Nunca mais foi vista no Saldanha...(ACTUAL)


Assim vai o mundo...

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

O mundo da TV...

Eu pensava que já tinha visto tudo na TV japonesa, mas eles surpreendem-me sempre...



Assim vai o mundo...

terça-feira, fevereiro 10, 2009

O mundo das revistas...

Bela entrevista da Raquel Carrilho a uma das mais bonitas actrizes portuguesas. Sandra Cóias mostra-se uma mulher determinada e senhora do seu caminho. Estreou agora o filme "Second Life", onde pelos vistos tem uma cena arrojada, mas sente-se bem e isso é que importa. Quanto ao seu ar oriental, é um mistério porque é filha de um alentejano e uma viseense!



Assim vai o mundo...

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

O mundo do desporto...

Acho-o um treinador mediano! Foi campeão do mundo no pior Mundial de sempre com uma selecção brasileira com individualidades fortes, conseguiu que um país que gosta de mitos perdesse uma final de um Europeu em casa contra uma equipa fraca como a Grécia, e agora foi despedido do Chelsea ao fim de alguns meses: Scolari!

O Chelsea despediu Luiz Felipe Scolari "com efeitos imediatos", conforme se pode ler no comunicado oficial divulgado hoje pelo clube inglês.
Os 'blues' justificam a demissão do treinador com a "deterioração das exibições e dos resultados num momento chave da temporada". Por isso, o emblema londrino assegura que a única opção encontrada para continuar a lutar pelos objectivos a que se propôs no início da época foi dispensar Scolari.
O Chelsea informa ainda que já iniciou a procura por um novo treinador e que, até o sucessor de Scolari ser encontrado, o técnico adjunto Ray Wilkins ficará no comando da equipa londrina.
Luiz Felipe Scolari deixou o Chelsea decorridas 25 jornadas da Premier League, com o clube a ocupar o 4.º lugar, com 49 pontos. O Manchester United lidera com 56 pontos (menos um jogo), seguido do Liverpool, com 54, e Aston Villa, com 51.
O clube mais português de Inglaterra, com Hilário, Ricardo Carvalho, Bosingwa, Paulo Ferreira e Deco perde o ex-seleccionador português, que esteve no comando técnico do Chelsea durante aproximadamente sete meses.
(EXPRESSO)

Assim vai o mundo...

sábado, fevereiro 07, 2009

O mundo do cinema...

Vi ontem o filme "Sexo e a cidade"! Não sendo um fanático da série, vi todas as temporadas. Divertia-me com as histórias mas não deixava de pensar como seria se fossem quatro homens nas mesmas situações. O filme é um desfile de marcas e griffes com algum enredo à volta. Os sub-argumentos de cada uma das personagens são engraçados mas simples. Um filme leve para entreter...



Assim vai o mundo...

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

O mundo da TV...

Vi ontem o último episódio da primeira série de "Damages / Sem Escrúpulos". Não sei se pelo argumento, se pela forma como está construído, sei que não me conseguiu cativar. Acho que dos 13 episódios, se devia fazer um resumo em três e continuar com aquilo que acho que será a segunda série. Seria injusto não destacar as interpretações de Glenn Close e Ted Danson!



Já agora, por falar em séries, já só falta um episódio da magnífica "Kill Point / Depois do Iraque"! Uma série sobre um assalto a um banco por um grupo de ex-militares. Algo corre mal e torna-se uma situação de reféns. Às segundas na Fox, com John Leguizamo e Donnie Wahlberg...



Assim vai o mundo...

terça-feira, fevereiro 03, 2009

O mundo das crónicas...

Falei ontem do intervalo do Superbowl! A propósito fica esta crónica sobre o Intervalo, do inevitável José Manuel dos Santos...

Intervalo

Quando quero sentir mais leve o peso que, em mim, de mim me pesa, ando pelas ruas da cidade velha porque sei que a tristeza delas é ainda maior que a tristeza minha. Vou andando, ora devagar ora depressa, e, ao olhar o que passa ou o que fica, é de mim que parto mais pesado e é a mim que chego mais leve. Vou andando, com uma imobilidade que se desloca, e vejo e oiço e sinto e penso, assim os animais olham, ouvem, sentem e pensam, excepto naquela parte deles que não existe para o saber.

Ando sob a luz que se vira para dentro e por isso escurece. Ando e sei que ter destino é um erro que não se corrige. Por isso, nos meus passos há todas as certezas que se mudam noutras tão incertas como essas. Ando naquele intervalo entre o que sou ao não ser e o que não sou ao ser. Ando e sei que aqueles que passam e se distraem da sua distracção olhando-me vêem um homem de meia-idade que parece um pouco mais novo do que é, com um andar que procura o seu ritmo e a sua atenção, uma cara que se ausenta do seu sorriso para estar mais de acordo com o anoitecer, um cabelo que começa a não ser só escuro e que cede na sua continuidade. Esses vêem-me sem me conhecer e assim ficam perto de mim, que também não me conheço, nem sequer me vejo passar, senão em imagens de um eu que não sou. Vêem-me, e eu sei que o ver não lhes diz o que vêem. Por isso lhes agrado ou lhes desagrado por razões que são mais deles do que minhas. Ando sob a claridade que começa a ser escuridão e, enquanto as luzes não se acendem, há um hiato entre tudo e o seu contrário, inversão de sinais, reverso de sentidos.

Ando e oiço o que falam os que falam sozinhos ou acompanhados. Oiço as suas palavras inúteis, gastas e repetitivas. Oiço os que dizem apenas o que já ouviram, cópias de um original que nunca foi deles. Oiço os medíocres que dizem a mediocridade dos outros para negarem a sua. Oiço os infelizes que choram a felicidade alheia por saberem que nunca será própria.

Oiço a voz deste tempo que é feita de exclamações baixas, gritos calmos, desesperos mansos, angústias medidas, suicídios mudos. Oiço as vozes que se negam na raiz e que se desmentem no auge. Oiço falar de desemprego, de falência, de ruína, de medo. E fico exposto à interrogação que me pergunta: como é possível não haver nisto o tempo de uma rebelião? Oiço falar de um homem negro que está num gabinete oval e sei que a esperança é uma flor que abre num caule frágil ao vento. Falam dele como de um feiticeiro, de um curandeiro, de um xamã. Falam dele como se fosse um próximo, um parente, um amigo.

Subitamente, passa um gato, e eu olho o seu olhar agudo. Há mais verdade nesse olhar do que no meu, fatigado dela. Há mais alegria nesse olhar do que no nosso, desapossado dela. O gato pára, e a sua hesitação aproxima-o de mim. Depois, corre e desaparece numa esquina esquecida. Nunca mais o verei: morre no meu olhar, mas deixa nele o seu fantasma. Agora, passa uma mulher vestida com roupas velhas que são a única coisa que possui. Anda ao lixo e, da sua boca sem dentes, saem palavras que se ouvem como se fossem a faca que corta ao meio as que o nosso pensamento soletra: "Não há direito, uns com tanto e outros com nada. Ando aqui porque Deus é um cego a quem ninguém dá esmola!"

À porta da igreja fechada, uma rapariga toca flauta no cimo das escadas, e o seu amigo não se importa de a ceder um pouco para ganhar a recompensa que os sustenta. A quem a olha exclama: "Dêem os vossos trocos à flautista, que alegra a rua e alegra a vista." E o som da flauta corre contra mim e empurra-me para o meu passado sem tempo. Lembro o que foi e o que deixou de ser, o que viveu e o que morreu. A rapariga continua na sua beleza triste a tocar: "Só, incessante, um som de flauta chora,/ Viúva, grácil, na escuridão tranquila,/ - Perdida voz que de entre as mais se exila,/ - Festões de som dissimulando a hora" (Camilo Pessanha).

E no céu, que já é outro, a lua abre sobre nós a sua luz deserta.


Assim vai o mundo...

O mundo das revistas...

Na Ler de Janeiro, temos uma magnífica entrevista de Carlos Vaz Marques a V.S. Naipaul e uma reportagem sobre Agustina Bessa-Luis. Nunca li nada dela. Talvez porque tenha uma certa reverência pela Amarantina. Depois de ler sobre esta grande senhora, posso agora ler as suas obras com todo o respeito que ela me merece...

Assim vai o mundo...

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

O mundo do desporto...

Os EUA pararam ontem à noite por causa do Superbowl, a final do campeonato de futebol americano. 100 milhões de pessoas assistiram. Não sendo adepto de nenhuma das esquipas, apreciei o jogo e sobretudo o espectaculo de intervalo de Bruce Springsteen.





Assim vai o mundo...

O mundo do ténis...

Federer é um dos melhores tenistas de sempre! Nadal é provavelmente o melhor tenista da actualidade. Uma final do Australian Open épica e uma entrega de prémios muito emotiva...



Assim vai o mundo...

domingo, fevereiro 01, 2009

O mundo do racismo...

Excelente anúncio sobre o racismo...



Assim vai o mundo...

O mundo do teatro...

Fiquei com curiosidade depois de ler a reportagem da Raquel Carrilho na Tabu de ontem, sobre a peça Caveman protagonizado por Jorge Mourato. Verei no Rivoli...

Assim vai o mundo...