domingo, julho 31, 2005
sábado, julho 30, 2005
sexta-feira, julho 29, 2005
quinta-feira, julho 28, 2005
De novo as férias..
Pois bem, meus amigos, mais uma vez irei partir de férias... Espero aproveitar para escrever bastante, fazer muito exercício físico e descansar activamente como gosto... Mais uma vez irei deixar algumas imagens que considero fantásticas... Por hoje deixo-vos um conto...
"Conta-se que,numa pequena cidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas. Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas -uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro. Ele escolhia sempre amaior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei" - respondeu o não tão tolo assim - "ela vale metade do valor, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda."
Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: quais eram os verdadeiros tolos da história ?
A terceira: se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar sua fonte de rendimentos.
Mas a conclusão mais interessante é a seguinte: a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.
"O maior prazer de um "Homem" inteligente é fazer de idiota diante de um idiota que faz de inteligente."
Assim vai o mundo..
"Conta-se que,numa pequena cidade do interior, um grupo de pessoas divertia-se com o idiota da aldeia. Um pobre coitado de pouca inteligência que vivia de pequenos biscates e sobretudo de esmolas. Diariamente, eles chamavam o bobo ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe a escolha entre duas moedas -uma grande de 50 cêntimos e outra menor, de 1 euro. Ele escolhia sempre amaior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos. Certo dia, um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não tinha percebido que a moeda maior valia menos. "Eu sei" - respondeu o não tão tolo assim - "ela vale metade do valor, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou ganhar mais nenhuma moeda."
Podem tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa:
A primeira: quem parece idiota, nem sempre é.
A segunda: quais eram os verdadeiros tolos da história ?
A terceira: se você for demasiado ganancioso, acaba por estragar sua fonte de rendimentos.
Mas a conclusão mais interessante é a seguinte: a percepção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não têm uma boa opinião a nosso respeito. Portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas o que realmente somos.
"O maior prazer de um "Homem" inteligente é fazer de idiota diante de um idiota que faz de inteligente."
Assim vai o mundo..
quarta-feira, julho 27, 2005
Para ti, mãe..
Hoje a minha mãe faz anos, por isso aqui vai algo que não escrevi mas podia ter escrito...
"Como és bela minha Mãe"
Como és bela minha Mãe!
O teu rosto sempre triste,
Cansado de sofrimento,
Como é belo, sei-o eu bem.
As tuas mãos enrugadas
Caídas no esquecimento
São muito belas também.
Foi com elas que moldaste
A minha alma de criança
Quando não era ninguém.
Ensinando-me a verdade
Deixaste-me a tua herança
Fizeste de mim alguém!
E quando um dia embalar,
Nos braços, os meus filhinhos,
Num vagaroso vaivém,
Recordarei com saudade
Que com teus meigos carinhos,
Eu aprendi a ser Mãe!
"Como és bela minha Mãe"
Como és bela minha Mãe!
O teu rosto sempre triste,
Cansado de sofrimento,
Como é belo, sei-o eu bem.
As tuas mãos enrugadas
Caídas no esquecimento
São muito belas também.
Foi com elas que moldaste
A minha alma de criança
Quando não era ninguém.
Ensinando-me a verdade
Deixaste-me a tua herança
Fizeste de mim alguém!
E quando um dia embalar,
Nos braços, os meus filhinhos,
Num vagaroso vaivém,
Recordarei com saudade
Que com teus meigos carinhos,
Eu aprendi a ser Mãe!
terça-feira, julho 26, 2005
Vida de cão..
É a história de uma prisão que abriu em 1928! É a história de uma prisão que em 1992 assistiu um massacre que provocou mais uma centena de mortos! É a história de uma prisão que teve o seu fim em 2002! É a história do Carandiru...
Devo confessar a minha ignorância: eu não conhecia nada sobre o Carandiru! Lembro-me vagamente de ter ouvido falar da sua implosão há três anos. Assim, parti para o filme de Hector Babenco, baseado no livro verídico de Adruzio Varella, com a cabeça limpa de preconceitos...
O filme está muito bem construído porque mostra o que muitas vezes não é feito em filmes de prisões... A perspectiva social e psicológica de cada um dos presos ajuda-nos a entrar num universo singular que toda uma massa que convive conjuntamente. Nem todos os presos são pessoas violentas ou repulsivas! Ao tomar contacto co algumas estórias pensamos se não reagiríamos da mesma forma num mesmo contexto. Obviamente que não defendo a violência mas não podemos nunca saber quais os instintos mais primários do ser humano quando confrontado com uma situação limite...
Ao longo do filme vamos tomando contacto com várias personagens que apesar de nos parecerem agressivos, levam uma vida regrado e até respeitadora... Obviamente, nem tudo são rosas e a droga ou Sida abundam neste local propiciando comportamentos de risco! A perspectiva que nos narra a história é a de um médico, Adruzio Varella, que para além de tentar garantir alguns cuidados médicos, é também uma espécie de padre-confessor a quem os presos contam o seu crime (quase sempre a seu favor). Damos por nós a entender algumas das histórias e a nutrir simpatia por essas personagens... O problema é que a cadeia foi feita para 800 presos e em 1992 estavam lá 8000! Esta sobrelotação provoca sempre maior temor e violência pois é certo que a multidão tem reacções que o ser humano isolado não sonha...
O resultado e desfecho deste filme é o já citado massacre de 1992, em que um motim para melhores condições acaba com uma intervenção brutal da Polícia de Choque brasileira que causou a morte de mais de 100 presos... A violência indiscriminada da polícia faz-nos pensar até que ponto esta seria necessária, uma vez que os presos não tinham reféns e até ja tinham deposto as armas! Desta vez temos a perspectiva dos reclusos e não da polícia...
A sobrelotação das prisões não é um problema brasileiro, aliás o nosso país possui esse mesmo problema, e ano após ano, a Amnistia Internacional declara no seu Relatório que nas prisões portuguesas as condições são degradantes... Eu não sou apologista da pena de morte, mas sim de prisões perpétuas, já que considera que a falta de liberdade é muito mais penosa que a morte imediata, mas defendo também que haja condições para os presos! Afinal são seres humanos...
Uma última nota para um pequeno pormenor... No filme é-nos mostrado que nas prisões brasileiras mais facilmente se perdoa a um homicida que a um violador de crianças! Aliás, este acaba linchado e morto pelos companheiros... Dá que pensar a certos senhores em Portugal, se não seria pior terem nascido brasileiros!
Assim vai o mundo...
Devo confessar a minha ignorância: eu não conhecia nada sobre o Carandiru! Lembro-me vagamente de ter ouvido falar da sua implosão há três anos. Assim, parti para o filme de Hector Babenco, baseado no livro verídico de Adruzio Varella, com a cabeça limpa de preconceitos...
O filme está muito bem construído porque mostra o que muitas vezes não é feito em filmes de prisões... A perspectiva social e psicológica de cada um dos presos ajuda-nos a entrar num universo singular que toda uma massa que convive conjuntamente. Nem todos os presos são pessoas violentas ou repulsivas! Ao tomar contacto co algumas estórias pensamos se não reagiríamos da mesma forma num mesmo contexto. Obviamente que não defendo a violência mas não podemos nunca saber quais os instintos mais primários do ser humano quando confrontado com uma situação limite...
Ao longo do filme vamos tomando contacto com várias personagens que apesar de nos parecerem agressivos, levam uma vida regrado e até respeitadora... Obviamente, nem tudo são rosas e a droga ou Sida abundam neste local propiciando comportamentos de risco! A perspectiva que nos narra a história é a de um médico, Adruzio Varella, que para além de tentar garantir alguns cuidados médicos, é também uma espécie de padre-confessor a quem os presos contam o seu crime (quase sempre a seu favor). Damos por nós a entender algumas das histórias e a nutrir simpatia por essas personagens... O problema é que a cadeia foi feita para 800 presos e em 1992 estavam lá 8000! Esta sobrelotação provoca sempre maior temor e violência pois é certo que a multidão tem reacções que o ser humano isolado não sonha...
O resultado e desfecho deste filme é o já citado massacre de 1992, em que um motim para melhores condições acaba com uma intervenção brutal da Polícia de Choque brasileira que causou a morte de mais de 100 presos... A violência indiscriminada da polícia faz-nos pensar até que ponto esta seria necessária, uma vez que os presos não tinham reféns e até ja tinham deposto as armas! Desta vez temos a perspectiva dos reclusos e não da polícia...
A sobrelotação das prisões não é um problema brasileiro, aliás o nosso país possui esse mesmo problema, e ano após ano, a Amnistia Internacional declara no seu Relatório que nas prisões portuguesas as condições são degradantes... Eu não sou apologista da pena de morte, mas sim de prisões perpétuas, já que considera que a falta de liberdade é muito mais penosa que a morte imediata, mas defendo também que haja condições para os presos! Afinal são seres humanos...
Uma última nota para um pequeno pormenor... No filme é-nos mostrado que nas prisões brasileiras mais facilmente se perdoa a um homicida que a um violador de crianças! Aliás, este acaba linchado e morto pelos companheiros... Dá que pensar a certos senhores em Portugal, se não seria pior terem nascido brasileiros!
Assim vai o mundo...
segunda-feira, julho 25, 2005
O regresso..
Eis que voltei de umas pequenas férias! Apesar de nada ter escrito, muito está na minha cabeça e surgiram belos textos enquanto descansava o corpo...
Em várias ocasiões dei por mim a construir estórias e mesmo artigos para aqui escrever mas por razões como a preguiça ou impossibilidade nada apontei e algumas coisas foram esquecidas! Mas a verdade é que a minha cabeça não parou e quem padeceu disso foram as pessoas com quem estava e que não partilhei o tempo devido... Agora como compensação vou tentar pôr no papel essa ideias para que não tenha sido em vão...
Bem, o que vos queria dizer é que estou de volta... Como o Mantorras...
Assim vai o mundo...
Em várias ocasiões dei por mim a construir estórias e mesmo artigos para aqui escrever mas por razões como a preguiça ou impossibilidade nada apontei e algumas coisas foram esquecidas! Mas a verdade é que a minha cabeça não parou e quem padeceu disso foram as pessoas com quem estava e que não partilhei o tempo devido... Agora como compensação vou tentar pôr no papel essa ideias para que não tenha sido em vão...
Bem, o que vos queria dizer é que estou de volta... Como o Mantorras...
Assim vai o mundo...
domingo, julho 24, 2005
sábado, julho 23, 2005
sexta-feira, julho 22, 2005
quinta-feira, julho 21, 2005
quarta-feira, julho 20, 2005
terça-feira, julho 19, 2005
segunda-feira, julho 18, 2005
Férias...
Dois anos sem férias a que possa chamar férias... Também mereço... Vou fazer o chamado camping e estar em contacto com a natureza!
Como é normal não vai haver net por lá por isso deixo desde já uns belos posts com as melhores fotos de 2004...
Agora vou fazer o saco e dormir porque amanhã a partida é cedo...
Assim vai o (meu) mundo...
Como é normal não vai haver net por lá por isso deixo desde já uns belos posts com as melhores fotos de 2004...
Agora vou fazer o saco e dormir porque amanhã a partida é cedo...
Assim vai o (meu) mundo...
domingo, julho 17, 2005
"Nambuangongo meu amor"
Em Nambuangongo tu não viste nada
não viste nada nesse dia longo longo
a cabeça cortada
e a flor bombardeada
não tu não viste nada em Nambuangongo
Falavas de Hiroxima tu que nunca viste
em cada homem um morto que não morre.
Sim nós sabemos Hiroxima é triste
mas ouve em Nambuangongo existe
em cada homem um rio que não corre.
Em Nambuangongo o tempo cabe num minuto
em Nambuangongo a gente lembra a gente esquece
em Nambuangongo olhei a morte e fiquei nu.
Tu não sabes mas eu digo-te: dói muito.
Em Nambuangongo há gente que apodrece.
Em Nambuangongo a gente pensa que não volta
cada carta é um adeus em cada carta se morre
cada carta é um silêncio e uma revolta.
Em Lisboa na mesma isto é a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta.
É justo que me fales de Hiroxima.
Porém tu nada sabes deste tempo longo longo
tempo exactamente em cima do nosso tempo.
Ai tempo onde a palavra vida rima
com a palavra morte em Nambuangongo.
Manuel Alegre
Em Nambuangongo tu não viste nada
não viste nada nesse dia longo longo
a cabeça cortada
e a flor bombardeada
não tu não viste nada em Nambuangongo
Falavas de Hiroxima tu que nunca viste
em cada homem um morto que não morre.
Sim nós sabemos Hiroxima é triste
mas ouve em Nambuangongo existe
em cada homem um rio que não corre.
Em Nambuangongo o tempo cabe num minuto
em Nambuangongo a gente lembra a gente esquece
em Nambuangongo olhei a morte e fiquei nu.
Tu não sabes mas eu digo-te: dói muito.
Em Nambuangongo há gente que apodrece.
Em Nambuangongo a gente pensa que não volta
cada carta é um adeus em cada carta se morre
cada carta é um silêncio e uma revolta.
Em Lisboa na mesma isto é a vida corre.
E em Nambuangongo a gente pensa que não volta.
É justo que me fales de Hiroxima.
Porém tu nada sabes deste tempo longo longo
tempo exactamente em cima do nosso tempo.
Ai tempo onde a palavra vida rima
com a palavra morte em Nambuangongo.
Manuel Alegre
sábado, julho 16, 2005
Noitadas...
Adoro noitadas... Mesmo que seja apenas a jogar playstation com os amigos... Claro que por esta altura devem estar a pensar que sou um inútil mas por vezes gosto de variar entre uma saída com uma estada em casa com amigos... Mesmo que seja a fazer algo inútil!
Devo dizer que esta noite se transformou em madrugada e depois em manhã e já os pássaros cantavam quando sairam de minha casa...
O sono a seguir foi mais que muito mas vale sempre a pena passar uma noite com os amigos....
Assim vai o (meu) mundo...
Devo dizer que esta noite se transformou em madrugada e depois em manhã e já os pássaros cantavam quando sairam de minha casa...
O sono a seguir foi mais que muito mas vale sempre a pena passar uma noite com os amigos....
Assim vai o (meu) mundo...
quinta-feira, julho 14, 2005
O fim de um ciclo...
Quando terminei o meu percurso académico ainda não tinha este blog mas agora que o meu melhor amigo terminou relembrei tudo...
É o fim de um ciclo importante na nossa vida! Acabamos a nossa vida de estudante e começamos a procurar a dura vida de labuta diária... É o fim das borgas, das baldas, das loucuras, das bebedeiras, das directas, etc... É quando acaba tudo que se possa relacionar com adolescência e começa a vida adulta!
Passei por muita coisa nos 4 anos que dediquei ao curso... Vivi tres anos numa cidade diferente e um ano num país diferente! Foi preciso crescer muito, com muitas cabeçadas, para ser o que sou hoje.
Por contingências é verdade que ainda não comecei a trabalhar mas chegará a altura e aí acabará definitivamente a vida boa...
Para ele, que se formou em Arquitectura, espero que tenha tudo de bom... Sei que ele será um óptimo arquitecto e espero que ele faça as minhas casas...
Assim vai o (meu) mundo...
É o fim de um ciclo importante na nossa vida! Acabamos a nossa vida de estudante e começamos a procurar a dura vida de labuta diária... É o fim das borgas, das baldas, das loucuras, das bebedeiras, das directas, etc... É quando acaba tudo que se possa relacionar com adolescência e começa a vida adulta!
Passei por muita coisa nos 4 anos que dediquei ao curso... Vivi tres anos numa cidade diferente e um ano num país diferente! Foi preciso crescer muito, com muitas cabeçadas, para ser o que sou hoje.
Por contingências é verdade que ainda não comecei a trabalhar mas chegará a altura e aí acabará definitivamente a vida boa...
Para ele, que se formou em Arquitectura, espero que tenha tudo de bom... Sei que ele será um óptimo arquitecto e espero que ele faça as minhas casas...
Assim vai o (meu) mundo...
segunda-feira, julho 11, 2005
Estranho no próprio corpo...
Já tinha saudades de ler um livro de assentada! Aconteceu numa tarde e o livro "O Estrangeiro" de Camus...
Foi um livro que me surpreendeu. Camus tem uma escrita escorreita, não se alongando em descrições geográficas mas preferindo que certas passagens definam as personagens... Pouco a pouco começamos a saber como é Mersault, um estrangeiro em Argel.
Apesar da sua condição geográfica, vamos percebendo rapidamente que, mais do que qualquer coisa, ele é um estrangeiro dentro de si próprio. Indiferente, incapaz de amar e, talvez até, sofrer. Nada parece valer a pena o esforço de viver e depois de um homicídio a sua alienação é total...
Todos nós temos algo de Mersault, todos nós temos momentos de anestesia, de apatia que nos parecem arrastar para uma indiferença movediça! Cabe a cada um de nós lutar contra isso e sentirmo-nos sempre em casa, dentro de nós mesmos....
Assim vai o mundo...
Foi um livro que me surpreendeu. Camus tem uma escrita escorreita, não se alongando em descrições geográficas mas preferindo que certas passagens definam as personagens... Pouco a pouco começamos a saber como é Mersault, um estrangeiro em Argel.
Apesar da sua condição geográfica, vamos percebendo rapidamente que, mais do que qualquer coisa, ele é um estrangeiro dentro de si próprio. Indiferente, incapaz de amar e, talvez até, sofrer. Nada parece valer a pena o esforço de viver e depois de um homicídio a sua alienação é total...
Todos nós temos algo de Mersault, todos nós temos momentos de anestesia, de apatia que nos parecem arrastar para uma indiferença movediça! Cabe a cada um de nós lutar contra isso e sentirmo-nos sempre em casa, dentro de nós mesmos....
Assim vai o mundo...
domingo, julho 10, 2005
O meu lado masoquista...
Como referi antes, por estes dias ando a contas com uma mazela... Cheguei hoje à conclusão, apesar de já ter esta impressão há muito, que gosto muito de fazer fisioterapia... Não me importo de me submeter aos choques eléctricos, gelo e massagens. Apesar da dor física, que suporto bem, gosto de toda a parafernália de objectos e pessoas que procuram fazer-nos melhorar...
Tenho muita sorte que na clínica a que vou, estão óptimos profissionais que me querem em forma o mais rápido possível. Costumo dizer que sou um péssimo queixoso, porque demoro a queixar-me, mas um óptimo doente porque cumpro tratamentos à risca. Procuro aguentar a dor para que seja mais rápida a recuperação! Por isso digo que tenho algo de masoquista, mas é para ficar melhor mais depressa...
É claro que não gosto de me aleijar, mas adoro recuperações...
Assim vai o (meu) mundo...
Tenho muita sorte que na clínica a que vou, estão óptimos profissionais que me querem em forma o mais rápido possível. Costumo dizer que sou um péssimo queixoso, porque demoro a queixar-me, mas um óptimo doente porque cumpro tratamentos à risca. Procuro aguentar a dor para que seja mais rápida a recuperação! Por isso digo que tenho algo de masoquista, mas é para ficar melhor mais depressa...
É claro que não gosto de me aleijar, mas adoro recuperações...
Assim vai o (meu) mundo...
Partidas...
Creio que um funeral, mais do que um rito, é um momento único! Aparte do sentimento de perda que falarei noutra ocasião, este momento tem uma belezar singular que raramente é analisada. Quantas vezes não desejamos juntar todos os nossos amigos e conhecidos? E quantas vezes não desejamos ouvir o que estas pessoas pensam em nós? Pois bem, o único momento é o nosso funeral... O pior é mesmo o facto de já não estarmos presentes para presenciar e agradecer! E ficamos com a terrível sensação que deveríamos ter feito isto em vida...
Obviamente, só posso fazer suposições sobre isto. No entanto, já existiram pessoas ou personagens que fingiram a sua morte. Dou um exemplo fictício: Tom Sawyer! Com uma ingenuidade infantil, ele enfrentou o próprio funeral. Ao fazer isto quebrou uma regra de ouro: ninguém pode assistir ao próprio funeral. Como consequência, açoites da tia! Podia ser pior...
Estamos perante uma situação única, com uma beleza estranha mas enorme. Só na perda última é que descobrimos os sentimentos últimos...
Assim vai o mundo...
Obviamente, só posso fazer suposições sobre isto. No entanto, já existiram pessoas ou personagens que fingiram a sua morte. Dou um exemplo fictício: Tom Sawyer! Com uma ingenuidade infantil, ele enfrentou o próprio funeral. Ao fazer isto quebrou uma regra de ouro: ninguém pode assistir ao próprio funeral. Como consequência, açoites da tia! Podia ser pior...
Estamos perante uma situação única, com uma beleza estranha mas enorme. Só na perda última é que descobrimos os sentimentos últimos...
Assim vai o mundo...
sábado, julho 09, 2005
Um poeta maldito...
"Vigílias"
Quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer
a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos
me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrem pelos dedos prisioneiros
da tristeza
acordo
para a cegante claridade das ondas
um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz
quero morrer
com uma overdose de beleza
e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse
solitário caçador.
Al Berto
Quando aqui não estás
o que nos rodeou põe-se a morrer
a janela que abre para o mar
continua fechada só nos sonhos
me ergo
abro-a
deixo a frescura e a força da manhã
escorrem pelos dedos prisioneiros
da tristeza
acordo
para a cegante claridade das ondas
um rosto desenvolve-se nítido
além
rasando o sal da imensa ausência
uma voz
quero morrer
com uma overdose de beleza
e num sussurro o corpo apaziguado
perscruta esse coração
esse
solitário caçador.
Al Berto
quinta-feira, julho 07, 2005
O terror voltou
Voltou a mais cobarde das lutas armadas... Durante muitos anos o terrorismo foi usado por pequenos grupos, com poucos meios e geralmente com uma causa mais ou menos fundamentada! Digo mais ou menos porque nada justifica um tipo de luta que além dos prejuízos materiais, ceifa vidas inocentes...
Desta vez a vítima foi Londres! Digo que a vítima foi uma cidade porque isto afecta todos os habitantes de uma cidade. Perguntem a qualquer nova-iorquino ou madrilenho o que é viver depois de um atentado e verão como ninguém fica indiferente... Apesar de todos os avisos e previsões, Londres é provavelmente a cidade europeia mais vigiada, os terroristas arranjaram maneira de atacar o centro da capital inglesa. Atacaram o metro londrino, por onde passam diariamente 3 milhões de pessoas. Mais uma vez a mestria do golpe denuncia inteligência e arrojo surpreendente!
O balanço de mortos é ainda vago, mas mesmo que só tenham morrido 50 pessoas, são pessoas que morreram não por um ideal mas por imbecilidade...
Assim vai o mundo...
Desta vez a vítima foi Londres! Digo que a vítima foi uma cidade porque isto afecta todos os habitantes de uma cidade. Perguntem a qualquer nova-iorquino ou madrilenho o que é viver depois de um atentado e verão como ninguém fica indiferente... Apesar de todos os avisos e previsões, Londres é provavelmente a cidade europeia mais vigiada, os terroristas arranjaram maneira de atacar o centro da capital inglesa. Atacaram o metro londrino, por onde passam diariamente 3 milhões de pessoas. Mais uma vez a mestria do golpe denuncia inteligência e arrojo surpreendente!
O balanço de mortos é ainda vago, mas mesmo que só tenham morrido 50 pessoas, são pessoas que morreram não por um ideal mas por imbecilidade...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, julho 06, 2005
Contingências...
Apesar de praticar desporto todas as semanas, já não tinha uma lesão há cinco anos. Durante anos, tinha quase sempre uma lesão por ano, mas nestes últimos tempos mantive-me afastado de enfermidades!
Pois be, não há bem que sempre dure... O tornozelo deu de si e o entorse aconteceu! Apesar de estar a usar todas as protecções possíveis, a lesão encontrou um caminho e tramou-me a vida. Agora é gelo e esperar que não seja grave! Mas pelas dores até chegar a casa e subir as escadas não me parece que seja leve. Logo agora que o Verão está aí!
Ah, como aconteceu? A bola é um vício que não consigo largar e quando estou a perder a vontade de lutar é maior que a racionalidade dos movimentos...
Assim vai o (meu) mundo...
Pois be, não há bem que sempre dure... O tornozelo deu de si e o entorse aconteceu! Apesar de estar a usar todas as protecções possíveis, a lesão encontrou um caminho e tramou-me a vida. Agora é gelo e esperar que não seja grave! Mas pelas dores até chegar a casa e subir as escadas não me parece que seja leve. Logo agora que o Verão está aí!
Ah, como aconteceu? A bola é um vício que não consigo largar e quando estou a perder a vontade de lutar é maior que a racionalidade dos movimentos...
Assim vai o (meu) mundo...
terça-feira, julho 05, 2005
Nada como o fim de um livro...
Certo livro já me acompanhava há alguns meses... Não por falta de tempo e certamente não por falta de qualidade mas porque fui intercalando com outras obras! Mas, há uns dias, peguei nele de uma assentada, li a metade final do livro...
Falo de "Amar nos tempos de cólera" do grande Gabo... Apesar de ter gostado mais, ou melhor me ter prendido mais, do "Cem anos de solidão", a escrita fantástica de Marquez não me deixa indiferente. As primeiras páginas da narrativa não são fáceis e são-nos apenas dadas peças dispersas de um puzzle complexo. Mas como sempre na escrita do colombiano tudo se junta como que por magia...
É um romance com belas descrições mas sobretudo com personagens que nos obrigam a pensar, Dámos por nós a sofrer com Florentino Aríza e o envelhecer vagaroso mas seguro de Fermína Daza! Uma bela história de amor interrompida durante quase 60 anos...
Assim vai o mundo...
Falo de "Amar nos tempos de cólera" do grande Gabo... Apesar de ter gostado mais, ou melhor me ter prendido mais, do "Cem anos de solidão", a escrita fantástica de Marquez não me deixa indiferente. As primeiras páginas da narrativa não são fáceis e são-nos apenas dadas peças dispersas de um puzzle complexo. Mas como sempre na escrita do colombiano tudo se junta como que por magia...
É um romance com belas descrições mas sobretudo com personagens que nos obrigam a pensar, Dámos por nós a sofrer com Florentino Aríza e o envelhecer vagaroso mas seguro de Fermína Daza! Uma bela história de amor interrompida durante quase 60 anos...
Assim vai o mundo...
segunda-feira, julho 04, 2005
O país do passeio...
Portugal é um país onde o sight-seeing é um desporto nacional. O fim de semana, sobretudo o domingo, é usado para passear com a família. Nada teria a dizer, não fosse um pequeno pormaior: estamos em Portugal!
Parece que todos os domingos, só existem os mesmos lugares. Assim, temos filas intermináveis de automóveis que congestionam o trânsito... O que é que isto provoca? Aqueles que queriam passear, acabam por passar a tarde dentro do carro e, quanto muito, conhecer as paisagens à beira-estrada... Aqueles que realmente queriam utilizar a estrada para aquilo que ela serve, ou seja ir de um local para o outro, desesperam porque uma viagem de poucos km transforma-se num martírio...
Nada disto é possível alterar porque penso que existe uma falta de funcionalidade intrínseca à nossa maneira de ser. A forma vagarosa como vivemos, comparativamente com os povos do Norte da Europa e mesmo do Norte de Itália, atinge o extremo quando não estamos a trabalhar... Utilizamos as estradas não como forma deir de A para B mas para passear devagar de modo a ver as vistas. Ainda por cima, a maior parte das vezes procura-se os mesmos sítios em vez de conhecer coisas novas. Depois dámos por nós a dizer que não conhecemos o nosso país... Pudera! Não o procuramos conhecer...
Concluindo, não usamos o fim de semana para descansar, a principal razão dele existir, e não o usamos para conhecer coisas novas, culturalmente a opção melhor...
Assim vai o mundo...
Parece que todos os domingos, só existem os mesmos lugares. Assim, temos filas intermináveis de automóveis que congestionam o trânsito... O que é que isto provoca? Aqueles que queriam passear, acabam por passar a tarde dentro do carro e, quanto muito, conhecer as paisagens à beira-estrada... Aqueles que realmente queriam utilizar a estrada para aquilo que ela serve, ou seja ir de um local para o outro, desesperam porque uma viagem de poucos km transforma-se num martírio...
Nada disto é possível alterar porque penso que existe uma falta de funcionalidade intrínseca à nossa maneira de ser. A forma vagarosa como vivemos, comparativamente com os povos do Norte da Europa e mesmo do Norte de Itália, atinge o extremo quando não estamos a trabalhar... Utilizamos as estradas não como forma deir de A para B mas para passear devagar de modo a ver as vistas. Ainda por cima, a maior parte das vezes procura-se os mesmos sítios em vez de conhecer coisas novas. Depois dámos por nós a dizer que não conhecemos o nosso país... Pudera! Não o procuramos conhecer...
Concluindo, não usamos o fim de semana para descansar, a principal razão dele existir, e não o usamos para conhecer coisas novas, culturalmente a opção melhor...
Assim vai o mundo...
domingo, julho 03, 2005
Portugal e o sexo..
Estando eu por Lisboa, decidi marcar presença no evento que tantos portugueses arrastou para o Parque das Nações: a Feira Erótica!
Só quem não conhece os portugueses é que poderá não entender como é que as expectativas foram largamente superadas! A presença de 30000 pessoas (mais convidados), e com 30% de público feminino, é normal no 1º evento público e publicitado de sexo em Portugal.
A feira era composta por vários stands de sex-shops, algumas casas de strip, pequenos cinemas contínuos, etc... Mas a grande atracção era o palco principal onde algumas actrizes famosas interagiam com o público... Deu para ver que em Portugal já há alguma mentalidade aberta...
Este evento, sendo o primeiro, creio ter sido positivo e já foi marcada a segunda edição para o próximo ano. Desde que haja bom gosto, acho bem que esta indústria deixe de estar encapotada...
Assim vai o mundo...
Só quem não conhece os portugueses é que poderá não entender como é que as expectativas foram largamente superadas! A presença de 30000 pessoas (mais convidados), e com 30% de público feminino, é normal no 1º evento público e publicitado de sexo em Portugal.
A feira era composta por vários stands de sex-shops, algumas casas de strip, pequenos cinemas contínuos, etc... Mas a grande atracção era o palco principal onde algumas actrizes famosas interagiam com o público... Deu para ver que em Portugal já há alguma mentalidade aberta...
Este evento, sendo o primeiro, creio ter sido positivo e já foi marcada a segunda edição para o próximo ano. Desde que haja bom gosto, acho bem que esta indústria deixe de estar encapotada...
Assim vai o mundo...
sábado, julho 02, 2005
Solidariedade é todos os dias...
Duas décadas depois do evento Live Aid, Bob Geldof achou que estava na altura de mais uma chamada de atenção para o problema que é África! A reunião da próxima semana do G-8 foi a razão final para que inúmeros artistas (musicais e não só) se juntassem em 8 cidades diferentes e alertar os líderes mundiais para o quanto falta fazer no continente negro...
Ao longo dos artigos aqui escritos já demonstrei o quanto este tema me é caro! Se segui o curso que segui foi para tentar fazer alguma coisa por pessoas que todos os dias lutam contra algo inumano: a morte! Há muito a fazer em África, e uma grande parte terá que ser feito pelos próprios africanos, mas o dito 1º mundo pode demonstrar humanidade ao perdoar a dívida externa desses países e também criar estruturas que facilitem o crescimento económico do continente...
O evento, que teve a maior audiência televisiva de sempre, teve vários momentos altos como por exemplo o discurso de Bill Gates (que demonstrou que um dos homens mais ricos do mundo tem sentimentos) e de Nelson Mandela (o exemplo vivo de luta e coragem política e humana dos africanos) e as actuações dos U2 (Bono sempre foi um dos mais fervorosos apoiantes do movimento Drop the debt) e dos Pink Floyd (que serviram de ponte dos dois eventos humanitários)...
Se este evento servirá para alertar os dirigentes do G-8, não sei! Mas serviu para percebermos que o mundo ainda pára para ajudar os "outros", e que há ainda muitos "outros" a ser ajudados...
Assim vai o mundo...
Ao longo dos artigos aqui escritos já demonstrei o quanto este tema me é caro! Se segui o curso que segui foi para tentar fazer alguma coisa por pessoas que todos os dias lutam contra algo inumano: a morte! Há muito a fazer em África, e uma grande parte terá que ser feito pelos próprios africanos, mas o dito 1º mundo pode demonstrar humanidade ao perdoar a dívida externa desses países e também criar estruturas que facilitem o crescimento económico do continente...
O evento, que teve a maior audiência televisiva de sempre, teve vários momentos altos como por exemplo o discurso de Bill Gates (que demonstrou que um dos homens mais ricos do mundo tem sentimentos) e de Nelson Mandela (o exemplo vivo de luta e coragem política e humana dos africanos) e as actuações dos U2 (Bono sempre foi um dos mais fervorosos apoiantes do movimento Drop the debt) e dos Pink Floyd (que serviram de ponte dos dois eventos humanitários)...
Se este evento servirá para alertar os dirigentes do G-8, não sei! Mas serviu para percebermos que o mundo ainda pára para ajudar os "outros", e que há ainda muitos "outros" a ser ajudados...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, julho 01, 2005
O reino da animação...
Durante a infância e a adolescência nuna fui muito dado a filmes de animação... Lembro-me de ter visto o clássico "Fantasia" e depois só voltei a esse tipo de cinema para ver o "Rei Leão". Ainda agora considero que a história do leãozinho como uma das melhores...
Tudo isto a propósito de ter ido ver o filme "Madagáscar". Depois de "Shrek" e "À procura de Nemo", habituei-me a ver filmes que apesar de ter como público alvo as crianças, demonstrassem um humor fino. Esta película diverte mas mais através do humor físico e da caricaturização das personagens. Pela primeira vez decidi ver a versão portuguesa e não a original. Bem sei que perdi um excelente Chris Rock no papel de Marty , mas Bruno Nogueira como Melman, Ricardo Araújo Pereira como Maurice e os restantes Gato Fedorento como pinguins valeram a pena. Não é um filme tão bom como "Shrek" mas tem inúmeras situações que divertem e que podemos relembrar com amigos...
Assim vai o mundo...
Tudo isto a propósito de ter ido ver o filme "Madagáscar". Depois de "Shrek" e "À procura de Nemo", habituei-me a ver filmes que apesar de ter como público alvo as crianças, demonstrassem um humor fino. Esta película diverte mas mais através do humor físico e da caricaturização das personagens. Pela primeira vez decidi ver a versão portuguesa e não a original. Bem sei que perdi um excelente Chris Rock no papel de Marty , mas Bruno Nogueira como Melman, Ricardo Araújo Pereira como Maurice e os restantes Gato Fedorento como pinguins valeram a pena. Não é um filme tão bom como "Shrek" mas tem inúmeras situações que divertem e que podemos relembrar com amigos...
Assim vai o mundo...
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