... que este caso abaixo transcrito seja legal:
" Chama-se Ashley, tem 9 anos e um cérebro que parou de se desenvolver aos três meses. Não se senta, não fala nem anda e alimenta-se por um tubo. Os pais, anónimos, dizem-se sem meios para contratar uma «baby-sitter». Optaram por uma solução radical. Num hospital de Seattle, Ashley foi submetida a uma cirurgia: tiraram-lhe o útero, bloqueram o desenvolvimento mamário e, com recurso a um tratamento hormonal, congelaram-lhe o crescimento. Viva o tempo que viver, Ashley será sempre uma criança." in Expresso.
Em plena época de posts e artigos de opinião sobre o aborto surge-nos esta estória. E sinceramente acho esta notícia muito mais chocante que um aborto. Tenho muita pena, mas não consigo sofrer o mesmo por um aborto de um feto do que o impedimento de uma criança de 9 anos de crescer. Tem problemas mentais, sim! Tem problemas físicos, sim! Daria um adulto limitado e necessitado de ajuda permanente,sim. Mas que diabo, tendo todas as razões do mundo do lado dos pais, eu não sei se conseguia faze-lo. É contra-natura! É algo que se a lei humana permite, a lei da Natureza estranha. É um caso complicado, e não julgo os pais, mas eu não sei se o faria. Como, apesar de defender a despenalização, sou contra os abortos...
Assim vai o mundo...
terça-feira, janeiro 09, 2007
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8 comentários:
eu vi a notícia no telejornal e não entendi a razão dos pais. não é pelo facto de ela não crescer que a vai tornar menos dependente. sê-lo-a toda a vida tenha ela o corpo que tiver.
e culpo mais os médicos do que os pais, já que seria deles a opção de efectuar os tratamentos.
De facto também não consigo entender como decidiram os médicos fazer algo tão moralmente e deontologicamente discutível...
Eu não entendo como é que se pode manter uma pessoa viva nessas condições.
Será que os pais alguma vez chegaram a amar verdadeiramente aquela criança? Estarão eles dispostos a abdicar da sua vida para tratar da de um filho permanentemente?
Não tenho resposta...
concordo em absoluto com a mana! O problema da legalidade começa logo por saber de que legalidade se trata e quem a elegeu; numa época em que já quase não há moralidade (não falsos moralismos), mas sim, consciência da nossa pequenez neste universo, neste milagre que é o planeta Terra e que estamos a destruir com base em falsos valores e muita, sobretudo, muita hipocrisia...
Amigo Chico aqui estou em resposta ao teu chamamento. Costumo dizer em relação ao aborto...não discuto, não critico, não pratico...respeito. Neste teu post vou comentar como mãe de uma criança deficiente linda e co todo o direito como eu e tu de crescer...antes de mais nada, de ser ou não deficiente, ter ou não limitações...todos os seres deficientes ou não têm os mesmos direitos...direito de der humano! Não sei se te repondi, se era esta a opinião que querias...mas é a minha. Beijo e obrigada por postares O nosso Mundo!
"Como, apesar de defender a despenalização, sou contra os abortos..."
uma coisa não impede a outra. ninguém gosta do aborto mas às vezes é necessário fazê-lo.
Dumb, nem eu tenho uma resposta para essas perguntas...
Iva, sim, vivem-se tempos estranhos...
Luna, queria que comentasses porque tens mais autoridade que eu. Mas concordo em absoluto contigo... Tem direito a crescer...
Beijos
Maria, eu sei as diferenças..:) Apenas disse que legalmente sou a favor da despenalização, mas em termos pessoais, se a minha companheira me perguntasse a minha opinião, a minha resposta seria a criança...:)
Beijo
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