Chegam-me ecos do artigo de Sábado de Miguel Sousa Tavares no Expresso, em que ele afirma que Lisboa era um dos piores sítios para estar neste fim de semana. Ora bem, directamente do epicentro, posso afirmar o contrário. Lisboa esteve cheio de Africanidade! Com defeitos e virtudes inerentes a isso. Se por um lado vi líderes africanos nos mais luxuosos carros, a gastarem rios de dinheiro (alguns com cheiro a sangue inocente) nas mais caras lojas da capital, por outro lado há a festa do continente-mãe. Por exemplo, anteontem estava na estação do Oriente e ocorria uma manifestação contra Mugabe. Não havia distúrbios (como nas manifs anti-globalização), mas sim cartazes com opiniões fortes e muita música. Sim, música porque tudo tem de ter música. Tem que haver alguém tocando batuques para marcar o ritmo da dança...
Depois de há várias semanas, Lisboa ter tido cá os representantes europeus, bem mais formais (e bem mais aborrecidos), eis que agora temos uma Lisboa em festa. Um encontro de culturas bem diferentes (porque dentro de um continente tão díspar, diferenças entre Líbia e Cabo Verde são por demais evidentes), mas com uma informalidade inocente fantástica...
Bem sei que num universo de 800 milhões de africanos, apenas 1.2 milhões vivem em democracia, mas sei também que muitos países ocidentais alimentam essas ditaduras sangrentas por interesses económicos. Ah, e que me lembre nenhum país africano quis governar o mundo, enquanto Alemanha de Hitler (pela força), EUA dos últimos 30 anos (pela pax americana musculada), e a China do futuro (pela maioria dos números) tentaram ou tentarão...
Assim vai o mundo...
segunda-feira, dezembro 10, 2007
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2 comentários:
olha pior estive eu à custa dos cortes do transito na capital:)
noivo, andaste lá por baixo como eu???
abraço
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