Na sexta feira, a primeira mesa tinha como tema "O poeta é um predador"! O meu caríssimo homónimo Francisco José Viegas foi um moderador atento e participativo. Inma Luna fez uma bela comparação entre os poetas e quatro animais (lobo, crocodilo, anémona e serpente). Jorge Melícias e Tiago Nené foram eficientes na sua comunicação. valter hugo mãe leu um texto delicioso de como se tornou poeta. Ivo Machado com a sua voz fantástica falou de como a poesia é memória. Na segunda mesa, o tema era "A literatura perverta a imaginação" e coube a Ivo Machado ser moderador. Leonor Xavier, Gonzalo Tellorio, Manuel Jorge Marmelo e João Manuel Ribeiro foram eloquentes, mas a minha atenção desesperava por Malangatana e ele não desiludiu. O poeta moçambicano deu um espectáculo fabuloso, misturando uma mentira verdadeira com uma canção num sueco inventado. Inesquecível!
No sábado, a última mesa tinha como tema "Cada palavra é um pedaço de universo" com Maria Flor Pedroso a moderar. Que mesa repleta de comunicadores! Mário Zambujal foi fantástico mostrando que a idade não lhe tirou a malandrice ou a capacidade de comunicar eficazmente. Ficaria a ouvi-lo durante horas. Milton Fenaro, uruguaio, e Ricardo Menendez Salmon, espanhol, deram salero à mesa. Rui Zink leu um texto fantástico de sua autoria. Onésimo Teotónio Almeida fechou as Correntes com uma intervenção repleta de estórias e anedotas. Um prazer ouvir alguém que comunica com humor.
Foi o fim das Correntes deste ano, mas eu nunca mais quero falhar nenhumas...
Assim vai o mundo...
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