Acabei o Equador do Miguel Sousa Tavares. Não figurará como um clássico modelar da literatura portuguesa (como os Maias ou Amor de Perdição), mas terá o seu espaço. é um romance histórico, sem ter pretensões a ser um relato fidedigno da época. Que importa aliás se há alguns factos adulterados? A nossa memória interpreta e reescreve o passado... Nota-se que como romancista ainda está verde, que prefere uma estrutura simples (boémio-amor-morte) e de fácil leitura. De facto, é um livro fácil de ler e que não obriga a grandes pensamentos existenciais. As personagens são mais ou menos lineares (falarei melhor de Luís Bernardo, aqui) e o drama compreensível. Acho que o melhor do livro são as descrições de uma África que poucos portugueses conheceram e a descrição dos "portugueses" das colónias ("brancos e pretos"). O nosso colonialismo não foi dos mais brutais, mas foi o suficiente para termos quase perdido a ligação de Portugal ao mundo. E para quem tem dúvidas, veja-se como a língua portuguesa é ainda a razão para um evento desportivo como os Jogos da Lusofonia...
Para outra visão do Equador, vejam este post do que meu querido Jorge...
Assim vai o mundo...
terça-feira, outubro 10, 2006
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7 comentários:
bela a história
Eu gostei muito do Equador, de facto. Mas está longe de ser a minha obra de eleição... Enquanto o Kundera escrever... o MST não tem qualquer hipótese comigo... (desculpa, Migas)...
Um beijo, Paco : )
A verdade, é que... ainda não li.
Mas está na lista! :P
Lima, concordo...
Luisa, o Kundera, o Kundera... Desde a Insustentável à Valsa do Adeus...
Aifos, lê-se facilmente...
Beijos às três
Curioso: li-o há 3/4 meses, e também encontrei ali um pouco de mim.
Abraço
V.F., acho que é normal nós homens identificar-nos com ele... Em alguma altura da nossa vida!
Abraço
não li...
beijinhos
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