Hoje dou-vos cultura...
Naquele tempo, a maioria das pessoas casavam-se no mês de Junho (início do
Verão), porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio,em Junho, o
cheiro ainda estava mais ou menos...
Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivas tinham o
costume de carregar bouquets de flores junto ao corpo, para disfarçar.
Daí temos em Maio o "mês das noivas" e a origem do bouquet.
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente.
O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
Depois, sem trocar a água (reparem que lindo!), vinham os outros homens da
casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as
crianças. Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto!
Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era
possível perder um bebe lá dentro.
É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out
with the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebé
juntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais
apressadinhos...
Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que os sustentavam
eram o melhor lugar para os animais se aquecerem - cães, gatos e outros animais
de pequeno porte, como ratos e besouros.
Quando chovia, começavam as goteiras os animais pulavam para o chão.
Assim, a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente
em inglês em "it's raining cats and dogs".
Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se
transformou no dossel.
Aqueles que tinham dinheiro, possuíam "loiça" de estanho.
Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que fazia
com que muita gente morresse envenenada - lembrem-se que os hábitos
higiénicos da época não eram lá grande coisa... Daí que durante muito tempo o tomate foi considerado como venenoso.
Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque.
Essa combinação, por vezes, deixava o indivíduo "K.O."(numa espécie de
narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho).
Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo
e preparava o enterro. (mais nada!)
O "defunto" era então colocado sobre a mesa da cozinha (que linda ideia,
não?!) por alguns dias (DIAS?!) e a família ficava em volta, em vigília,
comendo, bebendo (na boa vida é o que é!) e esperando para ver se o morto
acordava ou não. Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz Wake, de "acordar".
A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente para
enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos
retirados e encaminhados ao ossário e, o túmulo era utilizado para outro
infeliz. (Pessoal, isto é Reciclagem!!).
Por vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas,
do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido
enterrado vivo. Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava presa a um
sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns
dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.
Assim vai o mundo...
sexta-feira, novembro 10, 2006
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6 comentários:
Já conheço e são coisas deveras curiosas, que nem sequer nos passam pela cabeça...
Iva, e há explicações tão simples...
Beijo
Deliciosas ... estas verdades!
mfc, verdade...:D E como disse, simples...:D
Abraço
bem... fiquei deliciada. Ainda por cima eu, que sou da História, a ler (algumas) novidades, particularmente na explicação das expressões em inglês.
Um abraço para ti da irmã ajuizada da Fausta.
Ahahahha, Elipse, História é também a minha área preferida...:D Sempre bom dar novidades...:D Bacione para as duas:P
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