segunda-feira, março 17, 2008

O mundo das revistas...

Cá estou eu com a Tabu, e com a querida Raquel Carrilho. Vamos por partes!

- Não sou fã de Francisco Penim. Dou-lhe o mérito por ter tornado a Sic Radical um canal de culto, com programas muito interessantes. Acho que tentou mesmo dar um salto maior que a perna na Sic generalista, e não conseguiu ver o que o público queria. Para se ser um Mourinho da TV, é preciso conseguir atingir objectivos visíveis! Sabemos que a melhoria económica da SIC vale menos que perder a guerra das audiências com a TVI e com a RTP. Na boa entrevista da Raquel, ele tem um tendência incrível para comparar tudo ao Benfica. Basta que a leiam. Não sou do Benfica, nunca o escondi. Tenho respeito pelo Benfica mas não está há muitos anos num bom momento, justamente porque tem uma má organização de gestão. Comparar a SIC ao Benfica é criticar-se a si mesmo sem o perceber. Que continue a trabalhar e que ganhe humildade, porque ao contrário da modéstia, é sempre precisa...

- Não vi a Vila Faia original! Lembro-me de seguir a reposição alguns anos depois. Lembro-me bem de alguns personagens como o Godunha e a Mariette. Acho interessante este remake, como o Brasil fez com a Escrava Isaura, e com a actualização do texto para além da óbvia remodelação do elenco. Parece-me uma boa aposta, mas não tenho a certeza do horário ser o melhor. O director de programas da RTP saberá melhor que eu.

- Belo retrato do Albano Jerónimo! Lembro-me de algumas participações dele em certos trabalhos, mas o retrato tirado pela Raquel mostra-me um actor multifacetado e com grande método no seu trabalho. A descrição da investigação feita para redesenhar o Godunha, que Nicolau Breyner transformou numa personagem eterna, mostra que leva a sério o trabalho de actor. E isso só merece louvor.

- Confesso também que a ideia que tinha de Inês Castelo Branco era de uma tontinha. Mas uma tontinha que tem ideia disso e que procura crescer, faz com que deixe de ser tontinha! Sendo uma pessoa que foi protegida pela mãe e irmãos, e que terá desde nova lidado com rótulo de "filha de", mostra ser uma pessoa que procura romper com as suas limitações. Interessante também a pesquisa sobre prostituição para actualizar a Mariette de Margarida Carpinteiro. Só assim se pode aculturar e crescer...

Concluindo, belo trabalho da Raquel...

Assim vai o mundo...

2 comentários:

Anónimo disse...

Obrigada...
Rachel

Francisco del Mundo disse...

Rachel, o seu a seu dono..;)
Beijo