Vi ontem os dois primeiros episódios da sexta série de House! Posso já dizer que vai ser a melhor série. O primeiro episódio então é de antologia... Vou colocar aqui o teaser mas sem mais palavras...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, setembro 30, 2009
terça-feira, setembro 29, 2009
O mundo dos filmes....
King of California é um feel good movie com Michael Douglas! Não tem piada contar a estória mas vejam o trailer...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo da política...
Ainda a propósito de política, o artigo de José Manuel dos Santos no Expresso de Sábado...
Um Homem Comum
A política é-lhe próxima e distante. Próxima, porque lhe dá atenção e, mesmo quando se irrita ou descrê, não se deixa tentar pela indiferença ou pela renúncia. Distante, porque a vida enrola-o com os seus fios e não lhe deixa tempo nem ânimo. Por isso, participa pouco, mas não se distrai. Gosta de conversar com os colegas e amigos sobre o que acontece. Gosta de os contradizer, de os provocar, acabando tudo bem.
Lembra-se dos tempos em que a política gerava injúrias e zangas, provocava conflitos e desacatos. Esses foram os tempos da Revolução e do que se lhe seguiu. Antes do 25 de Abril, era discretamente do contra: dizia mal em voz baixa. Depois do 25 de Abril, quis informar-se. Leu os programas dos partidos. Comprou alguns livros de teoria política: os clássicos e os que explicavam os clássicos. Nessa altura, leu uma frase que o marcou: "Se há três chapéus e cinco cabeças, ou fazem-se mais dois chapéus ou cortam-se duas cabeças." A primeira hipótese pareceu-lhe mais razoável...
Depois de algumas hesitações, aproximou-se do PS. A ideia de um 'socialismo em liberdade' agradava ao seu humanismo sentimental. Ouviu Mário Soares, chegado do exílio à Estação de Santa Apolónia, e permaneceu atento ao que ele dizia. Impressionava-o Cunhal e a sua aura, mas, pelo que sabia da União Soviética, tinha uma grande desconfiança do comunismo. Admirara o Sá Carneiro da Ala Liberal, mas, pouco a pouco, foi deixando de o reconhecer. Com o acelerar da Revolução ficou claramente do lado daqueles que se opunham à radicalização. Nas primeiras eleições, votou no PS e gostou de ganhar. Meses depois, esteve na Fonte Luminosa. Nesse tempo, isso sim!, discutia política com fervor e fúria. Zangou-se até com um cunhado e dois primos.
Depois, a política acalmou. Ele continuou a votar no PS. Às vezes, era-lhe difícil defender certos actos, certas palavras, certos silêncios do governo. Dizia: "Eu votei no PS, mas com isso não concordo!" Houve momentos em que se arrependeu de assim ter votado. Mas, se olhava à volta, ficava mais conformado. Os anos foram passando e ele continuou a votar no PS: umas vezes, com entusiasmo; outras, com resignação. Numa eleição, absteve-se. Depois, arrependeu-se. Noutra, zangado com uma decisão que o atingia directamente, votou noutro partido. Depois, arrependeu-se ainda mais.
Com a distância do tempo, analisou e concluiu que o PS, como todos os que governam, cometeu erros, teve ministros bons e maus, fez coisas que não devia ter feito e não fez outras que devia ter feito. Mas, tudo medido e pesado, não falhou no essencial.
Nas eleições de 2005, perante a situação a que se chegara, andou a convencer colegas, à direita e à esquerda, a votar no PS. Deu por si a defender a ameaçada dignidade das instituições! Ao ver que os socialistas alcançaram a maioria absoluta, ficou aliviado. Sabia que vinham aí tempos difíceis. Mas, pelo menos, havia um governo a governar e a 'fazer reformas'. Pagou também os custos de algumas delas. Reconhecia, porém, a sua necessidade e urgência. Às vezes, pensava que a mesma coisa podia ser feita de outra maneira... E assim o tempo foi passando, com as sondagens a dizerem que, apesar de tudo, a maioria das pessoas compreendia e apoiava o governo.
De repente, percebeu que o clima estava a mudar. Sócrates começou a ser atacado com uma ira que o surpreendeu: tornou-se o homem a abater. Explicava isso pela instabilidade dos portugueses, que, bipolares políticos, oscilam entre a atracção pela tirania e o fascínio da anarquia. Comentava com os colegas: "Quando o governo do Cavaco acabou, toda a gente gritava contra o autoritarismo e a arrogância, exigindo diálogo. Por isso, a seguir, ganhou o Guterres. Quando o governo do Guterres terminou, toda a gente protestava contra o diálogo e reclamava autoridade e firmeza. No fim do governo do Santana, bramava-se contra as trapalhadas e a confusão. Agora, já se diz outra vez que há autoridade a mais. Exigem reformas e, quando alguém as faz, ficam todos furiosos! Afinal, em que ficamos?! Eu não percebo os portugueses."
De facto, não percebe! Sabe que houve erros, mas o fundamental foi feito. Acha Sócrates um governante capaz, responsável. Não vê melhor - todos os outros são piores! O Louçã irrita-o. A Ferreira Leite deprime-o. O Portas fatiga-o. O Jerónimo desinteressa-o. Sobretudo num momento de crise, pensa que os portugueses estão a brincar com o fogo. Ele próprio brincou com o fogo: nas europeias, não votou. Quando viu os resultados, ficou com má consciência. Tornou-a boa, dizendo: "Pode ser que aprendam com o susto!"
Agora, quando lhe perguntam: vais votar em quem?, responde: "Vou votar no Sócrates. Conheces alguém melhor?!..." E ri, com um riso nervoso...
Assim vai o mundo...
Um Homem Comum
A política é-lhe próxima e distante. Próxima, porque lhe dá atenção e, mesmo quando se irrita ou descrê, não se deixa tentar pela indiferença ou pela renúncia. Distante, porque a vida enrola-o com os seus fios e não lhe deixa tempo nem ânimo. Por isso, participa pouco, mas não se distrai. Gosta de conversar com os colegas e amigos sobre o que acontece. Gosta de os contradizer, de os provocar, acabando tudo bem.
Lembra-se dos tempos em que a política gerava injúrias e zangas, provocava conflitos e desacatos. Esses foram os tempos da Revolução e do que se lhe seguiu. Antes do 25 de Abril, era discretamente do contra: dizia mal em voz baixa. Depois do 25 de Abril, quis informar-se. Leu os programas dos partidos. Comprou alguns livros de teoria política: os clássicos e os que explicavam os clássicos. Nessa altura, leu uma frase que o marcou: "Se há três chapéus e cinco cabeças, ou fazem-se mais dois chapéus ou cortam-se duas cabeças." A primeira hipótese pareceu-lhe mais razoável...
Depois de algumas hesitações, aproximou-se do PS. A ideia de um 'socialismo em liberdade' agradava ao seu humanismo sentimental. Ouviu Mário Soares, chegado do exílio à Estação de Santa Apolónia, e permaneceu atento ao que ele dizia. Impressionava-o Cunhal e a sua aura, mas, pelo que sabia da União Soviética, tinha uma grande desconfiança do comunismo. Admirara o Sá Carneiro da Ala Liberal, mas, pouco a pouco, foi deixando de o reconhecer. Com o acelerar da Revolução ficou claramente do lado daqueles que se opunham à radicalização. Nas primeiras eleições, votou no PS e gostou de ganhar. Meses depois, esteve na Fonte Luminosa. Nesse tempo, isso sim!, discutia política com fervor e fúria. Zangou-se até com um cunhado e dois primos.
Depois, a política acalmou. Ele continuou a votar no PS. Às vezes, era-lhe difícil defender certos actos, certas palavras, certos silêncios do governo. Dizia: "Eu votei no PS, mas com isso não concordo!" Houve momentos em que se arrependeu de assim ter votado. Mas, se olhava à volta, ficava mais conformado. Os anos foram passando e ele continuou a votar no PS: umas vezes, com entusiasmo; outras, com resignação. Numa eleição, absteve-se. Depois, arrependeu-se. Noutra, zangado com uma decisão que o atingia directamente, votou noutro partido. Depois, arrependeu-se ainda mais.
Com a distância do tempo, analisou e concluiu que o PS, como todos os que governam, cometeu erros, teve ministros bons e maus, fez coisas que não devia ter feito e não fez outras que devia ter feito. Mas, tudo medido e pesado, não falhou no essencial.
Nas eleições de 2005, perante a situação a que se chegara, andou a convencer colegas, à direita e à esquerda, a votar no PS. Deu por si a defender a ameaçada dignidade das instituições! Ao ver que os socialistas alcançaram a maioria absoluta, ficou aliviado. Sabia que vinham aí tempos difíceis. Mas, pelo menos, havia um governo a governar e a 'fazer reformas'. Pagou também os custos de algumas delas. Reconhecia, porém, a sua necessidade e urgência. Às vezes, pensava que a mesma coisa podia ser feita de outra maneira... E assim o tempo foi passando, com as sondagens a dizerem que, apesar de tudo, a maioria das pessoas compreendia e apoiava o governo.
De repente, percebeu que o clima estava a mudar. Sócrates começou a ser atacado com uma ira que o surpreendeu: tornou-se o homem a abater. Explicava isso pela instabilidade dos portugueses, que, bipolares políticos, oscilam entre a atracção pela tirania e o fascínio da anarquia. Comentava com os colegas: "Quando o governo do Cavaco acabou, toda a gente gritava contra o autoritarismo e a arrogância, exigindo diálogo. Por isso, a seguir, ganhou o Guterres. Quando o governo do Guterres terminou, toda a gente protestava contra o diálogo e reclamava autoridade e firmeza. No fim do governo do Santana, bramava-se contra as trapalhadas e a confusão. Agora, já se diz outra vez que há autoridade a mais. Exigem reformas e, quando alguém as faz, ficam todos furiosos! Afinal, em que ficamos?! Eu não percebo os portugueses."
De facto, não percebe! Sabe que houve erros, mas o fundamental foi feito. Acha Sócrates um governante capaz, responsável. Não vê melhor - todos os outros são piores! O Louçã irrita-o. A Ferreira Leite deprime-o. O Portas fatiga-o. O Jerónimo desinteressa-o. Sobretudo num momento de crise, pensa que os portugueses estão a brincar com o fogo. Ele próprio brincou com o fogo: nas europeias, não votou. Quando viu os resultados, ficou com má consciência. Tornou-a boa, dizendo: "Pode ser que aprendam com o susto!"
Agora, quando lhe perguntam: vais votar em quem?, responde: "Vou votar no Sócrates. Conheces alguém melhor?!..." E ri, com um riso nervoso...
Assim vai o mundo...
segunda-feira, setembro 28, 2009
O mundo das eleições...
Uma análise rápida aos resultados eleitorais!
- O PS é um vencedor menor das eleições. Manteve o governo mas perdeu a maioria! Terá que ser muito mais diplomático porque terá que fazer acordos parlamentares ou com o PSD, ou com o PP ou com Bloco e PCP juntos! É uma vitória mas que mostra o ambiente diferente de há 4 anos.
- O PSD foi o maior derrotado! Viu o PS ganhar as eleições, viu o PP crescer enormemente e será provavelmente excluido de qualquer negociação parlamentar. Foram muitos os erros na campanha e fica a sensação que outra pessoa poderia ter levado o PSD à vitória.
- O PP foi o grande vencedor! Apontado como a quinta força política, chegou ao terceiro lugar com o melhor resultado em mais de vinte anos. Ultrapassou os 10%, chegou aos 21 deputados e coligado com o PSD pode transformar-se numa força de bloqueio ao governo socialista. Ou então a ajudar nesse mesmo governo, a nível parlamentar.
- O Bloco de Esquerda teve uma vitória, mas não tão grande como seria de prever. Apesar de passar de 6 para 16 deputados e de ter ultrapassado o meio milhão de votos, pensava-se que o seu resultado seria decisivo para uma possível maioria de esquerda. Mas não! Conseguiu retirar a maioria ao PS, mas o extraordinário resultado do PP apagou um pouco esta vitória.
- O PCP teve uma derrota mascarada de vitória! Ganhou um deputado e mais 0,3%, mas cada vez mais é a quinta força política. Vê o PS ganhar as eleições, vê a direita (através do PP) ganhar força e vê o Bloco assumir-se como segundo partido de esquerda.
- Nos pequenos partidos, uma palavra para a sexta força política ter voltado a ser o eterno PCTP de Garcia Pereira e a queda em termos de votos (comparativamente com as europeias) do MEP. Este movimento que simpatizo tem de analisar este resultado e reorganizar-se para as autarquicas.
Assim vai o mundo...
- O PS é um vencedor menor das eleições. Manteve o governo mas perdeu a maioria! Terá que ser muito mais diplomático porque terá que fazer acordos parlamentares ou com o PSD, ou com o PP ou com Bloco e PCP juntos! É uma vitória mas que mostra o ambiente diferente de há 4 anos.
- O PSD foi o maior derrotado! Viu o PS ganhar as eleições, viu o PP crescer enormemente e será provavelmente excluido de qualquer negociação parlamentar. Foram muitos os erros na campanha e fica a sensação que outra pessoa poderia ter levado o PSD à vitória.
- O PP foi o grande vencedor! Apontado como a quinta força política, chegou ao terceiro lugar com o melhor resultado em mais de vinte anos. Ultrapassou os 10%, chegou aos 21 deputados e coligado com o PSD pode transformar-se numa força de bloqueio ao governo socialista. Ou então a ajudar nesse mesmo governo, a nível parlamentar.
- O Bloco de Esquerda teve uma vitória, mas não tão grande como seria de prever. Apesar de passar de 6 para 16 deputados e de ter ultrapassado o meio milhão de votos, pensava-se que o seu resultado seria decisivo para uma possível maioria de esquerda. Mas não! Conseguiu retirar a maioria ao PS, mas o extraordinário resultado do PP apagou um pouco esta vitória.
- O PCP teve uma derrota mascarada de vitória! Ganhou um deputado e mais 0,3%, mas cada vez mais é a quinta força política. Vê o PS ganhar as eleições, vê a direita (através do PP) ganhar força e vê o Bloco assumir-se como segundo partido de esquerda.
- Nos pequenos partidos, uma palavra para a sexta força política ter voltado a ser o eterno PCTP de Garcia Pereira e a queda em termos de votos (comparativamente com as europeias) do MEP. Este movimento que simpatizo tem de analisar este resultado e reorganizar-se para as autarquicas.
Assim vai o mundo...
domingo, setembro 27, 2009
O mundo eleitoral...
Eu já votei! E vocês? Vá, ainda vão a tempo... E é importante que todos participemos...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, setembro 25, 2009
O mundo dos jornais....
A cronica sempre divertida e realista de Luis Fernando Veríssimo no Expresso...
Diálogos
Não conheço os números exactos, mas acho que confere: hoje há mais mulheres trabalhando em jornais do que homens. Como há cada vez mais mulheres em outras profissões, ou posições, antes ocupadas só por homens. Em breve...
Corta para a sala de estar de um típico casal de classe média. Ano: digamos, 2049.
- Querida...
- Hm?
- Me passa o "Suplemento Masculino"?
- Eu estou lendo.
- Você está lendo a primeira parte do jornal, Jandira. Eu só quero o "Suplemento Masculino".
- Eu estou lendo todo o jornal, Luiz Henrique.
- Mas você nunca lê o "Suplemento Masculino". Eu quero ver as novidades da moda Primavera-Verão para homens e...
- Você sabe que eu não gosto de desfolhar o jornal, Luiz Henrique. Tenha um pouco de paciência. Quando eu terminar, você vai poder ler tudo. A primeira parte, as notícias políticas, o caderno de economia...
- E eu lá me interesso por política e economia? Só quero o "Suplemento Masculino".
- Pois vai ter que esperar.
- Como você é, Jandira!
Carácter
- Prove este Chateau Lambuze...
- Hmmm. Sim. Elegante... Bem torneado...
- E os taninos? O que me diz dos taninos?
- Equilíbrio perfeito.
- E os minerais?
- No ponto.
- Um vinho com uma certa nobreza, pois não?
- Eu até diria... uma certa arrogância.
- Justificada, justificada. E o après gout
- Ainda não cheguei lá. Noto toques de frutas vermelhas...
- E tabaco. Sentiu o tabaco?
- Mmmm... E sândalo.
- E carvalho. E canela.
- E, ou muito me engano, ou um traço de... pano de prato?
- O quê?
- Decididamente, pano de prato.
- Acho que você tem razão... Entre o mirtilo e a baunilha. Pano de prato.
- E pensar que o Parker deu 98...
- O Chateau Lambuze nunca foi dos mais cuidadosos com a higiene.
- Se bem que o pano de prato dá ao vinho um certo...
- Carácter?
- Exacto.
- E o après gout? O que me diz do après gout?
- Memorável.
Viver
(Da série "Poesia numa hora destas?!")
Viver requer prática, habilidade
e um talento incomum.
A vida, minha gente, não é para qualquer um.
Lápide
Conversava-se sobre lápides e me perguntaram o que eu gostaria que fosse escrito na minha. Respondi:
Luís Fernando Veríssimo
(1936 - 2046)
Assim vai o mundo...
Diálogos
Não conheço os números exactos, mas acho que confere: hoje há mais mulheres trabalhando em jornais do que homens. Como há cada vez mais mulheres em outras profissões, ou posições, antes ocupadas só por homens. Em breve...
Corta para a sala de estar de um típico casal de classe média. Ano: digamos, 2049.
- Querida...
- Hm?
- Me passa o "Suplemento Masculino"?
- Eu estou lendo.
- Você está lendo a primeira parte do jornal, Jandira. Eu só quero o "Suplemento Masculino".
- Eu estou lendo todo o jornal, Luiz Henrique.
- Mas você nunca lê o "Suplemento Masculino". Eu quero ver as novidades da moda Primavera-Verão para homens e...
- Você sabe que eu não gosto de desfolhar o jornal, Luiz Henrique. Tenha um pouco de paciência. Quando eu terminar, você vai poder ler tudo. A primeira parte, as notícias políticas, o caderno de economia...
- E eu lá me interesso por política e economia? Só quero o "Suplemento Masculino".
- Pois vai ter que esperar.
- Como você é, Jandira!
Carácter
- Prove este Chateau Lambuze...
- Hmmm. Sim. Elegante... Bem torneado...
- E os taninos? O que me diz dos taninos?
- Equilíbrio perfeito.
- E os minerais?
- No ponto.
- Um vinho com uma certa nobreza, pois não?
- Eu até diria... uma certa arrogância.
- Justificada, justificada. E o après gout
- Ainda não cheguei lá. Noto toques de frutas vermelhas...
- E tabaco. Sentiu o tabaco?
- Mmmm... E sândalo.
- E carvalho. E canela.
- E, ou muito me engano, ou um traço de... pano de prato?
- O quê?
- Decididamente, pano de prato.
- Acho que você tem razão... Entre o mirtilo e a baunilha. Pano de prato.
- E pensar que o Parker deu 98...
- O Chateau Lambuze nunca foi dos mais cuidadosos com a higiene.
- Se bem que o pano de prato dá ao vinho um certo...
- Carácter?
- Exacto.
- E o après gout? O que me diz do après gout?
- Memorável.
Viver
(Da série "Poesia numa hora destas?!")
Viver requer prática, habilidade
e um talento incomum.
A vida, minha gente, não é para qualquer um.
Lápide
Conversava-se sobre lápides e me perguntaram o que eu gostaria que fosse escrito na minha. Respondi:
Luís Fernando Veríssimo
(1936 - 2046)
Assim vai o mundo...
O mundo dos filmes...
Alguns amigos fartos de viver no limiar da pobreza decide entrar no mundo do crime! Mas já se sabe que o caminho do crime nunca é um caminho certo. "Bridges to Nowhere" é um filme razoável com uma mensagem verdadeira...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, setembro 24, 2009
O mundo dos filmes...
Ontem vi Banlieue 13 Ultimatum! Um filme a 100 à hora... E que aborda a questão da multiculturalidade de Paris...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, setembro 23, 2009
O mundo dos jornais....
José Manuel dos Santos sobre Jorge de Sena, no Expresso de Sábado!
Ao contrário dos ossos daquele Camões que se dirige aos seus contemporâneos no célebre poema ("Nada tereis, mas nada: nem os ossos, /que um vosso esqueleto há-de ser buscado,/ para passar por meu."), os ossos de Sena passarão por nossos, porque ele assim o quis. Num tempo em que os símbolos foram trocados por gadgets, não sei se é possível falarmos ainda da força simbólica que tem a vinda para Portugal dos despojos mortais de Jorge de Sena. Ao encontrar aqui um abrigo, esse pó quase extinto dá corpo a um regresso demasiadamente adiado. O nome de Sena num cemitério português inverte a sua ausência - não para nos aliviar de uma culpa, mas para nos culpar de a não termos tido.
A ausência de Jorge de Sena num exílio gritado, ao mesmo tempo indesejado e desejado, tornou-se o epicentro do sismo contínuo que eram a sua obra e a sua vida. E foi também esse, frontal ou obliquamente, um dos temas da cultura portuguesa da segunda metade do século XX. Sena tornou-se a estátua do Comendador que, de tempos a tempos, vinha assombrar a paz pobre da terra triste. Alguns viam nisso uma exibição, um vício de vaidade, uma histeria literária (por exemplo, Cesariny, Natália, Lacerda). Mas outros viveram essa ausência como uma maldição e uma derrota.
No tributo que, em 1976, lhe foi prestado, Sophia de Mello Breyner falou dessa ausência como de um mal: "Se penso em Jorge de Sena, penso nos seus poemas, mas penso igualmente na sua ausência. Pois essa ausência é como uma parte da nossa vida e do nosso país que nos roubaram. É uma forma de termos menos a pátria que temos e a vida, única, que tem. A 25 de Abril pensámos que éramos um país que se ia reconciliar consigo próprio e que se ia reconhecer. Acreditámos na transparência possível. Acreditámos que a lei da negatividade iria ser ultrapassada. A continuada ausência de Jorge de Sena também nos diz que algo não correu inteiramente bem." E, na última carta que lhe escreveu, lamenta-se ela: "Que pena morares tão longe e as nossas viagens não coincidirem. Mas espero ver-te quando o Verão vier."
O Verão veio e não o trouxe, pois a morte o levara nesse mês de Junho de 1978. Na mensagem que então enviou a Mécia de Sena, Sophia diz: "Para além do desgosto e da saudade sinto um profundo acabrunhamento. Do Jorge oiço o grande rio em cheio da sua poesia passando através do espaço e do tempo em que vivo. Sei que dificilmente existirá alguém que seja seu igual. E não me consolo destes dezoito anos de ausência que poderiam ter sido dezoito anos de convívio, de encontros, conversas, riso comum, aflições e alegrias comunicadas."
Esta ausência, em vida e em morte, de Jorge da Sena da terra portuguesa foi acusação e prova contra nós. Uma ausência que, antes do 25 de Abril, era exílio forçado, tornou-se depois exílio voluntário, com o qual ele desafiava altivamente um país que amava com ódio e odiava com amor: "Ó, terra de ninguém, ninguém, ninguém: /eu te pertenço. És cabra, és badalhoca, /és mais que cachorra pelo cio,/ és peste e fome e guerra e dor de coração./ Eu te pertenço mas seres minha, não!"
Sena era lúcido e megalómano, terno e cruel, astuto e ingénuo. A tal questão que, dizia O'Neill, cada português tem consigo-mesmo e que se chama Portugal, ele agigantou-a à altura lívida de um fantasma. O meu amigo Fernando Dacosta, quando o visitava na sua casa do Restelo, ouvia-o, juiz justiceiro, vociferar horas contra tudo e contra todos, possesso de furor e de vingança. Só depois se apaziguava e fazia da angústia uma música que se juntava à música da noite que chegava.
José-Augusto França conta que, um dia, ao vê-lo com uma insatisfação tão zangada, lhe disse: "Jorge, não vale a pena estares assim. A tua obra é tão grande que o reconhecimento chegará. Terás a glória! Se não for hoje, será para o mês que vem, ou para daqui a dez anos. Mas ela virá"! Sena ouviu-o e gritou-lhe: "Mas eu preciso da glória já, nos próximos quinze minutos".
Encontrei-o uma vez, em casa do Ruy Cinatti, num tempo em que tudo acontecia a toda a hora. Estava ele excitado, ansioso e perplexo com a Revolução. E muito inquieto com a perturbação do seu velho amigo por causa de Timor.
O que eu mais gosto em Jorge de Sena é a grandeza de quem quer chegar ao que não alcança. É a atitude inconformada e ardente perante a gravidade da vida: "Soube-me sempre a destino a minha vida." É a proximidade ao corpo, sabendo que o seu auge coincide com o auge do espírito. É a raiva insolente e excessiva, autenticamente moral porque ferozmente antimoralista.
Entre nós, está a partir de agora a memória fúnebre de Jorge de Sena, com a pouca glória que temos para lhe oferecer. Que ao menos essa presença nos acrescente do que nos falta e a ele não faltou: a violência que ordena à mediocridade que falhe.
Assim vai o mundo...
Ao contrário dos ossos daquele Camões que se dirige aos seus contemporâneos no célebre poema ("Nada tereis, mas nada: nem os ossos, /que um vosso esqueleto há-de ser buscado,/ para passar por meu."), os ossos de Sena passarão por nossos, porque ele assim o quis. Num tempo em que os símbolos foram trocados por gadgets, não sei se é possível falarmos ainda da força simbólica que tem a vinda para Portugal dos despojos mortais de Jorge de Sena. Ao encontrar aqui um abrigo, esse pó quase extinto dá corpo a um regresso demasiadamente adiado. O nome de Sena num cemitério português inverte a sua ausência - não para nos aliviar de uma culpa, mas para nos culpar de a não termos tido.
A ausência de Jorge de Sena num exílio gritado, ao mesmo tempo indesejado e desejado, tornou-se o epicentro do sismo contínuo que eram a sua obra e a sua vida. E foi também esse, frontal ou obliquamente, um dos temas da cultura portuguesa da segunda metade do século XX. Sena tornou-se a estátua do Comendador que, de tempos a tempos, vinha assombrar a paz pobre da terra triste. Alguns viam nisso uma exibição, um vício de vaidade, uma histeria literária (por exemplo, Cesariny, Natália, Lacerda). Mas outros viveram essa ausência como uma maldição e uma derrota.
No tributo que, em 1976, lhe foi prestado, Sophia de Mello Breyner falou dessa ausência como de um mal: "Se penso em Jorge de Sena, penso nos seus poemas, mas penso igualmente na sua ausência. Pois essa ausência é como uma parte da nossa vida e do nosso país que nos roubaram. É uma forma de termos menos a pátria que temos e a vida, única, que tem. A 25 de Abril pensámos que éramos um país que se ia reconciliar consigo próprio e que se ia reconhecer. Acreditámos na transparência possível. Acreditámos que a lei da negatividade iria ser ultrapassada. A continuada ausência de Jorge de Sena também nos diz que algo não correu inteiramente bem." E, na última carta que lhe escreveu, lamenta-se ela: "Que pena morares tão longe e as nossas viagens não coincidirem. Mas espero ver-te quando o Verão vier."
O Verão veio e não o trouxe, pois a morte o levara nesse mês de Junho de 1978. Na mensagem que então enviou a Mécia de Sena, Sophia diz: "Para além do desgosto e da saudade sinto um profundo acabrunhamento. Do Jorge oiço o grande rio em cheio da sua poesia passando através do espaço e do tempo em que vivo. Sei que dificilmente existirá alguém que seja seu igual. E não me consolo destes dezoito anos de ausência que poderiam ter sido dezoito anos de convívio, de encontros, conversas, riso comum, aflições e alegrias comunicadas."
Esta ausência, em vida e em morte, de Jorge da Sena da terra portuguesa foi acusação e prova contra nós. Uma ausência que, antes do 25 de Abril, era exílio forçado, tornou-se depois exílio voluntário, com o qual ele desafiava altivamente um país que amava com ódio e odiava com amor: "Ó, terra de ninguém, ninguém, ninguém: /eu te pertenço. És cabra, és badalhoca, /és mais que cachorra pelo cio,/ és peste e fome e guerra e dor de coração./ Eu te pertenço mas seres minha, não!"
Sena era lúcido e megalómano, terno e cruel, astuto e ingénuo. A tal questão que, dizia O'Neill, cada português tem consigo-mesmo e que se chama Portugal, ele agigantou-a à altura lívida de um fantasma. O meu amigo Fernando Dacosta, quando o visitava na sua casa do Restelo, ouvia-o, juiz justiceiro, vociferar horas contra tudo e contra todos, possesso de furor e de vingança. Só depois se apaziguava e fazia da angústia uma música que se juntava à música da noite que chegava.
José-Augusto França conta que, um dia, ao vê-lo com uma insatisfação tão zangada, lhe disse: "Jorge, não vale a pena estares assim. A tua obra é tão grande que o reconhecimento chegará. Terás a glória! Se não for hoje, será para o mês que vem, ou para daqui a dez anos. Mas ela virá"! Sena ouviu-o e gritou-lhe: "Mas eu preciso da glória já, nos próximos quinze minutos".
Encontrei-o uma vez, em casa do Ruy Cinatti, num tempo em que tudo acontecia a toda a hora. Estava ele excitado, ansioso e perplexo com a Revolução. E muito inquieto com a perturbação do seu velho amigo por causa de Timor.
O que eu mais gosto em Jorge de Sena é a grandeza de quem quer chegar ao que não alcança. É a atitude inconformada e ardente perante a gravidade da vida: "Soube-me sempre a destino a minha vida." É a proximidade ao corpo, sabendo que o seu auge coincide com o auge do espírito. É a raiva insolente e excessiva, autenticamente moral porque ferozmente antimoralista.
Entre nós, está a partir de agora a memória fúnebre de Jorge de Sena, com a pouca glória que temos para lhe oferecer. Que ao menos essa presença nos acrescente do que nos falta e a ele não faltou: a violência que ordena à mediocridade que falhe.
Assim vai o mundo...
segunda-feira, setembro 21, 2009
O mundo dos filmes...
Vi ontem um filme que não consigo mesmo decidir se gostei ou não! Peter Jackson criou um louco filme de extraterrestres, que se mistura com documentário. É um filme diferente porque pressupõe uma espécie de convivência entre os terrestres e os extra-terrestres. Olhem, a melhor maneira é verem o filme...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo da TV...
Ontem foi dia de Emmys! Grandes vencedores: Mad Men, 30 Rock, Jon Stewart...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
domingo, setembro 20, 2009
O mundo da Tv...
Os Black Eyed Peas conseguem deixar Oprah de boca aberta! Vejam o video até ao fim...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo dos filmes...
Jeff Goldblum no papel de uma vida! A história de um homem que sobreviveu ao holocausto mas não aos seus fantasmas. Deixem-se contaminar por "Adam Ressurect"...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, setembro 18, 2009
O mundo dos filmes...
Taken é um belo thriller que me deixou em suspense! Liam Neeson num excelente papel...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, setembro 17, 2009
O mundo da música...
Há qualquer coisa nos anos 80 que é tremendo! Então na música: Tarzan boy dos Baltimora...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, setembro 16, 2009
O mundo dos filmes...
Dois filmes de uma assentada...
- Fighting é um filme girinho sobre lutas de rua, onde sobretudo brilha Terrence Howard (e já agora a sua namorada Zulay Henao)..
- E o longíssimo filme português "Aquele Querido Mês de Agosto"! Um filme/documentário de como é o mês de Agosto numa das pequenas aldeias do nosso país, no caso Rio Alva. É uma bela narrativa descritiva...
Assim vai o mundo...
- Fighting é um filme girinho sobre lutas de rua, onde sobretudo brilha Terrence Howard (e já agora a sua namorada Zulay Henao)..
- E o longíssimo filme português "Aquele Querido Mês de Agosto"! Um filme/documentário de como é o mês de Agosto numa das pequenas aldeias do nosso país, no caso Rio Alva. É uma bela narrativa descritiva...
Assim vai o mundo...
terça-feira, setembro 15, 2009
O mundo do cinema...
O mundo da TV...
Começou ontem o "Daily Show" à portuguesa! E logo com José Socrates. E sinceramente acho que ganhou mais votos neste programa do que em todos os debates da semana passada...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
segunda-feira, setembro 14, 2009
O mundo dos filmes...
O novo filme de Tarantino é mais uma obra de arte! Acima de tudo os diálogos. Christoph Waltz é a grande surpresa! A figura dele domina o filme. Sem dúvida, uma maravilha...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo da TV...
O mundo dos jornais...
Luis Fernando Veríssimo escreve crónicas geniais! Pequenas estórias sempre com uma moral. Esta é a sua crónica de sábado no Expresso...
Zum
O professor concluiu que a Sandrinha tinha sido posta no mundo para enlouquecê-lo quando ela declarou que lia na diagonal. Não bastava Sandrinha passar a aula fazendo e desfazendo o nó que mantinha seu cabelo preso atrás, agora aquela. Lia na diagonal.
- Como, na diagonal, dona Sandra?
- Na diagonal. Em vez de linha por linha. Começo na primeira palavra da primeira linha e desço, zum, até a última palavra da última linha da página. Em diagonal. Poupa tempo.
O professor sacudiu a cabeça. Como se tivesse levado um soco e tentasse clarear o cérebro.
- Como assim, poupa tempo?
- Por exemplo - disse Sandrinha, desfazendo e refazendo o coque -, "Os Irmãos Karamazov".
O professor não estava acreditando no que ouvia.
- A senhora leu "Os Irmãos Karamazov"?
- Li todo. Zum, zum, zum. Em quarenta minutos.
- Mas dona Sandra..,
- O senhor leu "Os irmãos Karamazov", professor?
- Não. Quer dizer, li. Há muito tempo.
- Então me pergunte qualquer coisa sobre o livro.
O professor não se lembrava muito bem do livro. Na verdade, só se lembrava de uma frase, dita por um dos irmãos. Se Deus não existe, tudo é permitido. A frase precisava ser revisada. Se o método de leitura da Sandrinha existia, nada mais tinha sentido. Se ler na diagonal funcionava, significava que 80 por cento - mais, 90 por cento! - do conteúdo de uma página era supérfluo. A própria literatura estava ameaçada. Para não falar, pensou o professor, na minha sanidade mental.
- E "Guerra e Paz", a senhora leu?
- Li. Em uma hora.
- Que mais?
- "Ulisses".
O professor deu uma risada.
- Está bem, dona Sandra. Vamos deixar de brincadeira. Não vá me dizer que entendeu todo o "Ulisses".
- Entendi tudo. Na diagonal, simplifica.
- Dona Sandra...
- Aposto que eu já li mais livros do que o senhor professor.
E Sandrinha desfez e refez o nó do cabelo outra vez, olhando o professor com malícia.
- O que a senhora faz não pode ser chamado de leitura, dona Sandra.
- Por que não? Leitura dinâmica. Zum, zum, zum, e pronto. Tá lido.
O resto da classe se divertia. O professor sentiu que precisava restabelecer sua autoridade.
- Isso é ridículo. Um livro tem que ser degustado, palavra por palavra. O seu método reduz qualquer livro a, sei lá. A um fast-food, a um...
- O senhor leu "Os Sertões", professor?
- Li!
- Inclusive a primeira parte? A parte chata?
O professor não tinha lido a parte chata. A Sandrinha provavelmente lera a parte chata, na diagonal, em meia hora. O professor não podia lhe conceder aquela vitória. Antes que ela dissesse "Eu li", ordenou:
- Por favor, pare de mexer nesse seu cabelo!
E encerrou o assunto.
O consenso na classe foi: mais uma vitória da Sandrinha. Que no primeiro dia de aula já tinha convencido o professor a deixá-la usar a camiseta com "Abaixo todas as calças!" escrito na frente.
Assim vai o mundo...
Zum
O professor concluiu que a Sandrinha tinha sido posta no mundo para enlouquecê-lo quando ela declarou que lia na diagonal. Não bastava Sandrinha passar a aula fazendo e desfazendo o nó que mantinha seu cabelo preso atrás, agora aquela. Lia na diagonal.
- Como, na diagonal, dona Sandra?
- Na diagonal. Em vez de linha por linha. Começo na primeira palavra da primeira linha e desço, zum, até a última palavra da última linha da página. Em diagonal. Poupa tempo.
O professor sacudiu a cabeça. Como se tivesse levado um soco e tentasse clarear o cérebro.
- Como assim, poupa tempo?
- Por exemplo - disse Sandrinha, desfazendo e refazendo o coque -, "Os Irmãos Karamazov".
O professor não estava acreditando no que ouvia.
- A senhora leu "Os Irmãos Karamazov"?
- Li todo. Zum, zum, zum. Em quarenta minutos.
- Mas dona Sandra..,
- O senhor leu "Os irmãos Karamazov", professor?
- Não. Quer dizer, li. Há muito tempo.
- Então me pergunte qualquer coisa sobre o livro.
O professor não se lembrava muito bem do livro. Na verdade, só se lembrava de uma frase, dita por um dos irmãos. Se Deus não existe, tudo é permitido. A frase precisava ser revisada. Se o método de leitura da Sandrinha existia, nada mais tinha sentido. Se ler na diagonal funcionava, significava que 80 por cento - mais, 90 por cento! - do conteúdo de uma página era supérfluo. A própria literatura estava ameaçada. Para não falar, pensou o professor, na minha sanidade mental.
- E "Guerra e Paz", a senhora leu?
- Li. Em uma hora.
- Que mais?
- "Ulisses".
O professor deu uma risada.
- Está bem, dona Sandra. Vamos deixar de brincadeira. Não vá me dizer que entendeu todo o "Ulisses".
- Entendi tudo. Na diagonal, simplifica.
- Dona Sandra...
- Aposto que eu já li mais livros do que o senhor professor.
E Sandrinha desfez e refez o nó do cabelo outra vez, olhando o professor com malícia.
- O que a senhora faz não pode ser chamado de leitura, dona Sandra.
- Por que não? Leitura dinâmica. Zum, zum, zum, e pronto. Tá lido.
O resto da classe se divertia. O professor sentiu que precisava restabelecer sua autoridade.
- Isso é ridículo. Um livro tem que ser degustado, palavra por palavra. O seu método reduz qualquer livro a, sei lá. A um fast-food, a um...
- O senhor leu "Os Sertões", professor?
- Li!
- Inclusive a primeira parte? A parte chata?
O professor não tinha lido a parte chata. A Sandrinha provavelmente lera a parte chata, na diagonal, em meia hora. O professor não podia lhe conceder aquela vitória. Antes que ela dissesse "Eu li", ordenou:
- Por favor, pare de mexer nesse seu cabelo!
E encerrou o assunto.
O consenso na classe foi: mais uma vitória da Sandrinha. Que no primeiro dia de aula já tinha convencido o professor a deixá-la usar a camiseta com "Abaixo todas as calças!" escrito na frente.
Assim vai o mundo...
domingo, setembro 13, 2009
O mundo da política...
Decidi dar um pouco de seca sobre política!
Pela primeira vez tivemos em Portugal debates entre os líderes dos cinco principais partidos! E com algumas surpresas. A saber...
- Esperava-se que o frente a frente entre Jerónimo e Louçã fosse mais picado, por causa de alguns votos indecisos (mas foi muito cordial e calmo)
- Esperava-se que o duelo Paulo Portas e Ferreira Leite fosse cordato (a pensar em possiveis coligações), mas foi dos mais picados e em que Portas deu uma abada.
- Paulo Portas ganhou quase todos os debates
- Ninguém esperava que Louçã perdesse tão claramente o debate com Sócrates
- Apesar de ter perdido o debate com Portas e Sócrates, Manuela Ferreira Leita não esteve assim tão mal.
- Das três moderadoras, Clara de Sousa esteve bem, Judite safou-se e Constança esteve mal.
- Nos primeiros debates, não havia debate! Houve respostas a temas. Só com Sócrates houve mais confronto, apesar de ele não gostar disso.
E chegamos ao fim dos debates a pensar no que serão as eleições! Penso que o PS ganhará com uma pequena margem sobre o PSD e os três restantes partidos terão muito bons resultados, perto ou acima dos 10%. Teremos então um governo minoritário num parlamento muito dividido! Ou seja uma governação com pinças...
Assim vai o mundo...
Pela primeira vez tivemos em Portugal debates entre os líderes dos cinco principais partidos! E com algumas surpresas. A saber...
- Esperava-se que o frente a frente entre Jerónimo e Louçã fosse mais picado, por causa de alguns votos indecisos (mas foi muito cordial e calmo)
- Esperava-se que o duelo Paulo Portas e Ferreira Leite fosse cordato (a pensar em possiveis coligações), mas foi dos mais picados e em que Portas deu uma abada.
- Paulo Portas ganhou quase todos os debates
- Ninguém esperava que Louçã perdesse tão claramente o debate com Sócrates
- Apesar de ter perdido o debate com Portas e Sócrates, Manuela Ferreira Leita não esteve assim tão mal.
- Das três moderadoras, Clara de Sousa esteve bem, Judite safou-se e Constança esteve mal.
- Nos primeiros debates, não havia debate! Houve respostas a temas. Só com Sócrates houve mais confronto, apesar de ele não gostar disso.
E chegamos ao fim dos debates a pensar no que serão as eleições! Penso que o PS ganhará com uma pequena margem sobre o PSD e os três restantes partidos terão muito bons resultados, perto ou acima dos 10%. Teremos então um governo minoritário num parlamento muito dividido! Ou seja uma governação com pinças...
Assim vai o mundo...
sábado, setembro 12, 2009
sexta-feira, setembro 11, 2009
O mundo privado...
Só uma pequena nota para informar que não consegui entrar em Psicologia como era meu desejo! Nunca pensei que houvesse tanta gente a concorrer como licenciado e tramei-me! Não estava à espera. Mas hei-de dar a volta com um sorriso como sempre...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, setembro 10, 2009
O mundo dos jornais...
Magnífica a entrevista a Woody Allen na Única de Sábado! O Senhor Melancolia é provavelmente o melhor criador de citações vivo. Leiam a entrevista toda, mas só como teaser deixo esta pérola:
"Não acredito na vida depois da morte, mas irei preparado com uma muda de roupa interior."
Assim vai o mundo...
"Não acredito na vida depois da morte, mas irei preparado com uma muda de roupa interior."
Assim vai o mundo...
quarta-feira, setembro 09, 2009
O mundo dos filmes...
Não sei porque andam a calhar-me filmes muito marados! Neste caso, The Flock. Um filme sobre abusadores sexuais e os agentes que os vigiam. Richard Gere faz um papel à margem do seu costume, mas constrói uma personagem fantástica...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo do humor...
Um dos vídeos mais engraçados que recebi... Os efeitos das drogas na condução...
Assim vai o mundo...
terça-feira, setembro 08, 2009
O mundo dos filmes...
Sem net durante um tempo, mas há sempre a possibilidade de ver filmes...
Primeiro, este "The Girlfriend Experience"!Esperava mais deste filme de Steven Soderbergh. A ideia de uma escort girl com um namorada merecia mais do que alguns bons momentos...
"Tje Killing Room" é um filme assustadoramente atractivo! Uma experiência sociológica que esperamos não existir mas que tememos que exista.. O trailer de certeza que vos espicaçará...
Assim vai o mundo...
Primeiro, este "The Girlfriend Experience"!Esperava mais deste filme de Steven Soderbergh. A ideia de uma escort girl com um namorada merecia mais do que alguns bons momentos...
"Tje Killing Room" é um filme assustadoramente atractivo! Uma experiência sociológica que esperamos não existir mas que tememos que exista.. O trailer de certeza que vos espicaçará...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, setembro 04, 2009
O mundo dos filmes...
Catch a fire é um filme fantástico! Baseado na vida de Patrick Chamusso, dá-nos uma versão real do luta contra o apartheid na África do Sul. Um filme sobre liberdade, sobre luta e acinma de tudo sobre o perdão...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, setembro 03, 2009
O mundo dos jornais...
José Manuel dos Santos traça um retrato perfeito de uma certo tipo de portugueses...
"Praia
É uma daquelas praias que têm horror ao vazio. Nelas, não existe espaço, nem sequer entre as pessoas. Os cinco sentidos são postos em comum. Todos vêem, ouvem, cheiram, provam, tacteiam tudo de todos. Todos ficam a conhecer a vida de todos. Todos jogam à bola com todos. Todos ouvem a música de todos. Ali, não há distinção entre público e privado, individual e colectivo. Mais: não há propriedade privada, pois, se o conhecessem, todos concordariam com o velho Proudhon, quando proclamou aos séculos vindouros que a propriedade é um roubo.
Ao pé daquilo, a cama da "Comunidade", de Luís Pacheco, é um espaço amplo. Não admira, por isso, que nessa praia algarvia se façam amizades, rapidamente e em força. No primeiro dia, partilha-se com os vizinhos do lado o gosto por uma música que não é nem de Bach nem de Beethoven. No dia seguinte, uma das famílias leva sardinhas e a outra febras de porco para um almoço que já se faz em conjunto. No dia seguinte ao seguinte, essas duas famílias alargam o convívio a outras famílias, que trazem mais comida, mais bebida e mais alegria.
Com a continuidade, a intensidade e a intimidade destes convívios, trocam-se moradas e números de telemóveis (há sempre pelo menos três por família), combinando-se futuras visitas às respectivas terras e casas. Há mesmo casos em que se acaba a trocar alianças entre descendentes de famílias que se conheceram junto ao mar, sob um sol escaldante.
Esta história passou-se nessa populosa praia algarvia que vos descrevi. O seu protagonista é um homem de meia-idade, oriundo das terras fartas e fortes de Portugal e com visíveis sinais dessa proveniência nos modos e nas falas. Apareceu na praia e logo se tornou o líder incontestado de uma vasta região do areal. Alguns dias depois, o seu poder de conquista alastrou, exercendo-se sobre as regiões limítrofes (que viviam sob o jugo de outros líderes com menos capacidade de liderança do que este), e o império dele quase se estendeu a toda a praia. A sua oratória mostrava-se inesgotável. Falava, sem hesitação, cansaço ou interrupção de futebol, política, gajas, macroeconomia, hidráulica, música pimba, Internet, cozinha regional, bingo, agricultura, TGV, vetos presidenciais, computador Magalhães, noites do Porto, fertilização in vitro, gang "Aperta o Papo", gripe A, automóveis, casamentos gay, apresentadoras de televisão. Era radical, obsessivo, imperioso, peremptório e definitivo nas suas opiniões. Quando alguém discordava delas, os seus punhos grossos e peludos erguiam-se à altura da cabeça e faziam mover o ar.
Chegava sempre à praia com uma geleira à tiracolo, onde havia uma profusão de cerveja, vinho rosé, amêndoa amarga, Licor Beirão e mais digestivos similares e afins. Atrás, a mulher arrastava outra geleira com mariscos, sandes, pastéis, saladas, bolos. E, num saco enorme, transportado penosamente pela filha, vinha a feijoada de chocos e o coelho à caçadora. Assim se faziam sempre grandes e arenosos piqueniques, havendo disputa nas famílias circundantes para serem convidadas (perdoem-me o eufemismo) a associar-se à festa.
Além de falar muito com a praia inteira ("Somos uma grande família!", dizia), o homem fazia e recebia constantes chamadas nos seus três telemóveis (um de cada operador). Decerto esquecido de que estava a usar um aparelho descendente do de Bell, falava ao telemóvel aos gritos, como se a sua voz fosse transmitida do sul até ao norte não por ondas electromagnéticas mas pelo ar. Por isso, toda a praia ouvia essa voz forte a fazer relatos pormenorizados da estada em terras algarvias, com comentários de largo espectro, que iam do físico ao psicológico e mesmo ao metafísico. Afinal, e embora não parecesse, o homem tinha sentimentos: mandava 'abrações' aos amigos, misturando-os com palavrões do mais altissonante impacto e acrescentando considerações filosóficas sobre o aquém e o além.
Durante os 15 dias de férias, que passaram céleres, o ânimo daquele veraneante manteve-se inalteravelmente acima da euforia. Mas, no último dia, tornou-se melancólico. O homem falou menos do que era usual. Dava grandes palmadas nas costas dos que se despediam dele, e as lágrimas quase se lhe acendiam nos olhos. Ao almoço, repetiu a comida menos vezes do era seu hábito (e fez mal, que a jardineira estava uma delícia!). Depois, dormiu a sesta sob um guarda-sol de uma marca de gelados e ainda ressonou mais do que costumava. Passadas três horas, acordou e parecia pensativo. De repente, um dos telemóveis tocou, e ele atendeu. Enquanto falava, pôs o pé em cima da geleira com uma nobreza de atitude em nada inferior à das estátuas clássicas. A sua voz começou por soar baixa, mas depois foi aumentando de volume. Quem andava por perto pôde então ouvi-lo exclamar para o seu interlocutor longínquo: "A vida de rico está-se a acabar! A vida de rico está-se a acabar!"
Assim vai o mundo...
"Praia
É uma daquelas praias que têm horror ao vazio. Nelas, não existe espaço, nem sequer entre as pessoas. Os cinco sentidos são postos em comum. Todos vêem, ouvem, cheiram, provam, tacteiam tudo de todos. Todos ficam a conhecer a vida de todos. Todos jogam à bola com todos. Todos ouvem a música de todos. Ali, não há distinção entre público e privado, individual e colectivo. Mais: não há propriedade privada, pois, se o conhecessem, todos concordariam com o velho Proudhon, quando proclamou aos séculos vindouros que a propriedade é um roubo.
Ao pé daquilo, a cama da "Comunidade", de Luís Pacheco, é um espaço amplo. Não admira, por isso, que nessa praia algarvia se façam amizades, rapidamente e em força. No primeiro dia, partilha-se com os vizinhos do lado o gosto por uma música que não é nem de Bach nem de Beethoven. No dia seguinte, uma das famílias leva sardinhas e a outra febras de porco para um almoço que já se faz em conjunto. No dia seguinte ao seguinte, essas duas famílias alargam o convívio a outras famílias, que trazem mais comida, mais bebida e mais alegria.
Com a continuidade, a intensidade e a intimidade destes convívios, trocam-se moradas e números de telemóveis (há sempre pelo menos três por família), combinando-se futuras visitas às respectivas terras e casas. Há mesmo casos em que se acaba a trocar alianças entre descendentes de famílias que se conheceram junto ao mar, sob um sol escaldante.
Esta história passou-se nessa populosa praia algarvia que vos descrevi. O seu protagonista é um homem de meia-idade, oriundo das terras fartas e fortes de Portugal e com visíveis sinais dessa proveniência nos modos e nas falas. Apareceu na praia e logo se tornou o líder incontestado de uma vasta região do areal. Alguns dias depois, o seu poder de conquista alastrou, exercendo-se sobre as regiões limítrofes (que viviam sob o jugo de outros líderes com menos capacidade de liderança do que este), e o império dele quase se estendeu a toda a praia. A sua oratória mostrava-se inesgotável. Falava, sem hesitação, cansaço ou interrupção de futebol, política, gajas, macroeconomia, hidráulica, música pimba, Internet, cozinha regional, bingo, agricultura, TGV, vetos presidenciais, computador Magalhães, noites do Porto, fertilização in vitro, gang "Aperta o Papo", gripe A, automóveis, casamentos gay, apresentadoras de televisão. Era radical, obsessivo, imperioso, peremptório e definitivo nas suas opiniões. Quando alguém discordava delas, os seus punhos grossos e peludos erguiam-se à altura da cabeça e faziam mover o ar.
Chegava sempre à praia com uma geleira à tiracolo, onde havia uma profusão de cerveja, vinho rosé, amêndoa amarga, Licor Beirão e mais digestivos similares e afins. Atrás, a mulher arrastava outra geleira com mariscos, sandes, pastéis, saladas, bolos. E, num saco enorme, transportado penosamente pela filha, vinha a feijoada de chocos e o coelho à caçadora. Assim se faziam sempre grandes e arenosos piqueniques, havendo disputa nas famílias circundantes para serem convidadas (perdoem-me o eufemismo) a associar-se à festa.
Além de falar muito com a praia inteira ("Somos uma grande família!", dizia), o homem fazia e recebia constantes chamadas nos seus três telemóveis (um de cada operador). Decerto esquecido de que estava a usar um aparelho descendente do de Bell, falava ao telemóvel aos gritos, como se a sua voz fosse transmitida do sul até ao norte não por ondas electromagnéticas mas pelo ar. Por isso, toda a praia ouvia essa voz forte a fazer relatos pormenorizados da estada em terras algarvias, com comentários de largo espectro, que iam do físico ao psicológico e mesmo ao metafísico. Afinal, e embora não parecesse, o homem tinha sentimentos: mandava 'abrações' aos amigos, misturando-os com palavrões do mais altissonante impacto e acrescentando considerações filosóficas sobre o aquém e o além.
Durante os 15 dias de férias, que passaram céleres, o ânimo daquele veraneante manteve-se inalteravelmente acima da euforia. Mas, no último dia, tornou-se melancólico. O homem falou menos do que era usual. Dava grandes palmadas nas costas dos que se despediam dele, e as lágrimas quase se lhe acendiam nos olhos. Ao almoço, repetiu a comida menos vezes do era seu hábito (e fez mal, que a jardineira estava uma delícia!). Depois, dormiu a sesta sob um guarda-sol de uma marca de gelados e ainda ressonou mais do que costumava. Passadas três horas, acordou e parecia pensativo. De repente, um dos telemóveis tocou, e ele atendeu. Enquanto falava, pôs o pé em cima da geleira com uma nobreza de atitude em nada inferior à das estátuas clássicas. A sua voz começou por soar baixa, mas depois foi aumentando de volume. Quem andava por perto pôde então ouvi-lo exclamar para o seu interlocutor longínquo: "A vida de rico está-se a acabar! A vida de rico está-se a acabar!"
Assim vai o mundo...
quarta-feira, setembro 02, 2009
O mundo do humor....
Este é um espectáculo que adorava ver ao vivo! Chama-se Nois na Fita e é protagonizado por Leandro Hassum e Marcius Melhem! Deixo-vos aqui os vários vídeos, sendo que recomento a sétima parte...
Assim ri o Mundo...
Assim ri o Mundo...
terça-feira, setembro 01, 2009
O mundo da TV...
De rir, esta entrevista de Jon Stewart a Rachel McAdams! Ela praticamente conta o filme todo. As minhas desculpas para quem o inglês não é perfeito...
Assim vai o mundo...
The Daily Show With Jon Stewart | Mon - Thurs 11p / 10c | |||
Rachel McAdams | ||||
www.thedailyshow.com | ||||
|
Assim vai o mundo...
O mundo dos filmes...
The Strangers é um filme inquietante! Desde o princípio do filme sabemos o seu fim, mas ainda assim conseguimos assustar o tempo todo. Liv Tyler num registo novo. Bom filme para ver acompanhado...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo das revistas...
A Tabu de sábado tem artigos interessantes!
- Primeiro a Raquel Carrilho fala-nos daquela que é considerada a jornalista desportiva mais sexy do mundo: Sara Carbonero!
- Depois um artigo sobre o supercool Usain Bolt! A sua tranquilidade nas provas é impressionante...
- Uma bela reportagem de Catarina Homem Marques sobre as dietas, tratamentos e afins. Uma prova de 60 dias feita pela própria jornalista...
- Finalmente a entrevista magnífica a um nome maior (talvez o maior) do teatro nacional: Ruy de Carvalho! E que justo é o seu regresso aos nossos palcos...
Assim vai o mundo...
- Primeiro a Raquel Carrilho fala-nos daquela que é considerada a jornalista desportiva mais sexy do mundo: Sara Carbonero!
- Depois um artigo sobre o supercool Usain Bolt! A sua tranquilidade nas provas é impressionante...
- Uma bela reportagem de Catarina Homem Marques sobre as dietas, tratamentos e afins. Uma prova de 60 dias feita pela própria jornalista...
- Finalmente a entrevista magnífica a um nome maior (talvez o maior) do teatro nacional: Ruy de Carvalho! E que justo é o seu regresso aos nossos palcos...
Assim vai o mundo...
Subscrever:
Mensagens (Atom)