quinta-feira, julho 31, 2008
quarta-feira, julho 30, 2008
O mundo do youtube..
Assim vai o mundo...
terça-feira, julho 29, 2008
O mundo da música...
The piano has been drinking
my necktie is asleep
and the combo went back to New York
the jukebox has to take a leak
and the carpet needs a haircut
and the spotlight looks like a prison break
cause the telephone's out of cigarettes
and the balcony's on the make
and the piano has been drinking
the piano has been drinking...
and the menus are all freezing
and the lightman's blind in one eye
and he can't see out of the other
and the piano-tuner's got a hearing aid
and he showed up with his mother
and the piano has been drinking
the piano has been drinking
cause the bouncer is a Sumo wrestler
cream puff casper milk toast
and the owner is a mental midget
with the I.Q. of a fencepost
cause the piano has been drinking
the piano has been drinking...
and you can't find your waitress
with a Geiger counter
And she hates you and your friends
and you just can't get served
without her
and the box-office is drooling
and the bar stools are on fire
and the newspapers were fooling
and the ash-trays have retired
the piano has been drinking
the piano has been drinking
The piano has been drinking
not me, not me, not me, not me, not me
Assim vai o mundo...
O mundo dos jornais...
Paraísos prostituídos
A primeira vez que passei uns dias de Verão em Porto Covo, ainda o Rui Veloso não tinha imortalizado a aldeia e a sua ilha do Pessegueiro. Pouco mais havia do que aquela simpática praceta central, de onde irradiavam três ou quatro ruas para baixo, em direcção ao mar, e duas ou três para os lados. Tinha nascido uma pequena urbanização de casas de piso térreo, uma das quais me foi emprestada por um amigo para lá passar uns quinze dias. Havia a praia em frente, magnífica, e a angustiante dúvida de escolher, entre três restaurantes, em qual deles se iria comer peixe, ao jantar.
Nos dois anos seguintes, arrastado pela paixão pela caça submarina, aluguei uma parte de casa em Vila Nova de Milfontes, com casa de banho autónoma e duche no pátio interior, ao ar livre. Instalei-me com o meu material de mergulho e um pequeno barco de borracha, no qual ia naufragando quando o motor pifou e comecei a ser arrastado pela corrente do rio Mira em direcção aos vagalhões à saída da baía. Mas não era o sítio adequado para caça submarina e rapidamente troquei a incerteza da minha destreza pelo esplendor de uma tasquinha branca, de quatro mesas apenas, onde escolhia de manhã o peixe que iria comer à noite. Foram dias de deslumbramento, naquela que eu achava ser provavelmente a mais bonita terra do litoral português.
Mas foi Lagos, claro, a primordial e mais duradoura das minhas paixões. Tudo o que eu possa escrever sobre a fantástica beleza da cidade caiada de branco, com ruas habitadas por burros e polvos secando ao sol pregados aos muros, uma gente feita de dignidade e delicadeza, praias como nenhumas outras em lado algum do mundo, a terra vermelha, pintada de figueiras e alfarrobeiras, prolongando-se até às falésias que ficavam douradas ao pôr-do-sol, enquanto as traineiras passavam ao largo em direcção aos seus campos de pesca nocturnos, tudo isso parece hoje demasiadamente belo para que alguém possa simplesmente acreditar. Se eu contasse, diriam que menti - e eu próprio, olhando hoje Lagos, também acho que seguramente foi mentira.
A partir de Lagos, fui descobrindo todo o barlavento algarvio, cuja luz é tão suave que parece suspensa, como se não fizesse parte do próprio ar. Descobri a solidão agreste de Sagres, onde se ia aos percebes ou apenas olhar o mar do Cabo de S. Vicente, na fortaleza, que era rude como o vento e o mar de Sagres, e hoje é uma casamata de betão que, ao que parece, se destina a homenagear a moderna arquitectura portuguesa. Descobri o charme antiquado da Praia da Rocha, onde se ia à noite ver as meninas de Portimão, ou o "souk" em cascata de Albufeira, onde se ia ver as inglesas e dançar no Sete e Meio. E descobri outras terras de pescadores e veraneantes, como Armação de Pêra ou Carvoeiro, praias de areia grossa e mar transparente como eu gosto, cigarras gritando de calor nas arribas, polvos tentando amedrontar-me quando os olhava debaixo de água.
Não vale a pena contar. Quem teve a sorte de viver, sabe do que falo; quem não viveu, não consegue sequer imaginar. Porque esse Sul que chegava a parecer irreal de tão belo, esse litoral alentejano e algarvio, não é hoje mais do que uma paisagem vergonhosamente prostituída. Sim, sim, eu sei: o desenvolvimento, o turismo, a balança comercial, os legítimos anseios das populações locais, essa extraordinária conquista de Abril que é o poder local. Eu sei, escusam de me dizer outra vez, porque eu já conheço de cor todas as razões e justificações. Não impede: prostituíram tudo, sacrificaram tudo ao dinheiro, à ganância e à construção civil. E não era preciso tanto nem tão horrível.
Podiam, de facto, ter escolhido ter menos turistas em vez de quererem albergar todos os selvagens da Europa, que nem sequer justificam em receitas os danos que em seu nome foram causados. Podiam ter construído com regras e planeamento e um mínimo de bom gosto. Podiam ter percebido que a qualidade de vida e a beleza daquelas terras garantiam trezentos anos de prosperidade, em vez de trinta de lucros a qualquer preço.
E todos os anos, por esta altura, percorrendo estas terras que guardo na memória como a mais incurável das feridas, faço-me a mesma pergunta: Porquê? Porquê tanta devastação, tanto horror, tanta construção, tanta estupidez? Tanto prédio estilo-Brandoa, tanto guindaste, tanto barulho de obras eternas, tanta rotunda, tanta 'escultura' do primo do cunhado do presidente da câmara, e sempre as mesmas estradas, os mesmos (isto é, nenhuns) lugares de estacionamento, os mesmos (isto é, nenhuns) espaços verdes? Não, nem mesmo o mais incompetente dos autarcas pode olhar para aquilo e não entender a monumental obra de exaltação da estupidez humana que está à vista. Não, não é apenas incompetência, nem mau gosto levado ao extremo, nem simples estupidez. Em muitos e muitos casos a razão pela qual o litoral alentejano e o barlavento algarvio foram saqueados, sem pudor nem vergonha, tem apenas um nome: corrupção. Acuso essa exaltante conquista de Abril, que é o poder local, de ter destruído, por ganância dos seus eleitos, todo ou quase todo o litoral português. Acuso agora José Sócrates de não ter tido a coragem política de cumprir uma das promessas do seu programa eleitoral, que era a de progressivamente financiar as autarquias a partir do Orçamento do Estado, em exclusivo, deixando de lhes permitir financiarem-se também com as receitas locais do imobiliário - deste modo impedindo que quem mais construção autoriza, mais receitas tenha. Acuso o Governo de José Sócrates de ter feito pior ainda, inventando essa coisa nefasta dos projectos PIN (de interesse nacional!), ao abrigo dos quais é o Governo Central que vem autorizando megaconstruções que as próprias autarquias acham de mais. Acuso esta gente que só sabe governar para eleições, que não tem sequer amor algum à terra que os viu nascer, que enche a boca de palavrões tais como "preservação do ambiente" e "crescimento sustentado" e que não é mais do que baba nas suas bocas, de serem os piores inimigos que o país tem. Gente que não ama Portugal, que não respeita o que herdou, que não tem vergonha do que vai deixar.
Eu sei que não serve de nada. Ando a escrever isto há trinta anos, em batalhas sucessivamente perdidas - ontem por uma praia, hoje por um rio, amanhã por uma lagoa. E lembro-me sempre da frase recente de um autarca algarvio contemplando a beleza ainda preservada da Ria de Alvor e sonhando com a sua urbanização: "A natureza também tem de nos dar alguma coisa em troca!". Está tudo dito e não adiante dizer mais nada.
Acordo às oito da manhã destas férias algarvias, longamente suspiradas, com o ruído de chapas onduladas desabando, martelos industriais batendo no betão e um pequeno exército de romenos e ucranianos construindo mais um projecto PIN numa paisagem outrora oficialmente protegida. "É o progresso!", suspiro para mim mesmo, tentando em vão voltar a adormecer. Sim, o progresso cresce por todos os lados, sem tempo a perder, sem lugar para hesitações, como um susto. Tenho saudades, sim, dos sustos que os polvos me pregavam no silêncio do fundo do mar. E tenho saudades de muitas outras coisas, como o polvo do mar. Sim, eu sei: estou a ficar velho.
Assim vai o mundo...
O mundo do cinema...
segunda-feira, julho 28, 2008
O mundo da TV...
Assim vai o mundo...
O mundo dos jornais...
Água engarrafada
Perguntam-me às vezes qual a principal diferença entre o norte e o sul, entre o Porto e Lisboa. Tenho a vantagem, ou a desvantagem, de viver entre ambas. E respondo sempre uma evidência: água engarrafada. O meu interlocutor não entende a resposta e pede explicações. Eu bocejo, deito-me no sofá, desaperto ligeiramente o cinto que oprime a barriga e começo uma longa prelecção sobre a diferença antropológica entre as duas principais cidades portuguesas sob a perspectiva da água engarrafada. Tudo se resume a experiência pessoal: eu, em casa de amigos lisboetas, solicitando um copo de água para matar a sede. E eles, com a naturalidade típica do sul, abrem a torneira e enchem o copo.
No Porto, este gesto - abrir a torneira e encher o copo para o convidado - seria o suficiente para lançar duas famílias em guerra. Quando um homem do norte pede um copo de água, ele sabe que existe uma diferença entre água da torneira (que serve para cozinhar, tomar banho e alimentar os cães) e água engarrafada (exclusivamente para seres humanos).
Não sei como começou esta profunda divisão; mas um livro recente, escrito por Elizabeth Royte e analisado na última "Economist", talvez dê uma ajuda. Intitula-se, apropriadamente, Bottlemania: How Water Went on Sale and Why We Bought It. Para a autora, uma mistura de snobeira, necessidade e preocupações higiénicas transformou uma indústria inexistente, ou incipiente, num império de lucros florescentes. Depois, e só depois, o capitalismo fez o resto: ainda que a água corrente seja hoje tão bebível como a engarrafada, vender garrafas é mais rentável. Para sermos exactos, uma indústria de 4 mil milhões de dólares em 1997 passou para os 10,8 mil milhões em 2006.
Quando conto esta história aos meus amigos lisboetas, eles dizem que água engarrafada é típica de zonas subdesenvolvidas. Talvez seja. Ou talvez não seja: talvez a preferência pela garrafa seja mais uma confirmação de que o colectivismo do sul não pega no norte burguês e individualista.
Assim vai o mundo...
domingo, julho 27, 2008
O mundo dos livros...
Assim vai o mundo...
O mundo da música..
Assim vai o mundo...
sábado, julho 26, 2008
O mundo da música...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, julho 25, 2008
O mundo do fado...
"Sou a Fernanda Baptista e gosto muito de revista!" Com este grito de guerra, Fernanda Baptista marcou o seu regresso a primeira figura no programa televisivo de Filipe La Féria Grande Noite, e deixou bem claro que o seu primeiro e único amor foi o teatro de revista.Fernanda Baptista nasceu em 1920. Já com dez anos o seu amor pelo teatro era bem visível: a jovem Fernanda adorava mascarar-se e entrara já em peças infantis. Foi como fadista que se revelou publicamente, no Café Luso, pela mão de Filipe Pinto, no início dos anos quarenta, abandonando a sua carreira de modista.A sua estreia profissional ocorreu em 1945, na sequência de um convite do maestro João Nobre para participar na revista Banhos de Sol, substituindo Leónia Mendes. Foi apenas a primeira de mais de trinta revistas em que participou até 1965, altura em que se afastou voluntariamente do teatro.Actuou também no Brasil, em Angola e na Argentina e, em 1968, viajou até aos Estados Unidos. Entre os seus maiores êxitos contam-se o Fado da Carta, do maestro João Nobre e Amadeu do Vale. (tirado daqui)
Assim vai o mundo...
O mundo da TV...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, julho 23, 2008
O mundo da literatura...
Margarida diz que desde o AVC que a atingiu no ano passado, se tornou uma pessoa diferente a escritora mais madura. Compreendo bem isso. O meu susto do pneumotorax serviu para eu ter essa epifania aos 21 anos. Serviu para eu entender que não vale a pensa preocupar-nos muito com a vida, sob a pena de não a vivermos. Acredito que ela esteja diferente, mas ainda subsistem muitos fantasmas. É a própria que reconhece ter uma certa obcessão com a morte. Ela tem de ultrapassar isso. E a sua escrita também.
Há uma coisa que tenho de apontar a Margarida enquanto pessoa. Carlos Vaz Marques é um jornalista competente, um exímio entrevistador e foi-me dito uma pessoa muito acessível. A ameaça de acabar com a entrevista (desligou o gravador) e a acusação de que ele estaria a conduzir mal a entrevista é uma atitude infantil e mimada. A pessoa Margarida tem de aceitar que a escritora Margarida é algo repetitiva e não pode amuar porque o entrevistador a questiona sobre esse facto. Foi uma atitude errada mas toda a gente tem direito a errar. Um dia lerei um livro dela. Para tirar teimas.
Ah, gostei das várias citações ao longo da entrevista, mas uma ficou-me: "Só conseguimos arrumar com o passado quando o pomos em livros", disse Carmem Posadas.
Assim vai o mundo...
O mundo da TV...
Assim vai o mundo...
O mundo da política...
Assim vai o mundo...
terça-feira, julho 22, 2008
O mundo da TV...
Assim vai o mundo...
O mundo português...
Com Alice Cruz
Com Herman José
Com Adelino Gomes
Com Isabel Barreno
Assim vai o mundo...
O mundo das revistas...
Engraçada a ideia da LER de pôr pessoas várias a fazer listas de livros. Nesta edição de Julho cabe ao professor Nuno Crato, à investigadora Helena Matos e ao músico Zé Pedro. Diversificado...
LER III
O meu compay Jorge tem uma crónica na LER chamada O Bem e o Mal. Este mês sobre as feiras, dos livros e das outras. Apresenta argumentos dos dois lados mas eu sei que ele é uma pessoa de Bem.
Assim vai o mundo...
segunda-feira, julho 21, 2008
O mundo das revistas...
Magnífica a primeira parte do editorial de Francisco José Viegas na renascida LER. Só a descrição que ele faz de como deve ser uma feira de livros encaixa na minha cabeça. Os livros em saldo, as velhas e valiosas edições, a angústia de não poder comprar tudo. Ele, tal como eu, não tem medo de se misturar com as massas. Porque a literatura é importante para as elites, mas é linda é para o povo.
Assim vai o mundo...
sexta-feira, julho 18, 2008
quinta-feira, julho 17, 2008
O mundo das letras amigas...
O mundo das letras...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, julho 16, 2008
O mundo da música...
Assim vai o mundo...
O mundo dos jornais...
Dentes
Os dois foram colegas na escola. Amigos inseparáveis. Mas separaram-se. E um dia reencontram-se. Um bem vestido, com sinais ostensivos de riqueza. O outro mal. Mal vestido, mal cuidado, mal tudo. Abraçam-se. Que coisa! Há quanto tempo! Tratam-se pelos apelidos de antigamente. Joca e Bolão.
- Você deu-se bem, hem, Bolão? Olhe só...
- É. O meu pai fez fortuna, eu fiquei independente. Estou bem, sim. E você, Joca. O que aconteceu com você?
- Pois é... A vida...
- Não. Não me venha com essa de vida, de culpa da sociedade. Somos indivíduos, e cada indivíduo é responsável pelo seu destino.
- Então você é responsável pelo seu pai ter enriquecido e eu pelo meu ter morrido e nos deixado na pior e...
- Seus dentes, por exemplo.
- O quê?
- Não vai me dizer que seus dentes ficaram desse jeito por culpa da sociedade. Você e eu começámos com os mesmos dentes, mas eu cuidei dos meus.
- Porque você tinha dinheiro!
- Não, não. Porque eu dei prioridade à higiene bucal e você, obviamente, não.
- Olha aqui, Bolão...
Bolão levanta o livro que tem na mão.
- Sabe quem escreveu este livro, Joca? Eu. Como vivo de rendas e tenho muito tempo livre, escrevo. E eu mesmo publico. Estes são ensaios sobre os filósofos do século XVII. Onde sustento, por exemplo, que o pensamento cartesiano só se tornou possível porque Descartes escrevia em francês em vez de latim escolástico. A filosofia moderna é uma decorrência da linguagem. Descartes desenvolveu um sistema de argumentação abstracta porque saiu do latim para o francês, enquanto Bacon, por exemplo, não conseguiu fazer o mesmo com o inglês. Entende?
- Não!
- Claro que não. Bacon e Descartes educaram-se com o mesmo latim, como você e eu estivemos nos mesmos bancos escolares e aprendemos com os mesmos professores, mas depois cada um cresceu na sua própria língua. Isto é, na sua própria cultura, no seu próprio universo de referências, na sua própria sintaxe.
- Mas se os dois fossem franceses, desenvolveriam o mesmo sistema de pensamento, já que eram iguais.
- Mas os dois não eram franceses, meu caro. Portanto, não eram iguais. Um era francês e o outro era inglês. De nascimento. Não foi a sociedade que fez um francês e o outro inglês. Foi a fatalidade genética.
- Mas você e eu falamos a mesma língua.
- O português que nós dois aprendemos juntos equivale ao latim com que Descartes e Bacon aprenderam a pensar na escola. Mas Descartes estava destinado a falar francês, a língua do discernimento, e Bacon condenado ao rude inglês. Eu estava destinado a transcender o meu latim para a linguagem do saber e do empreendimento intelectual, você estava destinado a transcender o seu latim para a linguagem do ressentimento e da perplexidade, a linguagem do nada. Falámos a mesma língua na escola, depois desaparecemos dentro de nossas respectivas classes e culturas, como barcos se afastando no nevoeiro.
- Mas você acabou de dizer que cada indivíduo é responsável pelo seu destino...
- Responsável pelo que faz nos limites da sua predestinação. E, se me recordo bem, estávamos falando de dentes. Os meus são perfeitos, os seus estão podres. E isso não tem nada a ver com dinheiro, sorte ou dinâmica social, Joca. Cada indivíduo é responsável, ao menos, pelo estado dos seus dentes.
- E pelo estado dos dentes dos outros.
- Como assim?
- Eu não estou predestinado a quebrar seus dentes com um soco. Mas posso decidir quebrá-los. Como indivíduo, estarei decidindo o meu destino. Ou, no caso, o destino dos seus dentes.
- Joca, espera um pouquinho. Vamos conversar!
- Você esqueceu? Nós não falamos a mesma língua. Nenhum entendimento é possível entre nós dois.
- Espera, Joca!
Assim vai o mundo...
terça-feira, julho 15, 2008
O mundo do humor...
2 - Mude-a para científica (menu View ou Ver);
3 - Digite o número 185266394;
4 - Prima F5. QUE TAL?????????
POR ESTA O BILL GATES NÃO ESPERAVA...!?!
Assim vai o mundo...
O mundo da música...
Xana e Flak, a vocalista e o guitarrista dos Rádio Macau, desentenderam-se em palco e agrediram-se um ao outro.
O acidentado concerto, que teve lugar em Vila Nova da Barquinha, ficou marcado pelo momento em que Xana modificou a letra do tema 'Anzol', para protestar pelo facto de Flak ter aceite que este fizesse parte de um anúncio a uma instituição bancária. Depois da vocalista dizer a frase «não mordam o anzol às petrolíferas», Flak rasteirou-a, levando a que Xana caísse perante a risada do público. A intérprete levantou-se de seguida e respondeu com uma estalada, saindo imediatamente de palco.
«Teve a ver com a autorização dada a uma instituição bancária. Por princípio, eu sou contra isso», disse Xana ao Correio da Manhã, indicando que o desentendimento está resolvido, «ele já me pediu desculpa e eu reconheço que deveria ter feito o concerto de forma profissional e já pedi também desculpa». (via Rádio Comercial)
Assim vai o mundo...
segunda-feira, julho 14, 2008
O mundo do humor...
As imagens são surreais. Durante a 2ª parte de um jogo de futebol transmitido quarta-feira pela televisão russa, o árbitro internacional bielorusso Sergei Shmolik aparece curvado e com dificuldade em andar, tendo acabado por abandonar o estádio Vitebsk com o auxílio dos seus colegas.
Parecia tratar-se de algum problema nas costas, mas os testes que realizou posteriormente no hospital mostraram que afinal se encontrava embriagado. E muito: a taxa de alcoolemia diagnosticada foi de 2,6 gramas por litro, ou seja, mais de cinco vezes superior à taxa máxima de circulação automóvel no país, idêntica à de Portugal.
O espectáculo causou o gáudio da multidão que assistia ao jogo, do campeonato bielorusso, entre Vitebsk e Naftan, que terminou empatado 1-1. Um dos auxiliares de Shmolik confessou que o árbitro que usa insígnias da FIFA trasandava a álcool. Numa posterior deslocação ao hotel onde pernoitara, foram descobertas várias garrafas vazias de vodka.
Os treinadores das duas equipas intervenientes no jogo, Naftan (6º classificado) e Vitebsk (3º), foram unânimes nas críticas: "Este é o escândalo mais absurdo que já vimos e uma vergonha para o nosso futebol".
A Federação de Futebol da Bielorrúsia já decidiu suspender o árbitro até ao final da presente época. (Expresso)
Assim vai o mundo...
domingo, julho 13, 2008
O mundo de Portugal..
Assim vai o mundo...
sexta-feira, julho 11, 2008
O mundo do humor...
quinta-feira, julho 10, 2008
O mundo dos jornais...
Eduardo Lourenço
Todos somos heterónimos do tempo: aqueles que ele cria e destrói para nisso, e em nós, se multiplicar. Eduardo Lourenço soube-o sempre muito bem. Com 85 anos feitos há pouco, como se acabasse um ensaio e começasse outro, continua a mostrar-nos que a ave de Minerva levanta voo ao entardecer. Talvez por isso a sua escrita seja hoje mais próxima de uma lentidão aérea do que da agilidade terrestre do passado. Mas a demanda é a mesma: a das perguntas que vão ao nosso lado, não nos dando exterior. Toda a obra deste exilado do seu exílio (por isso vem tanto a Portugal!) tem sido, desde o princípio em que os olhos se abriram para o mundo, uma despedida da luz. Ele percebeu, nesses anos fatídicos, que, ao contrário de Goethe que pedia "mais luz", era imperioso pedir "menos luz", porque a que havia, de tão crua, despótica e insolente, cegava, assim na prisão o torcionário cega a vítima para a obrigar a dizer o que ele quer. A contra-luz que Lourenço reclamou era a que permitia responder sem a coacção da ortodoxia. Essa luz do avesso pode ser sombra, mas pode ser também uma luz outra, a que vai de nós para o mundo. É esse o centro da sua poética.
Ao longo dos anos, o autor de Fernando Rei da Nossa Baviera tem feito uma viagem órfica pelos caminhos que conduzem ao "nada que é tudo", de que um dia falou Pessoa, quando falava do mito. Raramente se encontra alguém com tantos instrumentos para a viagem incessante: mapas e tábuas, compassos e sextantes, binóculos e bússolas, astrolábios e radares. Essa viagem obtém soberania da sua errância, assim os reis em Shakespeare acendem a noite incerta com a sua loucura. À velocidade do crepúsculo que desce, Lourenço leva sobre os seus ombros leves o peso da história, da arte, da literatura, da filosofia, da música. Os seus livros, que são melancólicos diários de bordo da "grande viagem" que só por antecipação os pode ter, estão cheios de adivinhas respondidas com outras adivinhas.
No que de nós, portugueses, se trata, este Dédalo do Labirinto da Saudade, do qual somos os Ícaros inconstantes, foi, com uma paciência devoradora, construindo uma ratoeira de palavras para apanhar aquilo em que Portugal se diz Portugal. A sua "psicanálise mítica do destino português" constitui, afinal, a sua mais firme vingança. Atravessando o estreito desfiladeiro que tem, de um lado, a velha paralisia e, do outro, a nova fuga, chegou ao lugar de onde o labirinto se vê de cima.
Além da admiração, algumas vezes discordante, tenho por Eduardo Lourenço uma estima que o tempo permite dizer nas palavras da amizade. Se lê-lo é pensar com ele, encontrá-lo é sempre um puro prazer. Na sua conversa, há gravidade e graça, cidade e província, mundo e narrativa, texto e comentário, interior e exterior. E há uma malícia que se ri da sua pontaria fulminante. De tantas e tão grandes virtudes intelectuais que possui, há uma que é o princípio de todas as outras - a atenção subtil. Raros são os homens com uma atenção assim: tão distraída, tão fina e tão intensa. Distraída do quotidiano e das suas utilidades. Atenta ao coração do mundo.
Um dia, numa viagem sem esquecimento que fizemos à China e a Macau, ele foi, minuto a minuto, o cronista do que atravessava os nossos sentidos: os sons ocos, as cores altivas, os cheiros sujos, os sabores doces, os tecidos brandos. Comentava os deuses e os seus desdéns, os homens e os seus erros, o amor e os seus ardis, a arte e as suas superstições, a sorte e as suas falhas, a vida e os seus acasos. Falava da China que foi sempre o nosso grande Outro. E, pelo meio, falava da Roma antiga e da América moderna. Tudo dito com uma astúcia que nascia das palavras.
Neste aniversário recente, Eduardo Lourenço voltou à aldeia distante (de tudo e agora também dela própria) onde nasceu. Aí, levantou os olhos para as cruzes que se erguem no céu dos pássaros. Depois, baixou-os e encontrou a sua sombra longa na terra seca.
José Manuel dos Santos
Assim vai o mundo...
quarta-feira, julho 09, 2008
O mundo da música...
...é um jeito de pegar, de encarar...de disfrutar!
A máquina arranca cedo da estação e demora-se o tempo e o que for preciso pela procura do trilho certo, da razão ideal, do porquê da viagem...nunca bastará chegar.
Aos murmúrios, não só os que escutamos, mas aqueles que adivinhamos para lá da multidão, damos-lhes formas diversas e roupas novas para que se sintam em si ou de uma outra forma qualquer...enfim nus, nunca bastará ir.
Depois temos a densa malha de agitação que nos vai na alma e que alimenta a dita máquina, claro, mas isso foi sempre outra história...
Juntam-se neste espectáculo 5 músicos com formação e experiência muito distintas, do fado ao jazz, procurando encontrar o fio condutor entre estes e outros estilos. Apresentando-se de forma informal e despretensiosa, diluem-se os formalismos característicos dos diferentes géneros e abre-se a porta a uma fusão, desprendida, da linguagem musical. No repertório encontram-se versões de temas já bem conhecidos do público português com arranjos dentro da sonoridade acima descrita.
• Voz - Pedro Matos
• Guitarra Portuguesa - Miguel Silva
• Guitarra - Paulo Gonçalves
• Contrabaixo - Pedro Silva
• Percussão - Paulo Coelho
www.fadoemsibemol.com
www.myspace.com/fadoemsibemol
fadoemsibemol@gmail.com
Assim vai o mundo...
O mundo dos jornais...
Assim vai o mundo...
terça-feira, julho 08, 2008
O mundo do cinema...
Assim vai o mundo...
O mundo da música...
Duffy
Mercy
I love you
But I gotta stay true
My morals got me on my knees
I'm begging please stop playing games
I don't know what this is
Cos you got me good
Just like you knew you would
I don't know what you do
But you do it well
I'm under your spell
[Chorus:]
You got me begging you for mercy
Why wont you release me
You got me begging you for mercy
Why wont you release me
I said release me
Now you think that I
Will be something on the side
But you got to understand
That I need a man
Who can take my hand yes I do
I don't know what this is
But you got me good
Just like you knew you would
I don't know what you do
But you do it well
I'm under your spell
You got me begging you for mercy
Why wont you release me
You got me begging you for mercy
Why wont you release me
I said you'd better release yeah yeah yeah
I'm begging you for mercy
Yes why wont you realse me
I'm begging you for mercy
You got me begging
You got me begging
You got me begging
Mercy, why wont you realise me
I'm begging you for mercy
Why wont you release me
You got me begging you for mercy
I'm begging you for mercy
I'm begging you for mercy
I'm begging you for mercy
I'm begging you for mercy
Why wont you release me yeah yeah
Break it down
Assim vai o mundo...
segunda-feira, julho 07, 2008
O mundo do youtube..
Assim vai o mundo...
O mundo da música...
Assim vai o mundo...
O mundo do Homem...
O lobo do homem
Entre a civilização e a barbárie vai um passo, todos sabemos. Mas uma coisa é sabê-lo pelo que diz a História, ou porque Hobbes nos ensinou, outra coisa é ver com os próprios olhos, ainda que pela televisão, o homem como lobo do homem. Quando o Estado se demite ou se revela incompetente - sucedeu agora na África do Sul, mas pode suceder em qualquer lugar - a natureza humana logo revela o pior de si. A caça ao imigrante moçambicano e zimbabweano, morto a eito, à paulada, com catana ou pelo fogo, aí está como explosão brutal e perturbadora do ódio ao outro, incontrolável. Enquanto espécie, parece que pouco avançámos, afinal.
Fernando Madrinha
Assim vai o mundo...
O mundo actual...
Assim vai o mundo...
domingo, julho 06, 2008
O mundo dos filmes...
Nos dias na casa nova, sem net ou tv por cabo, foram muitos os filmes que vi. Vou falar de alguns:
- John Q - o sistema de serviço de saúde norte-americano é aqui escalpelizado. A falta de cobertura às classes desfavorecidos obriga um pai, Denzel Washington numa interpretação fantástica, a sequestrar um hospital.
- Gone Baby Gone - um filme que teve a apresentação adiada por causa do desaparecimento de Maddie. Aqui também temos uma menina loira desaparecida, com indícios de negligências parental e com uma cobertura exaustiva pelos media. Casey Affleck tem um bom desempenho, numa história com um final inesperado e um dilema moral.
- In the valley of Elah - já aqui há uns tempos falei do No country for old men (e da interpretação de Tommy Lee Jones), pois bem, este filme é para mim muito melhor. Um retrato cru e verdadeiro do regresso dos soldados americanos do Iraque. As paranóias e inadaptação à vida sem guerra deixam os soldados e respectivas famílias num estranho caos.
- Compromisso de Honra - um bom enredo com as extraordinárias interpretações de Gene Hackman e Morgan Freeman. Ah, e a sempre bela Monica Belluci.
- 88 Minutos - um filme com Al Pacino é sempre atractivo, mas este até consegue ter um enredo engraçado.
- O Aviador - a biografia de uma personagem como Howard Hughes é um trabalho enorme, mas Leonardo di Caprio fez um belo trabalho. Um actor que tem melhorado e muito de filme para filme. Martin Scorcese tem um trabalho competente como sempre.
- Terapia do Amor - uma história de amor em que os protagonistas tem 14 anos de diferença. Ah, e a mãe dele é a psiquiatra dela. Uma Thurman mostra que ainda é uma mulher sexy.
- Tropa de Elite - numa das cidades mais violentas do mundo, Rio de Janeiro, uma das mais ferozes tropas de elite do mundo, os BOPE, é quem trava uma luta mortal com os donos das favelas. A violência da vida real é capaz de nos chocar muito mais que a ficcional...
Assim vai o mundo...
O mundo da TV...
Assim vai o mundo...
O mundo do humor...
Assim vai o mundo...
sábado, julho 05, 2008
O mundo do MEO...
Assim vai o mundo...
O mundo da música...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, julho 04, 2008
O mundo da música...
Assim vai o mundo...
O mundo do gosto...
Assim vai o mundo...
O mundo do humor...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, julho 03, 2008
O Mundo está de volta...
Assim regressa o mundo...