sexta-feira, abril 29, 2005

Poesia

Soneto

Floriram por engano as rosas bravas
No Inverno: veio o vento desfolhá-las...
Em que cismas, meu bem? Porque me calas
As vozes com que há pouco me enganavas?

Castelos doidos! Tão cedo caístes!...
Onde vamos, alheio o pensamento,
De mãos dadas? Teus olhos, que um momento
Prescrutaram nos meus, como vão tristes!

E sobre nós cai nupcial a neve,
Surda, em triunfo, pétalas, de leve
Juncando o chão, na acrópole de gelos...

Em redor do teu vulto é como um véu!
Quem as esparze - quanta flor! - do céu,
Sobre nós dois, sobre nossos cabelos?

Camilo Pessanha

1 comentário:

Anónimo disse...

Ah! A Primavera!!
Querido Chico, ho datto un'occhiata veloce allo tuo blog mentre mi preparo per uscire dall'ufficio - scusami se non gli dedico il tempo, luogo, vibrazioni d'anima favorevoli...cioé, dovevo leggere il "tuo mondo"lontano da questo pezzettino del mio vero mondo che si chiama "lavoro".
Mi fa piacere essere li dentro dei tuoi pensieri anche se solo con gli occhi che leggono...
Un bacio senza tempo ne spazio.