Estou numa fase que o queria mesmo era ouvir boa música como esta e descansar...
Redemption Song
Bob Marley
sexta-feira, junho 29, 2007
Homem Novo
Socialmente Diversificado
(escrito em Agosto 2005)
Após a leitura dos primeiros posts, pode ficar a ideia que o Homem Novo terá que ser alguém de uma classe média-alta, com algum bem-estar económico. Tal não é verdadeiro.
O Homem Novo é um conceito que atravessa a escala social e que encontra pessoas em todos os quadrantes sociais. Não é o facto de se pertencer a um maior número de organizações humanitárias (com custos inerentes) ou assistir a um maior número de eventos culturais que define o Homem Novo. Trata-se sim de uma predisposição para integrar um grupo que o faz cumprir tais requisitos. A vontade de ajudar o próximo ou de adquirir cultura não é um fim, mas sim um processo contínuo. Aquele que partilha uma grande quantidade de dinheiro ou um simples cobertor antigo será sempre considerado da mesma forma. Este equalitarismo conduzirá a uma sociedade mais solidária e justa independentemente de aspectos económicos individuais.
Um Homem Novo para um Mundo Novo...
(escrito em Agosto 2005)
Após a leitura dos primeiros posts, pode ficar a ideia que o Homem Novo terá que ser alguém de uma classe média-alta, com algum bem-estar económico. Tal não é verdadeiro.
O Homem Novo é um conceito que atravessa a escala social e que encontra pessoas em todos os quadrantes sociais. Não é o facto de se pertencer a um maior número de organizações humanitárias (com custos inerentes) ou assistir a um maior número de eventos culturais que define o Homem Novo. Trata-se sim de uma predisposição para integrar um grupo que o faz cumprir tais requisitos. A vontade de ajudar o próximo ou de adquirir cultura não é um fim, mas sim um processo contínuo. Aquele que partilha uma grande quantidade de dinheiro ou um simples cobertor antigo será sempre considerado da mesma forma. Este equalitarismo conduzirá a uma sociedade mais solidária e justa independentemente de aspectos económicos individuais.
Um Homem Novo para um Mundo Novo...
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socialmente diversificado
O mundo dos famosos..
Em tempos disse que não concordava com o Brad Pitt. Ou seja, que a Angelina Jolie seria uma bela mulher para uma aventura, mas que a Jennifer Anniston seria uma mulher para ter ao lado. Pois bem, a postura da Angelina tem-se alterado e a minha opinião também. De menina rebelde a mãe dedicada, esta bela mulher tem, se não estabilizado, procurado ter uma vida com um significado maior. Muito se especulou aquando da primeira adopção. Se não seria uma manobra publicitária. Pois bem, a verdade é que já são três crianças adoptadas. Terá mesmo que haver uma intenção nobre, senão teria parado no primeiro. A vida que ela, e agora Brad, levam torna-se mais rica com estas crianças. São orfãos que ganham uma nova família... Oxalá toda a a gente com condições fizesse isso! Angelina pode ter perdido alguma da sua rebeldia sexy, mas ganhou uma beleza mais madura...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, junho 28, 2007
O mundo da cultura...
No Largo Senhora-a-Branca, em Braga, existe um espaço chamado "Velha-a-Branca" que merece uma visita. Vejam mais informações aqui...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo...
É inacreditável como a vida humana é tão frágil e relativa:
Um estudante do curso de Direito da Universidade Internacional (UI) da Figueira da Foz morreu devido a uma infecção sanguínea fulminante provocada pela leptospira, uma bactéria transmitida pela urina dos ratos.
O jovem terá contactado com uma lata contaminada, segundo a edição do Correio da Manhã desta quarta-feira.
O incidente ocorreu na noite da Festa de Santo António, no dia 13, na Figueira da Foz, onde esteve com um grupo de amigos. Luís Daniel Maneca Nabais, de 34 anos, era natural da Guarda e um dos principais dinamizadores da Imperial Neptuna Académica.
Chegou debilitado ao Hospital da Figueira da Foz e devido ao seu estado grave foi transportado para o Hospital dos Covões, em Coimbra, onde ficou internado nos cuidados intensivos. Não resistiu à infecção e faleceu na madrugada do dia 17.
«Peste-negra continua a matar»
«A infecção generalizou-se no organismo muito rapidamente. Os médicos disseram-nos que tudo aponta para que tenha sido provocada pela urina de ratos», explicou Octávio Santos Nabais, pai do estudante que ficou incrédulo quando descobriu que a «peste-negra continua a matar».
Os pais afirmaram desconhecer por completo o local onde o filho se encontrava quando foi infectado. Luís Nabais frequentava a UI há 12 anos, tempo durante o qual cancelou algumas matriculas, para trabalhar no ramo de informática. «Mas nunca nos deixou ficar mal», conta o mãe, Regina Nabais.
De acordo com os pais, Nabais era «saudável» e tinha «bons hábitos» e o presidente da Associação de Estudantes da UI lembra que Nabais era muito conhecido e dinamizador do «meio académico».
Os pais de Luís dispensaram a autópsia ao filho querendo só confirmar, através de exames a amostras retiradas quando estava hospitalizado, a causa da sua morte. Segundo informações prestadas pelos médicos à família, os exames vão demorar dois meses. in Portugal Diário)
Assim é o mundo...
Um estudante do curso de Direito da Universidade Internacional (UI) da Figueira da Foz morreu devido a uma infecção sanguínea fulminante provocada pela leptospira, uma bactéria transmitida pela urina dos ratos.
O jovem terá contactado com uma lata contaminada, segundo a edição do Correio da Manhã desta quarta-feira.
O incidente ocorreu na noite da Festa de Santo António, no dia 13, na Figueira da Foz, onde esteve com um grupo de amigos. Luís Daniel Maneca Nabais, de 34 anos, era natural da Guarda e um dos principais dinamizadores da Imperial Neptuna Académica.
Chegou debilitado ao Hospital da Figueira da Foz e devido ao seu estado grave foi transportado para o Hospital dos Covões, em Coimbra, onde ficou internado nos cuidados intensivos. Não resistiu à infecção e faleceu na madrugada do dia 17.
«Peste-negra continua a matar»
«A infecção generalizou-se no organismo muito rapidamente. Os médicos disseram-nos que tudo aponta para que tenha sido provocada pela urina de ratos», explicou Octávio Santos Nabais, pai do estudante que ficou incrédulo quando descobriu que a «peste-negra continua a matar».
Os pais afirmaram desconhecer por completo o local onde o filho se encontrava quando foi infectado. Luís Nabais frequentava a UI há 12 anos, tempo durante o qual cancelou algumas matriculas, para trabalhar no ramo de informática. «Mas nunca nos deixou ficar mal», conta o mãe, Regina Nabais.
De acordo com os pais, Nabais era «saudável» e tinha «bons hábitos» e o presidente da Associação de Estudantes da UI lembra que Nabais era muito conhecido e dinamizador do «meio académico».
Os pais de Luís dispensaram a autópsia ao filho querendo só confirmar, através de exames a amostras retiradas quando estava hospitalizado, a causa da sua morte. Segundo informações prestadas pelos médicos à família, os exames vão demorar dois meses. in Portugal Diário)
Assim é o mundo...
quarta-feira, junho 27, 2007
O mundo da política...
terça-feira, junho 26, 2007
O mundo do Porto...
Ontem o programa Prós e Contras teve como tema o Porto. Ora bem, fui aprendendo a gostar de Lisboa (dois tempos que lá passei) mas o Porto é uma cidade que me está intrinseca. Se só há seis meses vim para aqui viver, desde sempre o meu fascinio por esta cidade me faz senti-la de forma profunda. Talvez que se explique por este ser o meu país e a minha simpatia pelas segundas cidades (Barcelona, Milão, etc.). Muito foi dito pelas personagens portuenses mas poucas coisas ficaram. Confundiu-se um pouco os problemas do Porto com os do Norte. É que os problemas do Porto tem dois culpados: a centralidade de Lisboa e a falta de união do Porto. Os problemas do Norte são culpa de Lisboa e Porto, mas não dos próprios. Concordo com o Carlos Magno quando diz que o Porto se destaca quando afirma a sua individualidade...
Não achei feliz a comparação com a Galiza. A Galiza cresceu muito porque aproveitou duas coisas: o facto de ser uma região autonómica e o dinheiro europeu. No entanto, e relembro que durante os dois últimos anos tive contacto com pessoas da Mancomunidad de Vigo, existem problemas graves por lá. Não nos esqueçamos que na Galiza, Vigo é a capital económica, Corunha é capital habitacional e Santiago de Compostela a capital política. Se estivessemos a falar da região do Porto tinhamos de juntar Gaia, Feira, S. João da Madeira, Maia, Matosinhos, etc. Temos tendência a pensar que os outros são sempre bons exemplos e nós não. O Porto podia estar melhor mas depende muito de si mesmo...
PS- Continuo a não gostar nadinha de Fátima Campos Ferreira como moderadora. Até posso admitir que se prepara para o debate, mas as suas achegas parecem de uma aluna que quer mostrar que estudou. E depois aquela sua mania de interromper as pessoas e falar por cima delas tem uma pitada de falta de educação...
Assim vai o Mundo..
Não achei feliz a comparação com a Galiza. A Galiza cresceu muito porque aproveitou duas coisas: o facto de ser uma região autonómica e o dinheiro europeu. No entanto, e relembro que durante os dois últimos anos tive contacto com pessoas da Mancomunidad de Vigo, existem problemas graves por lá. Não nos esqueçamos que na Galiza, Vigo é a capital económica, Corunha é capital habitacional e Santiago de Compostela a capital política. Se estivessemos a falar da região do Porto tinhamos de juntar Gaia, Feira, S. João da Madeira, Maia, Matosinhos, etc. Temos tendência a pensar que os outros são sempre bons exemplos e nós não. O Porto podia estar melhor mas depende muito de si mesmo...
PS- Continuo a não gostar nadinha de Fátima Campos Ferreira como moderadora. Até posso admitir que se prepara para o debate, mas as suas achegas parecem de uma aluna que quer mostrar que estudou. E depois aquela sua mania de interromper as pessoas e falar por cima delas tem uma pitada de falta de educação...
Assim vai o Mundo..
segunda-feira, junho 25, 2007
O mundo dos desafios..
Esta bela menina desafiou-me a apresentar 3 livros de referência e 3 livros em mãos. Pois bem, no que toca aos livros que me marcaram, escolho:
- A Insustentável Leveza do Ser (Milan Kundera) - porque encaixa perfeitamente na minha personalidade. Toda a ambivalência do mundo do amor e o mundo das "amizades eróticas" tem marcado os vários momentos da minha vida sentimental.
- Fio da Navalha (Somerset Maugham) - um livro que tem uma componente filosófica enorme. Foi ao lê-lo que questionei (tal como Larry, a personagem principal, o faz) muitos aspectos da vida. Religião, política, economia, amor... Todo o relativismo deste mundo em constante transformação.
- Rosas de Atacama (Luis Sepulveda) - o livro que me fez escritor. A escrita escorreita, descritiva, vivencial, real de mestre Sepúlveda fez soltar em mim todas as palavras que mantinha cá dentro. A ele devo a vontade de escrever...
No que toca aos livros que tenho em mãos, quebro um pouco as regras:
- Le Comte de Monte Cristo (Alexandre Dumas) - um dos meus livros favoritos (que poderia estar na lista de cima), lido na sua lingua original.
- Jonathan Strange & Mr Norrell (Suzanna Clarke) - este livro sobre a vida de dois mágicos londrinos está a ser extremamente complicado de ler por estar escrito num inglês cerrado do séc. XIX.
- O meu Moleskine - este é sempre o livro que tenho em mãos. É nele que escrevo os posts que publico, as listas de livros a comprar, os locais a visitar e as estórias que me surgem na cabeça. O livro da minha vida é escrito todos os dias, neste caderno de capa negra...
É suposto eu passar este desafio a 3 pessoas, mas sou sincero, gostava de conhecer os gostos de mais pessoas. Assim, pergunto-vos a todos os que leram este post: quais são os 3 livros de referência e os 3 livros que tem em mãos?
Assim vai o mundo...
Diário de um Homem Sentimental
Há quem tenha saudade do meu outro espaço e que tenha feito lobby para que ele reabra... E eu cedo... A partir deste momento o blog Diario de um Homem Sentimental está reaberto...
Peço desculpa pelo transtorno...:D
Peço desculpa pelo transtorno...:D
O Mundo das touradas...
Há quem goste de touradas! Eu não... Agora o que de facto não admito é que se invoque a tradição como razão para a sua existência. É que se assim fosse isto também ainda existiria...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
sábado, junho 23, 2007
O mundo das festas...
A minha cidade adoptiva tem hoje a sua noite de festa... Apareçam pelo Porto, no largo do Calém e quem me encontrar que me diga...:D
Assim vai o mundo (sanjoanino)...
Assim vai o mundo (sanjoanino)...
sexta-feira, junho 22, 2007
Diário de um Homem Sentimental
Vocês sabem o que é gostar de alguém? É Mais que isso...:)
Mais que isso
Ana Carolina
Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita
Eu não vou gostar de você porque você acredita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma coisa que até nem sei se precisa ser dita
Deixa de tolice, veja que eu estou aqui agora
inteiro, intenso, eterno, pronto pro momento e você cobra
Deixa de bobagem, é claro, certo e belo como eu quero
O corpo, a alma, a calma, o sonho, o gozo, a dor e agora pára
Será que é tão difícil aceitar o amor como é
E deixar que ele vá e nos leve pra todo lugar
Como aqui
Será melhor deixar essa nuvem passar
E você vai saber de onde vim, aonde vou
E que eu estou aqui
Mais que isso
Ana Carolina
Eu não vou gostar de você porque sua cara é bonita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma música que eu gostei e botei numa fita
Eu não vou gostar de você porque você acredita
O amor é mais que isso
O amor talvez seja uma coisa que até nem sei se precisa ser dita
Deixa de tolice, veja que eu estou aqui agora
inteiro, intenso, eterno, pronto pro momento e você cobra
Deixa de bobagem, é claro, certo e belo como eu quero
O corpo, a alma, a calma, o sonho, o gozo, a dor e agora pára
Será que é tão difícil aceitar o amor como é
E deixar que ele vá e nos leve pra todo lugar
Como aqui
Será melhor deixar essa nuvem passar
E você vai saber de onde vim, aonde vou
E que eu estou aqui
O Último dos Românticos
Agora que a estória Diana está terminada (ainda espero comentários), começarei um dia destes outra narrativa antiga...
O mundo da blogosfera...
quarta-feira, junho 20, 2007
O mundo dos desafios...
Nestes dias responderei a uns desafios que me propuseram, mas hoje apetece-me criar um...
Já muitas vezes critiquei aqui Portugal. Para que não se pense que só critico, decidi criar um exercício de promoção. Assim, desafio-vos a escolher uma música, uma imagem e uma palavra/frase que caracterizem o nosso país. Imaginem que com três elementos tinham de mostrar o nosso pais a quem nunca o viu. Como não gosto de só mandar fazer, a minha resposta é:
Música: Verdes Anos de Carlos Paredes
Imagem: Padrão dos Descobrimentos
Palavra ou expressão: Saudade do futuro
Assim vai o mundo...
Já muitas vezes critiquei aqui Portugal. Para que não se pense que só critico, decidi criar um exercício de promoção. Assim, desafio-vos a escolher uma música, uma imagem e uma palavra/frase que caracterizem o nosso país. Imaginem que com três elementos tinham de mostrar o nosso pais a quem nunca o viu. Como não gosto de só mandar fazer, a minha resposta é:
Música: Verdes Anos de Carlos Paredes
Imagem: Padrão dos Descobrimentos
Palavra ou expressão: Saudade do futuro
Assim vai o mundo...
terça-feira, junho 19, 2007
O mundo está de volta...
Estou de volta, mas devido ao adiantado da hora, não vou postar de mais... Amanhã de manhã é dia de consulta ao meu eterno problema e por isso noticias so à tarde... Ah, a viagem correu bem! Muito trabalho, mas paciência... Agora vou para casa descansar, ou seja, é hora de me por à estrada...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O Ultimo dos Romanticos
Diana (VI)
Não sei se passam segundos, minutos, horas. Levanto-me e vou até à janela. Olho lá para fora. Um dia cinzento, sem chuva mas com nuvens. Apenas um dia como outro qualquer.
FIM
domingo, junho 17, 2007
O Mundo...
É Domingo e estou no emprego a preparar trabalho para a semana... Estarei pelas Caldas da Rainha amanhã e terça, por isso só voltarei aqui na quarta... Aproveitarei para escrever no Moleskine e responder a alguns desafios que me foram propostos por bloggers e por outros amigos..
Pois bem, não poderia deixar de vos presentear com uma música que não me canso de ouvir... Ansiando por férias e dedicando a uma amiga que está "down under", aqui fica os Men at Work com Land Down Under...
Assim vos deixa o Mundo...
Pois bem, não poderia deixar de vos presentear com uma música que não me canso de ouvir... Ansiando por férias e dedicando a uma amiga que está "down under", aqui fica os Men at Work com Land Down Under...
Assim vos deixa o Mundo...
O Último dos Românticos
Diana (V)
III
Ouço a campainha tocar. São seis da tarde. Levanto-me da cama.
- Abre-me a porta! - a voz dela é firme.
Carrego no interruptor e abro a porta de entrada. Volto para o quarto. Acendo um cigarro. Ouço-a entrar, batendo a porta.
- Quem é que pensas que és? Primeiro, está tudo bem. Depois, aparece uma rapariga qualquer a falar do irmão e dos pais. A seguir desapareces. Tento ligar-te, falar contigo e tu, nada. Agora chego aqui e vejo-te nesse estado deplorável. Ah, e pensei que tinhas deixado de fumar! - a ironia da última frase passa-me ao lado.
Apesar de ser a pior altura de todas, decido contar-lhe tudo. Mais para contar a alguém do que com a esperança de reatar a relação.
- Aquela que tu viste, - as palavras saem-me frias, sem emoção - chama-se Joana, e é irmã do meu melhor amigo. Quando me conheceste, disseste que eu era sombrio, pois bem, um mês antes ele tinha morrido. - acho que ainda não tinha dito isto a ninguém.
- Mas, o que é que aconteceu?
Ela quer saber tudo. Tenho de contar.
- Nós os dois tínhamos ido sair, e bebemos uns copos. Estava a chover bastante. Ele disse que conduzia, mas estava em pior estado que eu. O carro derrapou e embatemos contra uma árvore. Eu perdi os sentidos e quando acordei vi-o morto a meu lado. Ainda tinha os olhos abertos. Esses olhos aparecem-me todas as noites em pesadelos. - tremo, ao viver tudo de novo.
- Eu compreendo que te sintas em baixo, mas tens de continuar. Não me digas que achas que foi culpa tua? - a pergunta sai de surpresa.
- Mas é culpa minha! Eu sei que ele conduzia melhor que eu, mas nunca devia ter deixado que ele conduzisse. Nós fizemos isso vezes sem conta, eu devia ter previsto. Eu devia ter imaginado… A Joana tem razão! - enterro a cabeça nas mãos.
- Tem razão, o tanas! É verdade que foi uma inconsciência, mas se estavam os dois bêbados, só podiam era não ter pegado no carro. Não interessa quem ia a conduzir. - a lógica dela não é a minha.
- Não! Eu devia ter insistido, eu devia tê-lo mandado parar. A culpa foi minha! - as palavras da Joana, o olhar dela, a imagem dos pais dele no funeral, nada me sai da cabeça.
- Só podes estar a brincar! A culpa é tua?! Essa explicação não tem pés nem cabeça. Sé sentes culpa porque ele morreu e tu sobreviveste. E isso não tem lógica. É claro que foi mau ele ter morrido, mas tu não podes viver assim o resto da tua vida. Ele não ia querer isso, eu não quero isso. Não consigo viver com alguém que não quer viver. Disse-te que me apaixonei por ti porque adoras a vida. Não vou agora dizer que deves viver agarrado à morte. Tens de escolher se queres viver comigo ou agarrado ao fantasma dele. - sempre firme, sempre decidida.
Para ela não pode haver meias medidas, ou sim ou não, ou preto ou branco. Eu também era assim, directo, sem hesitações. Mas aquilo mudou tudo.
- A culpa foi minha! Não entendes? Ele era inteligente, divertido, cheio de vida, toda a gente gostava dele. Era eu que devia ter morrido… - não sei se sinto mesmo o que digo ou se a quero mandar embora.
- Tenho pena que sintas isso. Sabes porquê? Porque quer dizer que no acidente não morreu apenas o teu melhor amigo. Morreram os dois!
Estou de costas para ela e as palavras ecoam nos meus ouvidos. Pressinto-a a ir embora e ouço a porta a bater com estrondo.
Ouço a campainha tocar. São seis da tarde. Levanto-me da cama.
- Abre-me a porta! - a voz dela é firme.
Carrego no interruptor e abro a porta de entrada. Volto para o quarto. Acendo um cigarro. Ouço-a entrar, batendo a porta.
- Quem é que pensas que és? Primeiro, está tudo bem. Depois, aparece uma rapariga qualquer a falar do irmão e dos pais. A seguir desapareces. Tento ligar-te, falar contigo e tu, nada. Agora chego aqui e vejo-te nesse estado deplorável. Ah, e pensei que tinhas deixado de fumar! - a ironia da última frase passa-me ao lado.
Apesar de ser a pior altura de todas, decido contar-lhe tudo. Mais para contar a alguém do que com a esperança de reatar a relação.
- Aquela que tu viste, - as palavras saem-me frias, sem emoção - chama-se Joana, e é irmã do meu melhor amigo. Quando me conheceste, disseste que eu era sombrio, pois bem, um mês antes ele tinha morrido. - acho que ainda não tinha dito isto a ninguém.
- Mas, o que é que aconteceu?
Ela quer saber tudo. Tenho de contar.
- Nós os dois tínhamos ido sair, e bebemos uns copos. Estava a chover bastante. Ele disse que conduzia, mas estava em pior estado que eu. O carro derrapou e embatemos contra uma árvore. Eu perdi os sentidos e quando acordei vi-o morto a meu lado. Ainda tinha os olhos abertos. Esses olhos aparecem-me todas as noites em pesadelos. - tremo, ao viver tudo de novo.
- Eu compreendo que te sintas em baixo, mas tens de continuar. Não me digas que achas que foi culpa tua? - a pergunta sai de surpresa.
- Mas é culpa minha! Eu sei que ele conduzia melhor que eu, mas nunca devia ter deixado que ele conduzisse. Nós fizemos isso vezes sem conta, eu devia ter previsto. Eu devia ter imaginado… A Joana tem razão! - enterro a cabeça nas mãos.
- Tem razão, o tanas! É verdade que foi uma inconsciência, mas se estavam os dois bêbados, só podiam era não ter pegado no carro. Não interessa quem ia a conduzir. - a lógica dela não é a minha.
- Não! Eu devia ter insistido, eu devia tê-lo mandado parar. A culpa foi minha! - as palavras da Joana, o olhar dela, a imagem dos pais dele no funeral, nada me sai da cabeça.
- Só podes estar a brincar! A culpa é tua?! Essa explicação não tem pés nem cabeça. Sé sentes culpa porque ele morreu e tu sobreviveste. E isso não tem lógica. É claro que foi mau ele ter morrido, mas tu não podes viver assim o resto da tua vida. Ele não ia querer isso, eu não quero isso. Não consigo viver com alguém que não quer viver. Disse-te que me apaixonei por ti porque adoras a vida. Não vou agora dizer que deves viver agarrado à morte. Tens de escolher se queres viver comigo ou agarrado ao fantasma dele. - sempre firme, sempre decidida.
Para ela não pode haver meias medidas, ou sim ou não, ou preto ou branco. Eu também era assim, directo, sem hesitações. Mas aquilo mudou tudo.
- A culpa foi minha! Não entendes? Ele era inteligente, divertido, cheio de vida, toda a gente gostava dele. Era eu que devia ter morrido… - não sei se sinto mesmo o que digo ou se a quero mandar embora.
- Tenho pena que sintas isso. Sabes porquê? Porque quer dizer que no acidente não morreu apenas o teu melhor amigo. Morreram os dois!
Estou de costas para ela e as palavras ecoam nos meus ouvidos. Pressinto-a a ir embora e ouço a porta a bater com estrondo.
(continua)
sexta-feira, junho 15, 2007
Diário de um Homem Sentimental
Há dias num desafio bloguistico perguntava-se se preferia uma mulher sem sal que fosse fiel ou uma Mulher com M maiúsculo que não prometesse fidelidade! Respondi que nem uma nem outra... Sinceramente! Acredito piamente que uma relação só funciona com dois Individuos com I maiúsculo. Preciso de uma mulher que me puxe, que me pique, que me espicace! Preciso de uma mulher tranquila que saiba dizer "anda cá que não te aleijo"... Uma mulher que eu tenha a certeza que queira estar comigo mas que eu saiba que me pode deixar. Porque só damos valor às coisas que podemos perder! tudo o resto nos é indiferente... E se ela me deixar, ter a auto-estima suficiente para dizer que foi ela quem ficou a perder. Os dois lados tem de ter a força suficiente para criar uma relação forte. Definitivamente, quero uma mulher que diga isto...
Garganta
Ana Carolina
Minha garganta estranha quando não te vejo
Me vem um desejo doido de gritar.
Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar. (2x)
Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar.
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso,
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar. (2x)
Sei que não sou santa, às vezes vou na cara dura,
Às vezes ajo com candura pra te conquistar.
Mas não sou beata, me criei na rua,
E não mudo minha postura só pra te agradar.
Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar.
Vim parar nessa cidade, por força da circunstância,
Sou assim desde criança, me criei meio sem lar.
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha é pra comer você...
Aprendi a me virar sozinha...
E se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar. (4x)
Garganta
Ana Carolina
Minha garganta estranha quando não te vejo
Me vem um desejo doido de gritar.
Minha garganta arranha a tinta e os azulejos
Do teu quarto, da cozinha, da sala de estar. (2x)
Venho madrugada perturbar teu sono
Como um cão sem dono me ponho a ladrar.
Atravesso o travesseiro, te reviro pelo avesso,
Tua cabeça enlouqueço, faço ela rodar. (2x)
Sei que não sou santa, às vezes vou na cara dura,
Às vezes ajo com candura pra te conquistar.
Mas não sou beata, me criei na rua,
E não mudo minha postura só pra te agradar.
Mas não sou beata, me criei na rua
E não mudo minha postura só pra te agradar.
Vim parar nessa cidade, por força da circunstância,
Sou assim desde criança, me criei meio sem lar.
Aprendi a me virar sozinha
E se eu tô te dando linha é pra comer você...
Aprendi a me virar sozinha...
E se eu tô te dando linha é pra depois te abandonar. (4x)
O Último dos Românticos
Diana (IV)
Sentamo-nos numa esplanada da zona ribeirinha. Temos de aproveitar um sábado de sol em Março. Entretidos com a conversa, com as pessoas que passavam, a tarde corria perfeita. De repente, uma voz por trás de mim.
- Ainda não passaram três meses da morte do meu irmão e já aqui estás a divertir-te! Pareces estar muito contente.
Volto-me, mas a luz do sol cega-me. Aos poucos os meus olhos habituam-se. Era…
- Joana… - não consigo dizer mais nada. A alegre e simpática Joana. A Joana que vi crescer e que considerava como uma sobrinha. Afinal, ela era irmã do meu melhor amigo. Mas a Joana que tinha à minha frente não era a doce Joana, era alguém sombrio e amargurado.
- Pelos vistos, o luto passa-te rápido. Parecias tão abatido no funeral e já aqui estás todo contente. - a voz era cortante.
- Joana… - não conseguia articular mais nada. Estava fixado no rosto de uma rapariga que costumava gostar de mim e falar comigo sempre que me via.
- Ainda por cima, acho que pela forma como tudo aconteceu, devias ter mais respeito. Mas vejo que já te esqueceste do que aconteceu.
- Eu não tive culpa! - sentia tudo a andar à roda e a dor de cabeça a voltar.
- Diz isso aos meus pais. Ou melhor, diz isso ao meu irmão. Adeus!
Vi-a afastar-se decidida. Tudo parecia ruir…
- Ainda não passaram três meses da morte do meu irmão e já aqui estás a divertir-te! Pareces estar muito contente.
Volto-me, mas a luz do sol cega-me. Aos poucos os meus olhos habituam-se. Era…
- Joana… - não consigo dizer mais nada. A alegre e simpática Joana. A Joana que vi crescer e que considerava como uma sobrinha. Afinal, ela era irmã do meu melhor amigo. Mas a Joana que tinha à minha frente não era a doce Joana, era alguém sombrio e amargurado.
- Pelos vistos, o luto passa-te rápido. Parecias tão abatido no funeral e já aqui estás todo contente. - a voz era cortante.
- Joana… - não conseguia articular mais nada. Estava fixado no rosto de uma rapariga que costumava gostar de mim e falar comigo sempre que me via.
- Ainda por cima, acho que pela forma como tudo aconteceu, devias ter mais respeito. Mas vejo que já te esqueceste do que aconteceu.
- Eu não tive culpa! - sentia tudo a andar à roda e a dor de cabeça a voltar.
- Diz isso aos meus pais. Ou melhor, diz isso ao meu irmão. Adeus!
Vi-a afastar-se decidida. Tudo parecia ruir…
(continua)
quinta-feira, junho 14, 2007
Diário de um Homem Sentimental
Na nossa vida das relações, estamos muitas vezes em momentos diferentes... Já senti necessidade de estar sozinho (sobretudo depois de relações que me deixaram marca) e já senti vontade de estar com alguém (quando tenho saudade de ter alguém a quem fazer o último telefonema do dia). Pois bem, há sempre um momento em que sentimos que estamos bem e chegou a altura de lutar por algo. É a mudança de não querermos perder algo e de querer ganhar algo. É fazermos algo pela nossa felicidade. Quantas vezes não saio agora "p'la rua" com um grande sorriso nos lábios!
Pra rua me levar
Ana Carolina e Seu Jorge
Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você
É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
Pra rua me levar
Ana Carolina e Seu Jorge
Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você
É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora
Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você...
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Relações Perder Ganhar Pra Rua me levar
O Último dos Românticos
Diana (III)
II
As semanas seguintes foram fantásticas. Voltei a ganhar vontade de estudar, de sair, de viver. Era um prazer descobrir todos os dias uma coisa nova na Diana. E só coisas boas. Senti-me a apaixonar, sem receio nenhum de me magoar. Encontrava-mo-nos ao fim da tarde, jantávamos e depois ou saíamos ou ficávamos em casa. De qualquer das maneiras, estávamos sempre bem porque estávamos juntos. Com ela sentia que podia conversar sobre tudo. Para além de inteligente, ela era bastante madura. As opiniões dela eram sempre sensatas e acertadas. Sempre tive um certo fascínio por mulheres mais velhas e com ela tudo parecia perfeito. Perguntei-lhe, certa vez, o que é que ela via em mim.
- Não sei! Desde o primeiro momento que gostei de ti. Apesar de seres novo, parecia que tinhas o peso do mundo dentro de ti. Os teus olhos tinham uma tristeza infinita. Parecias atormentado! E foi essa tristeza que me atraiu. Mas depois do primeiro dia, tudo pareceu diferente. Pareces-te mais com alguém da tua idade. És jovem, divertido, extrovertido, alguém que gosta da vida e nada que lhe pode acontecer, pode mudar isso. Tens joie de vivre! E apesar de ter sido o teu lado sombrio que me chamou a atenção, gosto mais do teu lado alegre. Estava a precisar de alguém que gostasse da vida, que gostasse de si e que gostasse de mim. - inclinou-se e deu-me um beijo longo, doce, suave…
Ele tinha tirado o retrato perfeito! Pensei muitas vezes se não devia contar o porquê do meu lado mais sombrio. Sabia que ela me saberia ouvir e que saberia o que dizer. Tenho a certeza que tudo seria ultrapassado com a ajuda dela! Mas desisti sempre. Ou melhor fui sempre adiando. Várias noites depois de ela adormecer, ficava a vê-la dormir. A minha guerreira em repouso. Uma mulher que lutou por aquilo que desejava e tinha conseguido atingir tudo o que queria. E, que apesar disso, começava cada dia à procura de um novo objectivo, uma nova meta. Por isso o sono dela parecia ser tão calmo, tão feliz. O sono dos justos! Quanto a mim, já não tinha pesadelos, mas o meu sono não era tranquilo. Era como se existisse alguma coisa que ainda estava por resolver.
(continua)
O mundo de Portugal...
Pois é, o tio Belmiro não brinca em serviço... Vejam a publicidade do resort a ser construído em Tróia e que passa em todo mundo (menos cá)...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, junho 13, 2007
Diário do Homem Sentimental
Segundo a Wikipédia, chama-se banda sonora ao conjunto das peças musicais usadas num filme. Pode incluir música original, criada de propósito para o filme, ou outras peças musicais, canções e excertos de obras musicais anteriores ao filme.
Pois bem, a nossa vida é uma filme. Cada relação que temos tem uma banda sonora. A nossa tem algumas músicas...
Texas Say What you want
Pois bem, a nossa vida é uma filme. Cada relação que temos tem uma banda sonora. A nossa tem algumas músicas...
Texas Say What you want
Hugh Grant & Drew Barrymore Way back in to love
Dolores O'Riordan & Simon Le Bon Linger
O resto fica para nós...
O Ultimo dos Romanticos
Diana (II)
Passei a tarde distraído. Apanho um autocarro e encontro a morada perguntando a um velhote. São quase oito horas e a luz é escassa. Paro em frente à casa. É uma casa grande e muito bonita. Tem algumas luzes acesas. Abeiro-me da caixa do correio para ler a placa: Diana Guerreiro.
- Bem, casada não deve ser! - constato em voz baixa.
Enquanto me aproximo da porta, lembro-me da figura e do nome. Realmente, o nome da deusa grega da caça assentava-lhe como uma luva. Os cabelos rebeldes e o ar desembaraçado davam-lhe uma beleza invulgar. Toco, a medo, a campainha. Tem uma melodia comprida e agradável. Esperava alguém em trajes menos formais, mas tenho uma surpresa maior:
- Sim, posso ajudá-lo? - pergunta numa voz quente.
Fico parado a olhá-la. Veste apenas um roupão turco e o cabelo molhado ainda pinga.
- Eu… quero dizer, nós… hoje de manhã… - gaguejo.
- Calma, então! Foste tu ou fomos nós? – o discurso feito na segunda pessoa levou a acalmar-me.
- Eu sou a pessoa que chocou consigo hoje de manhã. Disse-me que se ficasse com algum papel seu, para o enviar. - expliquei-me.
- E decidiste fazer uma entrega pessoal - respondeu em tom provocatório.
- Pensei que algum podia ser urgente. - falo como se tivesse sido apanhado em falta.
- E pensaste muito bem! Vejo que estás muito mais bem-humorado. - riu.
Ia replicar, quando um cheiro intenso e conhecido encheu-me as narinas.
- Por acaso, está a cozinhar lasanha? - pergunto, sabendo de antemão a resposta.
- Estou! Escusas é de me tratar por “tu”! - brinca - Eu já me deixei disso. Como pareces um apreciador, como eu exagerei na dose e como me falta companhia, tenho todo o prazer em te convidar para jantar! - e reforça o convite, abrindo a porta totalmente.
O convite é irresistível. Entro numa sala ampla e decorada com bom gosto. Os vários objectos identificavam as viagens da dona da casa. A minha observação é interrompida…
- Põe-te à vontade que eu vou vestir algo mais decente. Podes ir escolhendo o vinho. - acrescentou.
Reparo pela primeira vez num armário onde estão várias garrafas alinhadas. Começo a procurar um bom vinho. Não sei se devo escolher verde ou tinto, por isso pego numa de cada. Ela demorou pouco a voltar. Veste uma saia comprida que lhe favorece a anca. A camisa branca tem vários botões desapertados, o que dá asas à minha imaginação. O cabelo já está seco e usa só um pouco de maquilhagem. Não consigo deixar de a olhar.
- Então, já escolheste o vinho? - pergunta, fingindo não ver o meu olhar fixado.
- Já! - saio da hipnose, agradecido por ela não ter dito – Não sabia se devia escolher branco ou tinto, escolhi uma de cada. Mas o branco não está fresco.
- Ah, um conhecedor! Fazemos assim, bebemos o tinto primeiro, enquanto o branco refresca no congelador. - pega nas garrafas - Ah, escolheste bem. Pelos vistos, sabes de vinhos. - esta frase funciona como convite a falar de mim.
- Mais ou menos! Disse-te que gosto muito de comida italiana, - sigo-a até à cozinha - e escolho os vinhos em função disto.
- Ora bem, a lasanha está pronto! Abre a garrafa, enquanto ponho mais um prato na mesa.
É incrível o desembaraço dela. Está em casa com um perfeito estranho e para além de tudo, age como se fosse normal. Começo a pensar que ela é a melhor coisa que me aconteceu há já muito tempo.
Começamos a jantar. A comida estava óptima e a conversa ainda melhor. Não ficamos pelas duas garrafas, nem pelas três, nem pelas quatro. Tomamos café e comemos gelado. A língua foi-se soltando e os sentidos cada vez mais despertos. Decido lavar a loiça como retribuição.
- É assim, nasci numa vila do interior, vim estudar para cá e tive a sorte de arranjar logo emprego. Pagam-me bem, faço o que gosto e vivo onde quero. Sinto-me bem! - desabafa.
- O que mais me custa a acreditar é como uma mulher como tu não tem namorado ou marido? - pergunta, enquanto arrumo o último prato.
- Tive alguns namorados que se revelarem desastres e depois deixei de lhe dar importância. - vamos até à sala, onde ela acende a lareira.
- Mas não sentes faltas? - estou verdadeiramente curioso como uma mulher daquelas pode estar sozinha.
- De quê? De ter alguém com quem partilhar as coisas boas? De alguém que me dê afecto? Claro que sim, mas desisti de procurar.
- Desististe?
- Sim, acredito que não tenho de procurar para encontrar.
- Acreditas que vais chocar com alguém especial? - a palavra sai-me directa sem que me aperceba e sinto-me embaraçado.
Uma gargalhada alta e bem-humorada é a primeira resposta.
- “Chocar” é uma palavra interessante! E tu? - desvia a conversa, e ainda bem - Conta-me mais coisas sobre isso.
- Penso durante alguns instantes. Ela merece que conte a verdade mas não agora.
- Eu? Sou de uma cidade daqui de perto e vim estudar para cá. E aqui estou! - não me apetece contar muito mais. Não hoje.
- Ah, uma história simples! - tenho a certeza que ela quer perguntar mais coisas, mas não me obriga a nada. Diz apenas:
- És muito misterioso! - parece-me um elogio.
- Isso é bom ou é mau? - o ambiente, a música, o vinho, ela…
Inclino-me e beijo-a a medo. Ela sente isso e puxa-me para ela. Apesar do vinho, apesar da surpresa, lembro-me de tudo. Pego nela ao colo, subo as escadas, entro no quarto. Ela manda-me sentar na cama. Uma cama baixa, grande. Ela acende velas e começa-se a despir lentamente. Àquela luz, o corpo perfeito dela torna-se uma visão… Puxo-a para mim, mas ela afasta-me gentilmente. É ela quem manda. E eu deixo-me conduzir…
- Bem, casada não deve ser! - constato em voz baixa.
Enquanto me aproximo da porta, lembro-me da figura e do nome. Realmente, o nome da deusa grega da caça assentava-lhe como uma luva. Os cabelos rebeldes e o ar desembaraçado davam-lhe uma beleza invulgar. Toco, a medo, a campainha. Tem uma melodia comprida e agradável. Esperava alguém em trajes menos formais, mas tenho uma surpresa maior:
- Sim, posso ajudá-lo? - pergunta numa voz quente.
Fico parado a olhá-la. Veste apenas um roupão turco e o cabelo molhado ainda pinga.
- Eu… quero dizer, nós… hoje de manhã… - gaguejo.
- Calma, então! Foste tu ou fomos nós? – o discurso feito na segunda pessoa levou a acalmar-me.
- Eu sou a pessoa que chocou consigo hoje de manhã. Disse-me que se ficasse com algum papel seu, para o enviar. - expliquei-me.
- E decidiste fazer uma entrega pessoal - respondeu em tom provocatório.
- Pensei que algum podia ser urgente. - falo como se tivesse sido apanhado em falta.
- E pensaste muito bem! Vejo que estás muito mais bem-humorado. - riu.
Ia replicar, quando um cheiro intenso e conhecido encheu-me as narinas.
- Por acaso, está a cozinhar lasanha? - pergunto, sabendo de antemão a resposta.
- Estou! Escusas é de me tratar por “tu”! - brinca - Eu já me deixei disso. Como pareces um apreciador, como eu exagerei na dose e como me falta companhia, tenho todo o prazer em te convidar para jantar! - e reforça o convite, abrindo a porta totalmente.
O convite é irresistível. Entro numa sala ampla e decorada com bom gosto. Os vários objectos identificavam as viagens da dona da casa. A minha observação é interrompida…
- Põe-te à vontade que eu vou vestir algo mais decente. Podes ir escolhendo o vinho. - acrescentou.
Reparo pela primeira vez num armário onde estão várias garrafas alinhadas. Começo a procurar um bom vinho. Não sei se devo escolher verde ou tinto, por isso pego numa de cada. Ela demorou pouco a voltar. Veste uma saia comprida que lhe favorece a anca. A camisa branca tem vários botões desapertados, o que dá asas à minha imaginação. O cabelo já está seco e usa só um pouco de maquilhagem. Não consigo deixar de a olhar.
- Então, já escolheste o vinho? - pergunta, fingindo não ver o meu olhar fixado.
- Já! - saio da hipnose, agradecido por ela não ter dito – Não sabia se devia escolher branco ou tinto, escolhi uma de cada. Mas o branco não está fresco.
- Ah, um conhecedor! Fazemos assim, bebemos o tinto primeiro, enquanto o branco refresca no congelador. - pega nas garrafas - Ah, escolheste bem. Pelos vistos, sabes de vinhos. - esta frase funciona como convite a falar de mim.
- Mais ou menos! Disse-te que gosto muito de comida italiana, - sigo-a até à cozinha - e escolho os vinhos em função disto.
- Ora bem, a lasanha está pronto! Abre a garrafa, enquanto ponho mais um prato na mesa.
É incrível o desembaraço dela. Está em casa com um perfeito estranho e para além de tudo, age como se fosse normal. Começo a pensar que ela é a melhor coisa que me aconteceu há já muito tempo.
Começamos a jantar. A comida estava óptima e a conversa ainda melhor. Não ficamos pelas duas garrafas, nem pelas três, nem pelas quatro. Tomamos café e comemos gelado. A língua foi-se soltando e os sentidos cada vez mais despertos. Decido lavar a loiça como retribuição.
- É assim, nasci numa vila do interior, vim estudar para cá e tive a sorte de arranjar logo emprego. Pagam-me bem, faço o que gosto e vivo onde quero. Sinto-me bem! - desabafa.
- O que mais me custa a acreditar é como uma mulher como tu não tem namorado ou marido? - pergunta, enquanto arrumo o último prato.
- Tive alguns namorados que se revelarem desastres e depois deixei de lhe dar importância. - vamos até à sala, onde ela acende a lareira.
- Mas não sentes faltas? - estou verdadeiramente curioso como uma mulher daquelas pode estar sozinha.
- De quê? De ter alguém com quem partilhar as coisas boas? De alguém que me dê afecto? Claro que sim, mas desisti de procurar.
- Desististe?
- Sim, acredito que não tenho de procurar para encontrar.
- Acreditas que vais chocar com alguém especial? - a palavra sai-me directa sem que me aperceba e sinto-me embaraçado.
Uma gargalhada alta e bem-humorada é a primeira resposta.
- “Chocar” é uma palavra interessante! E tu? - desvia a conversa, e ainda bem - Conta-me mais coisas sobre isso.
- Penso durante alguns instantes. Ela merece que conte a verdade mas não agora.
- Eu? Sou de uma cidade daqui de perto e vim estudar para cá. E aqui estou! - não me apetece contar muito mais. Não hoje.
- Ah, uma história simples! - tenho a certeza que ela quer perguntar mais coisas, mas não me obriga a nada. Diz apenas:
- És muito misterioso! - parece-me um elogio.
- Isso é bom ou é mau? - o ambiente, a música, o vinho, ela…
Inclino-me e beijo-a a medo. Ela sente isso e puxa-me para ela. Apesar do vinho, apesar da surpresa, lembro-me de tudo. Pego nela ao colo, subo as escadas, entro no quarto. Ela manda-me sentar na cama. Uma cama baixa, grande. Ela acende velas e começa-se a despir lentamente. Àquela luz, o corpo perfeito dela torna-se uma visão… Puxo-a para mim, mas ela afasta-me gentilmente. É ela quem manda. E eu deixo-me conduzir…
(continua)
Homem Novo
Culturalmente Eclético
(escrito em Agosto 2005)
O Homem Novo vive num mundo Novo, cheio de oferta cultural e desportiva. Como bom apreciador, tem de saber conhecer e reconhecer qualidade em eventos musicais, literários, cinematográficos, teatrais e desportivos.
Assim, não pode ficar preso com amarras e um tipo de cultura! Terá que saber apreciar um concerto de música clássica como uma banda rock, uma ópera como uma revista, um filme de culto como um blockbuster-pipoca, um jogo de futebol como uma partida de ténis.
O que é importante é buscar a qualidade do evento. Com a ecleticidade da busca virá a maior diversidade de cultura, saber e informação. Essa cultura geral ajuda uma maior compreensão do mundo através do conhecimento dos diversos pontos de vista que nos são dados pela arte ou desporto.
Um Homem Novo para um Mundo Novo...
(escrito em Agosto 2005)
O Homem Novo vive num mundo Novo, cheio de oferta cultural e desportiva. Como bom apreciador, tem de saber conhecer e reconhecer qualidade em eventos musicais, literários, cinematográficos, teatrais e desportivos.
Assim, não pode ficar preso com amarras e um tipo de cultura! Terá que saber apreciar um concerto de música clássica como uma banda rock, uma ópera como uma revista, um filme de culto como um blockbuster-pipoca, um jogo de futebol como uma partida de ténis.
O que é importante é buscar a qualidade do evento. Com a ecleticidade da busca virá a maior diversidade de cultura, saber e informação. Essa cultura geral ajuda uma maior compreensão do mundo através do conhecimento dos diversos pontos de vista que nos são dados pela arte ou desporto.
Um Homem Novo para um Mundo Novo...
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culturalmente ecletico
terça-feira, junho 12, 2007
O mundo anda estranho...
Esta notícia tem contornos algo surreais...
Na voz parece haver alguma resignação. Mas é só tristeza, incompreensão. Teresa Silva ainda não consegue entender como foi possível terem negado a aposentação à sua mãe e a obrigaram a dar aulas, mesmo estando com leucemia. Já tinha o apoio do Sindicato de Professores da Zona Centro, mas as mensagens de incentivo que recebeu dos leitores do PortugalDiário deram-lhe ainda mais força para avançar com um processo contra o Estado português. Agora, tenta perceber junto do sindicato, se de facto é possível recorrer também ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
«Acho que isto é uma questão de direitos do trabalhador, o direito a estar doente», explica. E por isso Teresa quer fazer alguma coisa, para que outros não passem pelo mesmo. Mesmo sem apontar o dedo a culpados, porque não lhe cabe a ela essa função, diz, com revolta, que «quem decidiu, decidiu desumanamente». «Isto não são opiniões, são factos», justifica. «Tenho todos os relatórios médicos para o provar». E a certidão de óbito também.
«Segundo os comentários que li no PortugalDiário há muita gente a passar por situações idênticas, mas as pessoas têm medo de abrir a boca, de denunciar». Pelo menos neste site, «mesmo assinando anónimo», diz, podem «abrir a alma».
«Apta para o exercício da função»
Manuela Estanqueiro pediu a aposentação antes de saber a doença que tinha. Não estava bem, já não conseguia carregar a pasta com as coisas da escola. Não tinha força. Estava sempre cansada. Em Março de 2006 diagnosticaram-lhe leucemia. Foi a uma junta médica da Caixa Geral de Aposentações (CGA) no Verão desse ano, para a avaliarem e decidirem se podia reformar-se por doença. Consideraram-na apta para o exercício da função.
Esta docente estava com atestado médico passado pela junta médica da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), mas como a decisão da junta médica da CGA se sobrepõe, teve mesmo de voltar à escola por 31 dias para poder voltar a meter atestado médico, sob pena de perder o vencimento. E assim aconteceu de 15 de Janeiro a 14 de Fevereiro. «A minha mãe diz que tinha mesmo de ir para a escola, nem que fosse de maca. E nem sequer podia faltar para ir a uma consulta», conta Teresa Silva.
Ainda meteu recurso em Janeiro, mas a resposta revoltou-a ainda mais: não teria nova avaliação por falta de argumentação.
Na Escola Básica 2,3 de Cacia, em Aveiro, Manuela Estanqueiro teve o apoio dos colegas. A direcção da escola disponibilizou um professor para a acompanhar nas aulas que leccionava, educação tecnológica. «Trabalhou com diarreias, com febres, tinha viroses atrás de viroses, tinha de levar mantas, era preciso levá-la à escola. O organismo e o estado mental estavam muito debilitados e a memória também foi afectada», recorda Teresa Silva.
Na escola, acrescenta, os outros docentes «disponibilizaram um local na sala dos professores onde ela podia deitar-se, davam-lhe a sopa na boca, porque ela não conseguia pegar na colher e, nos dias em que andava pior, tinham de a acompanhar à sala».
O sindicato não desistiu e enviou novos relatórios médicos que mencionavam a esperança de vida de Manuela Estanqueiro: um a dois anos de vida no máximo. Isto no caso da quimioterapia resultar. Já estava internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, com a doença novamente em força, quando a chamaram a Lisboa para nova junta médica, marcada para 19 de Abril. Não conseguiu ir. Uma semana antes de falecer, esta mesma junta concedeu-lhe a aposentação mesmo sem examinarem a professora de 63 anos.
«A minha mãe nunca desistiu do recurso. Ela queria mesmo ir à junta médica para provar que estava mesmo doente, que estava a dizer a verdade. Dizia que iria nem que fosse de ambulância. Era uma questão de honra», recorda Teresa Silva.
O PortugalDiário tentou obter uma reacção do Ministério da Educação e também do Ministério das Finanças, que tutela a CGD, mas ainda não obteve resposta. in Portugal Diário
Assim vai o mundo...
Na voz parece haver alguma resignação. Mas é só tristeza, incompreensão. Teresa Silva ainda não consegue entender como foi possível terem negado a aposentação à sua mãe e a obrigaram a dar aulas, mesmo estando com leucemia. Já tinha o apoio do Sindicato de Professores da Zona Centro, mas as mensagens de incentivo que recebeu dos leitores do PortugalDiário deram-lhe ainda mais força para avançar com um processo contra o Estado português. Agora, tenta perceber junto do sindicato, se de facto é possível recorrer também ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.
«Acho que isto é uma questão de direitos do trabalhador, o direito a estar doente», explica. E por isso Teresa quer fazer alguma coisa, para que outros não passem pelo mesmo. Mesmo sem apontar o dedo a culpados, porque não lhe cabe a ela essa função, diz, com revolta, que «quem decidiu, decidiu desumanamente». «Isto não são opiniões, são factos», justifica. «Tenho todos os relatórios médicos para o provar». E a certidão de óbito também.
«Segundo os comentários que li no PortugalDiário há muita gente a passar por situações idênticas, mas as pessoas têm medo de abrir a boca, de denunciar». Pelo menos neste site, «mesmo assinando anónimo», diz, podem «abrir a alma».
«Apta para o exercício da função»
Manuela Estanqueiro pediu a aposentação antes de saber a doença que tinha. Não estava bem, já não conseguia carregar a pasta com as coisas da escola. Não tinha força. Estava sempre cansada. Em Março de 2006 diagnosticaram-lhe leucemia. Foi a uma junta médica da Caixa Geral de Aposentações (CGA) no Verão desse ano, para a avaliarem e decidirem se podia reformar-se por doença. Consideraram-na apta para o exercício da função.
Esta docente estava com atestado médico passado pela junta médica da Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), mas como a decisão da junta médica da CGA se sobrepõe, teve mesmo de voltar à escola por 31 dias para poder voltar a meter atestado médico, sob pena de perder o vencimento. E assim aconteceu de 15 de Janeiro a 14 de Fevereiro. «A minha mãe diz que tinha mesmo de ir para a escola, nem que fosse de maca. E nem sequer podia faltar para ir a uma consulta», conta Teresa Silva.
Ainda meteu recurso em Janeiro, mas a resposta revoltou-a ainda mais: não teria nova avaliação por falta de argumentação.
Na Escola Básica 2,3 de Cacia, em Aveiro, Manuela Estanqueiro teve o apoio dos colegas. A direcção da escola disponibilizou um professor para a acompanhar nas aulas que leccionava, educação tecnológica. «Trabalhou com diarreias, com febres, tinha viroses atrás de viroses, tinha de levar mantas, era preciso levá-la à escola. O organismo e o estado mental estavam muito debilitados e a memória também foi afectada», recorda Teresa Silva.
Na escola, acrescenta, os outros docentes «disponibilizaram um local na sala dos professores onde ela podia deitar-se, davam-lhe a sopa na boca, porque ela não conseguia pegar na colher e, nos dias em que andava pior, tinham de a acompanhar à sala».
O sindicato não desistiu e enviou novos relatórios médicos que mencionavam a esperança de vida de Manuela Estanqueiro: um a dois anos de vida no máximo. Isto no caso da quimioterapia resultar. Já estava internada nos Hospitais da Universidade de Coimbra, com a doença novamente em força, quando a chamaram a Lisboa para nova junta médica, marcada para 19 de Abril. Não conseguiu ir. Uma semana antes de falecer, esta mesma junta concedeu-lhe a aposentação mesmo sem examinarem a professora de 63 anos.
«A minha mãe nunca desistiu do recurso. Ela queria mesmo ir à junta médica para provar que estava mesmo doente, que estava a dizer a verdade. Dizia que iria nem que fosse de ambulância. Era uma questão de honra», recorda Teresa Silva.
O PortugalDiário tentou obter uma reacção do Ministério da Educação e também do Ministério das Finanças, que tutela a CGD, mas ainda não obteve resposta. in Portugal Diário
Assim vai o mundo...
segunda-feira, junho 11, 2007
Diário de um Homem Sentimental
Perguntaram-me há dias porque nunca fiz um post sobre o meu pai. De facto já tinha pensado nisso e chega agora o tempo...
A minha relação com o meu pai é tormentosa. Por muito que as pessoas não acreditem em signos, nós somos exemplos perfeitos de um Sagitário e um Capricórnio. Ora, significa que somos teimosos mas um é optimista (eu) e o outro pessimista (ele). E isto só pode dar choque. E dá. E muito. Mesmo nas coisas em que supostamente deveriamos concordar. O meu pai tem muitas qualidades, mas de facto a extroversão não é uma delas. Não me posso queixar que ele seja um mau pai! Mas também tenho dificuldade em dizer que é bom. A parte da paternidade de ser exigente e de alertar para os perigos da vida, ele cumpre muito bem! Já a de apoiar nos momentos de risco ou de desilusão, ele tem uma barreira qualquer. Dou por mim a pensar que a maneira de ser dele fez de mim um ser humano forte psicologicamente, mas também podia dar em mim em maluco. Seja como for, será sempre o meu pai e gosto dele, mas nunca será o modelo de pai que usarei para os meus filhos..
P.S.- Este post pode parecer mau, mas é apenas sincero...
A minha relação com o meu pai é tormentosa. Por muito que as pessoas não acreditem em signos, nós somos exemplos perfeitos de um Sagitário e um Capricórnio. Ora, significa que somos teimosos mas um é optimista (eu) e o outro pessimista (ele). E isto só pode dar choque. E dá. E muito. Mesmo nas coisas em que supostamente deveriamos concordar. O meu pai tem muitas qualidades, mas de facto a extroversão não é uma delas. Não me posso queixar que ele seja um mau pai! Mas também tenho dificuldade em dizer que é bom. A parte da paternidade de ser exigente e de alertar para os perigos da vida, ele cumpre muito bem! Já a de apoiar nos momentos de risco ou de desilusão, ele tem uma barreira qualquer. Dou por mim a pensar que a maneira de ser dele fez de mim um ser humano forte psicologicamente, mas também podia dar em mim em maluco. Seja como for, será sempre o meu pai e gosto dele, mas nunca será o modelo de pai que usarei para os meus filhos..
P.S.- Este post pode parecer mau, mas é apenas sincero...
O Último dos Românticos
A.S.- Começo hoje a publicação das minhas estórias antigas...
DIANA (1997 ou 1998)
Acordo, sobressaltado, coberto em suor. Olho por momentos o relógio. Vinte minutos para a primeira aula. Levanto-me vagarosamente, tentando não pensar no pesadelo que me atormenta no último mês. Desde o maldito acidente! Arrasto-me até à janela, levanto o estore e espreito lá para fora. Uma típica manhã de Inverno. Não chove mas o céu cinzento convida a ficar em casa. Apenas um dia como outro qualquer. Caminho até à casa de banho, onde tomo um duche rápido. Olho-me ao espelho e pergunto-me se valerá a pena cortar a barba. Acho que não! Talvez se o aspecto exterior for mau, o desconforto interior se atenue. Volto à janela e fumo um cigarro. Sem nada no estômago, o cigarro cai-me mal e o meu humor piora.
Começo a andar devagar, alienado. Chegarei tarde mas nem isso me importa. Quando dobro uma das esquinas, não olho em frente e choco com alguém. Papéis e cadernos espalham-se no chão.
- Só me faltava isto para continuar este dia perfeito! - resmungo, enquanto vou apanhando papéis.
- Tenho a sensação que o mau humor começou com uma má noite! Ou noites… - responde-me uma voz feminina.
Levanto os olhos para responder mas fico fixado. À minha frente está uma mulher com vinte e muitos anos, cabelos escuros e olhos esverdeados. Tinha um aspecto prático apesar das roupas formais…
- Bem, como estou cheia de pressa, fazemos o seguinte: tem aqui o meu cartão, se ficar com algum documento meu, agradeço que o envie. - disse, levantando-se e afastando-se sem dar hipótese de resposta.
Apanho o resto dos papéis e coro para a Universidade. É claro que chego atrasado.
Só na hora do almoço (ou seja, uma sandes e um sumo), é que volto a pensar naquilo. Procuro nos meus cadernos e encontro documentos que não eram meus. Ela devia ser Relações Públicas de alguma empresa, porque alguns tinham nomes de pessoas e instituições. Olho várias vezes o cartão, lendo e relendo as informações. A morada era da periferia, de um daqueles bairros novos de vivendas. Decidi ir lá ao fim da tarde. Aquela figura fascinava-me.
Começo a andar devagar, alienado. Chegarei tarde mas nem isso me importa. Quando dobro uma das esquinas, não olho em frente e choco com alguém. Papéis e cadernos espalham-se no chão.
- Só me faltava isto para continuar este dia perfeito! - resmungo, enquanto vou apanhando papéis.
- Tenho a sensação que o mau humor começou com uma má noite! Ou noites… - responde-me uma voz feminina.
Levanto os olhos para responder mas fico fixado. À minha frente está uma mulher com vinte e muitos anos, cabelos escuros e olhos esverdeados. Tinha um aspecto prático apesar das roupas formais…
- Bem, como estou cheia de pressa, fazemos o seguinte: tem aqui o meu cartão, se ficar com algum documento meu, agradeço que o envie. - disse, levantando-se e afastando-se sem dar hipótese de resposta.
Apanho o resto dos papéis e coro para a Universidade. É claro que chego atrasado.
Só na hora do almoço (ou seja, uma sandes e um sumo), é que volto a pensar naquilo. Procuro nos meus cadernos e encontro documentos que não eram meus. Ela devia ser Relações Públicas de alguma empresa, porque alguns tinham nomes de pessoas e instituições. Olho várias vezes o cartão, lendo e relendo as informações. A morada era da periferia, de um daqueles bairros novos de vivendas. Decidi ir lá ao fim da tarde. Aquela figura fascinava-me.
(Continua)
O mundo da música...
Nem era o viver para sempre que queria, era mesmo ser sempre "novo" mentalmente... Espero que o meu espirito nunca envelheça... De resto é sempre uma questão de "hoping for the best, but expecting the worse"... Amigas e amigos, os Alphaville com Forever Young...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo do cinema...
Um crítico diria: "É amis do mesmo!"... Mas eu adoro este mesmo... Oceans 13 repete a dose dos filmes anteriores. Um crime enorme, um elenco de luxo (reforçado com Al Pacina), uma banda sonora de luxo, piadas fantásticas (a da Oprah é fabulosa...)... Se quiserem divertir-se, é favor ir ver mais uma vez estes meninos...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
sábado, junho 09, 2007
O mundo do jornalismo...
Nem sempre é fácil sere repórter! Que o diga Pedro Pinto, jornalista português da CNN...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
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Pedro Pinto CNN hooligans
Homem Novo
Humanitariamente Activo
(escrito em Agosto 2005)
A essência do Homem Novo é a sua preocupação humanitária. Vivemos num mundo de assimetrias económicas e sociais, o que cria uma sociedade com problemas reais e graves. Não existem apenas no terceiro mundo, mas também nos países ditos desenvolvidos onde vemos situações de pobreza, doença ou apatia...
Ora bem, o Homem Novo é alguém que se insurge contra estas situações. Que não só procura informar-se dos problemas do mundo mas que participa activamente na causa humanitátia. É normal se membro de fundações e organizações humanistas, envolvendo-se em acções ou campanhas de ajuda e sensibilização.
A sua vida tem de ter sempre esta preocupação em ajudar os outros, seja a perder um pouco de tempo a ouvir uma história de pessoas a quem a vida foi madrasta, ou seja a doar as coisas que já não precisa e que podem ser úteis a alguém.
Um Homem Novo para um Mundo Novo...
(escrito em Agosto 2005)
A essência do Homem Novo é a sua preocupação humanitária. Vivemos num mundo de assimetrias económicas e sociais, o que cria uma sociedade com problemas reais e graves. Não existem apenas no terceiro mundo, mas também nos países ditos desenvolvidos onde vemos situações de pobreza, doença ou apatia...
Ora bem, o Homem Novo é alguém que se insurge contra estas situações. Que não só procura informar-se dos problemas do mundo mas que participa activamente na causa humanitátia. É normal se membro de fundações e organizações humanistas, envolvendo-se em acções ou campanhas de ajuda e sensibilização.
A sua vida tem de ter sempre esta preocupação em ajudar os outros, seja a perder um pouco de tempo a ouvir uma história de pessoas a quem a vida foi madrasta, ou seja a doar as coisas que já não precisa e que podem ser úteis a alguém.
Um Homem Novo para um Mundo Novo...
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Humanitariamente activo
sexta-feira, junho 08, 2007
Diário de um Homem Sentimental...
Há combinações que parecem estranhas e loucas, mas que dão certo... Nesta música como na minha vida, deixo-vos este Fado do Encontro (Tim e Mariza)...
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Fado do Encontro Tim Mariza
O Último dos Românticos...
Tal como eu, a minha escrita tem vindo a amadurecer ao longo dos anos... Comecei a escrever tarde (com 16, 17 anos) comparativamente com a minha apetência com a leitura. Os meus escritos mais completos (porque tendo a não acabar muitas das ideias que tenho) são sempre dedicados a estórias com alguns laivos de realidade auto-biográfica. Como esses escritos nunca darão um livro de jeito, decidi partilhar nos próximos tempos estes esboços antigos convosco...
O mundo da cerveja...
Visitando pela primeira vez este belo blog, reparei neste vídeo do Ministro da Cultura brasileiro (Gilberto Gil) e dois dinamarqueses que estão a publicitar a Free Beer (cerveja com uma fórmula que todas as pessoas podem fazer)... Fantástico para um apreciador desta derivação da cevada...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
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cerveja Gilberto Gil
quinta-feira, junho 07, 2007
Diário de um Homem Sentimental
Costumo dizer que nenhuma mulher se apaixona por um homem perfeito, porque se não perde o desafio! Só que é claro que o segredo dos homens é ser..Quase Perfeito...
Quase Perfeito
Donna Maria
Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero
Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar
Quase que não recebia
A prenda prometida
Quase que não devia
Existir tal companhia
Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso não sai da cabeça
Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito
Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito
Quase Perfeito
Donna Maria
Sabe bem ter-te por perto
Sabe bem tudo tão certo
Sabe bem quando te espero
Sabe bem beber quem quero
Quase que não chegava
A tempo de me deliciar
Quase que não chegava
A horas de te abraçar
Quase que não recebia
A prenda prometida
Quase que não devia
Existir tal companhia
Não me lembras o céu
Nem nada que se pareça
Não me lembras a lua
Nem nada que se escureça
Se um dia me sinto nua
Tomara que a terra estremeça
Que a minha boca na tua
Eu confesso não sai da cabeça
Se um beijo é quase perfeito
Perdidos num rio sem leito
Que dirá se o tempo nos der
O tempo a que temos direito
Se um dia um anjo fizer
A seta bater-te no peito
Se um dia o diabo quiser
Faremos o crime perfeito
Homem Novo...
(escrito em Agosto de 2005)
Costuma dizer-se que quem não está bem, muda-se. Pois bem, um pouco triste e desiludido do caminho que Portugal e os portugueses estão a tomar, decidi iniciar um percurso em que os pontos de referência sejam diferentes...
Não estou a dizer que serei melhor que as outras pessoas, mas que tentarei ser melhor pessoa. Se alguém quiser seguir estas indicações e juntar-se a mim, será bem-vindo.
Como penso que os princípios que aqui defenderei são perenes e verdadeiros, não ponho de lado a hipótese futura de criar uma fundação que partilhe, se não do nome, pelo menos do espírito e valores que aqui preconizo.
A todos os que leram este prefácio, por favor não me tomem por alguém arrogante ou com tiques de superioridade, mas como alguém que quer um mundo novo com mulheres e homens novos...
"Nós, os de então, já não somos os mesmos."
Pablo Neruda
Costuma dizer-se que quem não está bem, muda-se. Pois bem, um pouco triste e desiludido do caminho que Portugal e os portugueses estão a tomar, decidi iniciar um percurso em que os pontos de referência sejam diferentes...
Não estou a dizer que serei melhor que as outras pessoas, mas que tentarei ser melhor pessoa. Se alguém quiser seguir estas indicações e juntar-se a mim, será bem-vindo.
Como penso que os princípios que aqui defenderei são perenes e verdadeiros, não ponho de lado a hipótese futura de criar uma fundação que partilhe, se não do nome, pelo menos do espírito e valores que aqui preconizo.
A todos os que leram este prefácio, por favor não me tomem por alguém arrogante ou com tiques de superioridade, mas como alguém que quer um mundo novo com mulheres e homens novos...
"Nós, os de então, já não somos os mesmos."
Pablo Neruda
O novo Mundo...
Primeiro post neste novo formato... Muito obrigado às pessoas que compreenderam e apoiaram a decisão... De facto, esta nova vida deste meu Mundo está a dar-me vontade de escrever mais e mais. Espero não desiludir e manter a qualidade...
Queria apenas dar uma pequena nota: como terão reparado, nunca falei aqui do caso da pequena Maddie. Não porque não gostasse que a menina britânica aparecesse, mas porque queria acreditar na eficácia das investigações. No dia em que parecem haver notícias relacionadas com o paradeiro, deixo aqui a esperança que apareçam todas as Maddies e Ruis Pedros do mundo...
Assim vai o mundo...
Queria apenas dar uma pequena nota: como terão reparado, nunca falei aqui do caso da pequena Maddie. Não porque não gostasse que a menina britânica aparecesse, mas porque queria acreditar na eficácia das investigações. No dia em que parecem haver notícias relacionadas com o paradeiro, deixo aqui a esperança que apareçam todas as Maddies e Ruis Pedros do mundo...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, junho 06, 2007
Mudanças no mundo...
A fusão já estava pensada há muito tempo! É muito complicado gerir dois blogs diários e mais uns periódicos, e quem me conhece sabe que não gosto de descurar nenhum deles. Apesar de falarem de coisas diferentes, a essência (ou seja eu) é a mesma. Foi esta bela menina que me apontou isso...
Assim, aproveitando uma fase de loucura e renovação, decidi juntar tudo neste meu Mundo. Escolhi este porque é aquele que tem no título o nome do autor. Aqui dentro, manter-se-á alguma divisão. Os posts genéricos manterão o título de "O Mundo..."; os que tiverem a ver comigo serão catalogados no "Diário de um Homem Sentimental"; os que tenham a ver com escritos passam para o "O Último dos Românticos"; e os que falem do Homem Novo estarão no "Homem Novo"...
Aos que habitualmente aqui vinham, lerão outro tipo de posts para além do que estavam habituados. Para os que eram visitantes de outros espaços, peço-lhes para se redireccionarem para aqui. Não acabo com os outros locais porque um dia ainda hei-de pescar todos aqueles textos.
Resta-me dizer: Espero que gostem desta revolução!!
Assim, aproveitando uma fase de loucura e renovação, decidi juntar tudo neste meu Mundo. Escolhi este porque é aquele que tem no título o nome do autor. Aqui dentro, manter-se-á alguma divisão. Os posts genéricos manterão o título de "O Mundo..."; os que tiverem a ver comigo serão catalogados no "Diário de um Homem Sentimental"; os que tenham a ver com escritos passam para o "O Último dos Românticos"; e os que falem do Homem Novo estarão no "Homem Novo"...
Aos que habitualmente aqui vinham, lerão outro tipo de posts para além do que estavam habituados. Para os que eram visitantes de outros espaços, peço-lhes para se redireccionarem para aqui. Não acabo com os outros locais porque um dia ainda hei-de pescar todos aqueles textos.
Resta-me dizer: Espero que gostem desta revolução!!
terça-feira, junho 05, 2007
O mundo da blogosfera...
Muitos parabéns, bela Lima... E muitos parabéns também para esta linda amiga...
Assim deseja o mundo...
Assim deseja o mundo...
segunda-feira, junho 04, 2007
sábado, junho 02, 2007
O mundo da culpa..
Na revista Única da semana passada, a propósito da quebra do Benfica no campeonato, José Luis Peixoto diz:
O problema foi a inconstância e a inconsistência. Quanto à culpa, essa é outra conversa. A culpa é de todos. A começar por mim próprio, que não fui ao estádio apoiar a equipa tantas vezes quantas deveria ter ido se queria de facto que vencessem o campeonato. A culpa é de todos aqueles que não se envolvem senão no momento de apontar o dedo aos culpados. A culpa é daqueles que apenas aplaudem as vitórias e que criticam sempre as derrotas. Também eles, à sua maneira, são inconstantes e inconsistentes.
Não vos parece que estas palavras podem ser aplicadas a Portugal e aos portugueses? Este país que vive a queixar-se e a apontar culpados. E se de uma vez por todas começassemos a lutar por um país melhor...
Assim vai o mundo...
O problema foi a inconstância e a inconsistência. Quanto à culpa, essa é outra conversa. A culpa é de todos. A começar por mim próprio, que não fui ao estádio apoiar a equipa tantas vezes quantas deveria ter ido se queria de facto que vencessem o campeonato. A culpa é de todos aqueles que não se envolvem senão no momento de apontar o dedo aos culpados. A culpa é daqueles que apenas aplaudem as vitórias e que criticam sempre as derrotas. Também eles, à sua maneira, são inconstantes e inconsistentes.
Não vos parece que estas palavras podem ser aplicadas a Portugal e aos portugueses? Este país que vive a queixar-se e a apontar culpados. E se de uma vez por todas começassemos a lutar por um país melhor...
Assim vai o mundo...
O mundo do cinema...
Paulo Portas escolheu a politica. Eu não concordo com muitas ideias politicas dele. Todos os sábados Paulo Portas tem uma crónica de cinema na revista Tabu. Gosto muitas vezes do que ele escreve. Tenho pena que Paulo Portas não seja apenas crítico de cinema...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
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