Acabaram anteontem os Jogos Olímpicos de Pequim e iniciou-se a 30ª Olimpiada que terminará com os Jogos Olímpicos de Londres. Os chineses quiseram organizar os melhores Jogos de sempre, e apesar de bom trabalho, algumas coisas não foram muito positivas. A vistosa cerimónia de abertura acabou por ficar algo manchada pela descoberta da manipulação digital do fogo de artifício fora do estádio e sobretudo pela mudança de última hora da jovem intérprete de uma das canções (a bela menina faz playback e a menos bela cantou atrás de uma cortina). Sem dúvida que a imagem da perfeição era o que as autoridades chinesas procuraram mostrar. Por acaso achei a Cerimónia de Encerramento mais simples mas mais bonita. Por outro lado, não sei a verdadeira razão, estes jogos duraram menos dias. Apenas 16 dias para cerca de 40 modalidades tem um preço a pagar: muita coisa ao mesmo tempo. Bem sei que primeiramente a competição é para os atletas e não para os espectadores, mas assim tornou-se impossivel seguir muita coisa. Tivemos uma primeira semana dominada pela natação e uma segunda dominada pelo atletismo. E nestas modalidades surgiram as duas figuras mais faladas: Michael Phelps e Usain Bolt. No que toca a Phelps, por muito que falem nos fatos e no Centro Aquático "Cubo" (um edifício belíssimo e, mais importante, funcional), ele é um atleta notável. Nadou 14 vezes em 9 dias, ganhou oito medalhas, quebrou 7 recordes do mundo e manteve quer a humildade quer a simpatia. Um campeão que merece todo o destaque. Usain Bolt era visto como um favorito mas as suas vitórias nos 100m e 200m (para além da estafeta 4x100m) foram de tal forma evidentes (dois recordes do mundo) que só se pode louvar tal feito. Aliás, condeno de todo as declarações de Jacques Rogue (ver o artigo do meu caríssimo homónimo). Aliás tivemos vários exemplos de olimpismo nos atletas. Estórias que foram sendo contadas e que ficarão na História... Para a História ficarão também as medalhas, e aqui uma polémica! A China ganhou mais medalhas de ouro e os EUA mais medalhas em conjunto. O que é mais importante? Ora, até hoje, não se punha este problema porque os EUA tinham as duas vertentes, mas agora temos este imbróglio. Ao falar com um amigo, ele propôs uma bela solução: fazer uma gradação das medalhas, ou seja, a de ouro valeria 100, a de prata 75 e a de bronze 50. Isto tornaria mais exacto aquilatar o valor das medalhas. Nesse caso, os EUA ganhariam a primazia... Um último ponto que me esqueci de falar há pouco! A redução dos dias de competição fez com que as finais do voleibol, andebol e basquetebol se sobrepusessem. Ora, sabendo que são modalidades muito acompanhadas no mundo, acho uma estupidez inclassificável. Assim como por a final do futebol para o 12h de Pequim, obrigou o árbitro a parar o jogo duas vezes para os jogadores se hidratarem. Bem, resta-me o consolo que daqui a 4 anos, o meridiano (fuso horário) é o mesmo de Portugal.
Amanhã falarei de Portugal e da sua participação nos Jogos.
Assim vai o mundo...
terça-feira, agosto 26, 2008
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