Ora um filme que me surpreendeu! Não é fácil, há alguma violência complicada de ver, mas tem uma mensagem forte e pungente. Dennis Quaid faz um papel tremendo...
Assim vai o mundo...
segunda-feira, agosto 31, 2009
sábado, agosto 29, 2009
O mundo das eleições...
Leio no Expresso que os Gato Fedorento vão ter um novo programa já a partir de dia 14! Um género de talk show com vários convidados relevantes. Jerónimo de Sousa, Paulo Portas e Francisco Louçã já aceitaram o convite. Estou muito curioso!!
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
sexta-feira, agosto 28, 2009
O mundo do humor...
Lindo! Uma avó açoriana.. Não há nada melhor!! Vejam a noticia do Expresso...
""Ah Vóóóóó!". Esta é talvez a expressão mais ouvida nos vídeos daquela que é já a avó portuguesa mais famosa do YouTube . O autor da saga de mais de doze vídeos, intitulada "Portuguese Grandmother" , é Jeff, o neto de 19 anos que sempre que pode arrelia a avó Angelina enquanto a filma para depois difundir na Web.
O sotaque açoriano está sempre presente, uma vez que a família é oriunda dos Açores e está a viver no Canadá. Entre "sopinhas", "papos-secos" e muitos ralhetes de chinelo na mão, cada vídeo da avó portuguesa chega a render mais de 80 mil visitas e 200 comentários. Contudo, a senhora Angelina "não gosta das fotografias" que o neto lhe tira e chega mesmo a ameaçar partir-lhe a câmara.
O sucesso galgou as fronteiras do YouTube e a "portuguese grandmother" é já falada nos mais diversos fóruns e redes sociais. Só no Facebook , tem mais de mil fãs, que deixam inúmeras mensagens a pedir mais vídeos e a dizer o quanto se divertem com a espontaneidade da avó. Espontaneidade essa que se deve, seguramente, ao facto da senhora não ter a mais pequena noção acerca do sítio vão parar as imagens filmadas pelo neto..."
Assim vai o mundo...
""Ah Vóóóóó!". Esta é talvez a expressão mais ouvida nos vídeos daquela que é já a avó portuguesa mais famosa do YouTube . O autor da saga de mais de doze vídeos, intitulada "Portuguese Grandmother" , é Jeff, o neto de 19 anos que sempre que pode arrelia a avó Angelina enquanto a filma para depois difundir na Web.
O sotaque açoriano está sempre presente, uma vez que a família é oriunda dos Açores e está a viver no Canadá. Entre "sopinhas", "papos-secos" e muitos ralhetes de chinelo na mão, cada vídeo da avó portuguesa chega a render mais de 80 mil visitas e 200 comentários. Contudo, a senhora Angelina "não gosta das fotografias" que o neto lhe tira e chega mesmo a ameaçar partir-lhe a câmara.
O sucesso galgou as fronteiras do YouTube e a "portuguese grandmother" é já falada nos mais diversos fóruns e redes sociais. Só no Facebook , tem mais de mil fãs, que deixam inúmeras mensagens a pedir mais vídeos e a dizer o quanto se divertem com a espontaneidade da avó. Espontaneidade essa que se deve, seguramente, ao facto da senhora não ter a mais pequena noção acerca do sítio vão parar as imagens filmadas pelo neto..."
Assim vai o mundo...
quarta-feira, agosto 26, 2009
O mundo dos filmes...
Eu já tinha gostado da versão recente com Jude Law, mas o Alfie original é fantástico! Michael Caine fabuloso...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo da música...
Kevin Eubanks é conhecido pela sua participação nos programas de Jay Leno! Mas é acima de tudo um excelente músico. Aqui estão as provas...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
terça-feira, agosto 25, 2009
O mundo da TV...
Vi hoje o último episódio da primeira série de Mental! Fabuloso.. Fantástico...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
segunda-feira, agosto 24, 2009
O mundo do cinema...
Adoro Tarantino! E fiquei fascinado com esta curta sobre a sua obra. Realizada por brasileiros, conta com Selton Mello e Seu Jorge, que discutem sobre as coincidencias dos filmes tarantianos... A ver, sem dúvida...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
domingo, agosto 23, 2009
O mundo dos filmes...
Estando em casa, tempo de ver filmes! Hoje mais dois...
Streets of Blood é o primeiro filme a abordar New Orleans depois do Katrina! Uma estória sobre a corrupção na polícia. Val Kilmer faz um grande papel e Curtis "50 cent" Jackson mostra-se como um belíssimo actor. Sem dúvida um bom filme...
Thick as Thieves é um filme de ladrões que ganha por ter o inimitável Antonio Banderas e o sempre fabuloso Morgan Freeman...
Assim vai o mundo...
Streets of Blood é o primeiro filme a abordar New Orleans depois do Katrina! Uma estória sobre a corrupção na polícia. Val Kilmer faz um grande papel e Curtis "50 cent" Jackson mostra-se como um belíssimo actor. Sem dúvida um bom filme...
Thick as Thieves é um filme de ladrões que ganha por ter o inimitável Antonio Banderas e o sempre fabuloso Morgan Freeman...
Assim vai o mundo...
sábado, agosto 22, 2009
O mundo português...
O mundo dos filmes...
Notável o filme "A Promessa"! Realizado por Sean Penn, protagonizado por Jack Nicholson, com um óptimo argumento, uma banda sonora deliciosa, e uma pequena aparição fantástica de Benicio del Toro! Perturbante...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo internautico...
Acho que agora domino um pouco melhor o Twitter...
http://twitter.com/chicodelmundo
Assim vai o mundo...
http://twitter.com/chicodelmundo
Assim vai o mundo...
sexta-feira, agosto 21, 2009
O mundo dos filmes...
Um filme que não deixa saudades! Hush pegou numa boa ideia mas perdeu-se pelo caminho. Pena...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo do desporto...
Impressionante! Depois dos 100m, agora os 200m! Ontem vibrei como se fosse um jogo de futebol com este homem... Usain Bolt tira novamente 11 centésimos ao recorde mundial...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quinta-feira, agosto 20, 2009
O mundo dos filmes...
Não é um filme fácil, mas acaba por ser um filme interessante ao acompanhar o início dos anos 80 com o aparecimento da SIDA e a decadência de certas bandas dessa altura! Os Informers...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
quarta-feira, agosto 19, 2009
O mundo dos filmes...
A Ressaca é um filme de rir e chorar por mais! Do princípio ao fim...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
O mundo português...
Não são demais as reportagens e homenagens a Raúl Solnado! Desde a Tabu à Actual, passando por esta belíssima crónica de José Manuel dos Santos...
A sua morte faz-me falar da sua vida e da sua arte. No primeiro "Zip Zip", ele entrevistou Almada Negreiros, e esse foi um dos momentos míticos da televisão. O autor da "Cena do Ódio" e do "Manifesto Anti-Dantas" era um homem com um sentido instintivo do espectáculo e sabia fazer a grande afirmação e a grande negação que provocam, espantam, escandalizam. Fazia-o como quem proclama verdades eternas e mentiras lapidares. Naquele lugar e naquele tempo, isso acendia um fogo alastrador, e os aplausos de uma plateia em êxtase acabavam cada frase que ele atirava. Lembro-me da cara maravilhada dos entrevistadores, Raul Solnado e Carlos Cruz, a conversar com um velho senhor vestido de escuro, que falava de si e do mundo, enquanto Fialho Gouveia mostrava quadros seus, que tinham sido levados ao Teatro Villaret. Aqueles entrevistadores estavam perante Almada como se está em frente de um fenómeno, de um monumento, de um caso, de um prodígio.
Almada Negreiros tinha afirmado, num dia feliz, que "a alegria é a coisa mais séria da vida". Solnado concordava com essa afirmação. O seu humor era feito de inteligência, ousadia e responsabilidade. Quando contava uma história, uma anedota, uma piada, havia uma emoção que dava gravidade à graça. Pode afirmar-se que ele foi um cómico do humanismo e que Herman José é um cómico do pós-humanismo. A passagem de Solnado a Herman foi a de um tempo a outro, como antes tinha sucedido com a de António Silva a Solnado. Sem Solnado não teria havido Herman. Ele sabia-o e fez desse saber uma teoria do humor português. Sempre que falava da sua arte, aquele que pôs o país a rir com a "História da Minha Vida" dizia palavras certeiras, aquelas que o mostravam consciente e perspicaz.
Raul Solnado era uma máquina de fazer rir. Mas não se ficava nesse limite. Foi mais exigente consigo e com o público. Conhecia bem o papel que representava num país triste e num tempo fechado. Quando esse tempo abriu, o seu humor acompanhou-o, tornando-se mais claro. Ele nunca usou a sua popularidade para perder a sua independência e nunca a quis para ameaçar a sua liberdade. Essa astúcia tornava-o quase invulnerável. Na rua, Solnado era o rei dela. Quem com ele se cruzava servia-lhe de eco e de espelho. Dizia as suas tiradas com uma voz que imitava a dele, fazia as suas caretas numa cara que parecia a sua. Aristocrata de um humor que ascendia do povo, a ética de Solnado foi sempre a de não deixar desvirtuar ou contrafazer a sua origem. Nunca quis ser facilmente popular, por isso o foi tanto e de forma tão duradoura. E foi-o porque reflectia sem conceder.
O humorista de "A Guerra de 1908" gostava da vida e do que a torna melhor do que é. Interessava-se por tudo e mesmo pelo nada que há no tudo. Tinha um espírito curioso e sagaz. Ganhou uma cultura que não exibia, mas que usava com acerto e imaginação. Conversar com ele era fazer uma viagem por lugares de reconhecimento e de revelação. Estava quase sempre em "estado de graça". Era vivo, irrequieto e descobridor. Gostava daquilo que nos torna melhores do que somos. Dos grandes e dos pequenos prazeres, por exemplo. Gostava de amar, de conversar, de comer. Conhecia os restaurantes, mas também as tascas e tasquinhas, onde isso pode acontecer bem, sem risco nem ruína. Estar com ele à mesa era fazer do jantar um festim.
Nos últimos anos, encontrei-o muitas vezes amargurado - por ele, pelo país (costumava dizer: "Um gajo para fazer qualquer coisa em Portugal tem de ser muito competente") e pelo mundo. Havia nele uma justa rebelião contra os que vivem de impedir os outros de viver. E contra aqueles que ignoram que o hoje não pode existir sem o ontem e que o ontem é muitas vezes o novo amanhã. Mas o seu interesse pela política, quando achava que valia a pena, era intenso e activo. Isso sucedeu há dois anos, e agora outra vez, ao aceitar ser, com energia e entusiasmo, mandatário sénior de António Costa. Amava muito Lisboa e entristecia-se por ela. Olhava-a com ambição (dizia: "Lisboa é uma cidade do caraças!"). Essa exigência não pode desfazer-se com a sua morte - deve aumentar!
Quando, não há muito, escrevi sobre ele, o Raul telefonou-me e ouvi-lhe palavras de uma graça grata. Prometemos encontrar-nos mais pontualmente. Nos últimos tempos, Solnado dizia a quem o encontrava: "Estou tão em baixo!", acentuando com um gesto a fragilidade do seu corpo. Não morreu de riso! No fim, trocou o riso pela tristeza de estar doente. Mas continuava a achar que a alegria é a coisa mais séria da vida.
Assim vai o Mundo...
A sua morte faz-me falar da sua vida e da sua arte. No primeiro "Zip Zip", ele entrevistou Almada Negreiros, e esse foi um dos momentos míticos da televisão. O autor da "Cena do Ódio" e do "Manifesto Anti-Dantas" era um homem com um sentido instintivo do espectáculo e sabia fazer a grande afirmação e a grande negação que provocam, espantam, escandalizam. Fazia-o como quem proclama verdades eternas e mentiras lapidares. Naquele lugar e naquele tempo, isso acendia um fogo alastrador, e os aplausos de uma plateia em êxtase acabavam cada frase que ele atirava. Lembro-me da cara maravilhada dos entrevistadores, Raul Solnado e Carlos Cruz, a conversar com um velho senhor vestido de escuro, que falava de si e do mundo, enquanto Fialho Gouveia mostrava quadros seus, que tinham sido levados ao Teatro Villaret. Aqueles entrevistadores estavam perante Almada como se está em frente de um fenómeno, de um monumento, de um caso, de um prodígio.
Almada Negreiros tinha afirmado, num dia feliz, que "a alegria é a coisa mais séria da vida". Solnado concordava com essa afirmação. O seu humor era feito de inteligência, ousadia e responsabilidade. Quando contava uma história, uma anedota, uma piada, havia uma emoção que dava gravidade à graça. Pode afirmar-se que ele foi um cómico do humanismo e que Herman José é um cómico do pós-humanismo. A passagem de Solnado a Herman foi a de um tempo a outro, como antes tinha sucedido com a de António Silva a Solnado. Sem Solnado não teria havido Herman. Ele sabia-o e fez desse saber uma teoria do humor português. Sempre que falava da sua arte, aquele que pôs o país a rir com a "História da Minha Vida" dizia palavras certeiras, aquelas que o mostravam consciente e perspicaz.
Raul Solnado era uma máquina de fazer rir. Mas não se ficava nesse limite. Foi mais exigente consigo e com o público. Conhecia bem o papel que representava num país triste e num tempo fechado. Quando esse tempo abriu, o seu humor acompanhou-o, tornando-se mais claro. Ele nunca usou a sua popularidade para perder a sua independência e nunca a quis para ameaçar a sua liberdade. Essa astúcia tornava-o quase invulnerável. Na rua, Solnado era o rei dela. Quem com ele se cruzava servia-lhe de eco e de espelho. Dizia as suas tiradas com uma voz que imitava a dele, fazia as suas caretas numa cara que parecia a sua. Aristocrata de um humor que ascendia do povo, a ética de Solnado foi sempre a de não deixar desvirtuar ou contrafazer a sua origem. Nunca quis ser facilmente popular, por isso o foi tanto e de forma tão duradoura. E foi-o porque reflectia sem conceder.
O humorista de "A Guerra de 1908" gostava da vida e do que a torna melhor do que é. Interessava-se por tudo e mesmo pelo nada que há no tudo. Tinha um espírito curioso e sagaz. Ganhou uma cultura que não exibia, mas que usava com acerto e imaginação. Conversar com ele era fazer uma viagem por lugares de reconhecimento e de revelação. Estava quase sempre em "estado de graça". Era vivo, irrequieto e descobridor. Gostava daquilo que nos torna melhores do que somos. Dos grandes e dos pequenos prazeres, por exemplo. Gostava de amar, de conversar, de comer. Conhecia os restaurantes, mas também as tascas e tasquinhas, onde isso pode acontecer bem, sem risco nem ruína. Estar com ele à mesa era fazer do jantar um festim.
Nos últimos anos, encontrei-o muitas vezes amargurado - por ele, pelo país (costumava dizer: "Um gajo para fazer qualquer coisa em Portugal tem de ser muito competente") e pelo mundo. Havia nele uma justa rebelião contra os que vivem de impedir os outros de viver. E contra aqueles que ignoram que o hoje não pode existir sem o ontem e que o ontem é muitas vezes o novo amanhã. Mas o seu interesse pela política, quando achava que valia a pena, era intenso e activo. Isso sucedeu há dois anos, e agora outra vez, ao aceitar ser, com energia e entusiasmo, mandatário sénior de António Costa. Amava muito Lisboa e entristecia-se por ela. Olhava-a com ambição (dizia: "Lisboa é uma cidade do caraças!"). Essa exigência não pode desfazer-se com a sua morte - deve aumentar!
Quando, não há muito, escrevi sobre ele, o Raul telefonou-me e ouvi-lhe palavras de uma graça grata. Prometemos encontrar-nos mais pontualmente. Nos últimos tempos, Solnado dizia a quem o encontrava: "Estou tão em baixo!", acentuando com um gesto a fragilidade do seu corpo. Não morreu de riso! No fim, trocou o riso pela tristeza de estar doente. Mas continuava a achar que a alegria é a coisa mais séria da vida.
Assim vai o Mundo...
terça-feira, agosto 18, 2009
O Mundo Humanitário...
Arrancou esta semana em Portugal um projecto pioneiro de solidariedade.
A água embalada Earth Water é o único produto no mundo com o selo do
Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), revertendo
os seus lucros a favor do programa de ajuda de água daquela instituição.
A nível nacional, a Earth Water é um projecto que conta com a colaboração
da Tetra Pak, do Continente, da Central Cervejas e Bebidas, da MSTF
Partners, do Grupo GCI e da Fundação Luís Figo.
Com o preço de venda ao público (PVP) de 59 cêntimos, a embalagem de Earth
Water diz no rótulo que «oferece 100% dos seus lucros mundiais ao programa
de ajuda de água da ACNUR», apresentando, mais abaixo, o slogan «A água que
vale água».
Actualmente morrem 6 mil pessoas no mundo por dia por falta de água
potável.Com 4 cêntimos, o ACNUR consegue fornecer água a um refugiado por um dia.
http://earth-water.org/
Assim vai o mundo...
segunda-feira, agosto 17, 2009
O mundo da música...
Peguem numa bela mulher da Guiné Equatorial, façam-na crescer no meio do flamenco e tem o que? Concha Buika, pois claro...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
sábado, agosto 15, 2009
quinta-feira, agosto 13, 2009
O mundo dos jornais...
José Manuel dos Santos, Sábado no Expresso...
"Férias
Levanta-se da cama e não sabe para onde dirigir o olhar. Nos dias em que o sol está mais limpo e mais quente, tem saudades do tempo em que costumava passar férias perto do mar. Não foi há muito, mas é como se fosse há muito. Agora, lembra a casa, a varanda vasta, as divisões com esteiras e móveis claros. Ouve a voz do dono, com quem acabava sempre por fazer um bom negócio: arrendava a casa, durante 15 dias, por um valor que, não sendo baixo, era suportável. Ambos ficavam contentes.
Agora, recorda a viagem, a alegria da chegada (já era noite), o desfazer das malas. Muito cansado, deitava-se. Dormia de um sono único, que acabava com o frio fino da madrugada a cair-lhe no corpo. Puxava o lençol para cima e voltava a dormir. Passadas duas horas, despertava, desta vez já sob o calor do sol nascido. Erguia-se e olhava o mar da janela. Parecia que tinha acordado num mundo novo.
Durante o ano, poupava dinheiro para as férias: aqueles 15 dias valiam-lhe os outros 350. Vê-se a descer a longa escada para a praia. Regressa ao mar e aos repetidos banhos de então. Parece que tem nas mãos os livros que levava para ler. História e biografias: gosta muito de Stefan Zweig (Maria Stuart, Erasmo de Roterdão, Fernão de Magalhães, Fouché, Maria Antonieta). E policiais: Conan Doyle, Agatha Christie, Simenon, Dashiell Hammett, Patricia Highsmith. Adora aquela mistura de crimes reais com crimes imaginários...
À hora do almoço, caminhava para o restaurante e comia peixe grelhado, fresquíssimo. Ele é doido por sardinhas e aproveitava - comia dúzias! Depois, ia a casa dormir a sesta. Ao fim da tarde, regressava à praia, que nessa altura é outra: mais serena, mais leve, mais livre. E os banhos de mar são mais lentos, demoram mais, descansam mais. Às vezes, à saída da água, sentia frio, e era preciso correr para se secar com a toalha.
Lembra tudo isso e recorda o amor dessas noites, o seu som secreto. Vive tudo, de novo: o corpo cobre-se de uma memória de prazer, os olhos acendem-se com o sol desses dias, os ouvidos escutam o barulho do mar enorme, as mãos sentem a areia que sacudiram. Tudo isso está nele, mas não está nele a alegria de tudo isso. Tudo isso é-lhe um paraíso perdido.
Há três anos, a vida começou a correr-lhe mal. No ano passado, piorou. A palavra 'crise' passou a ser-lhe tão próxima como o seu nome. Já não pôde arrendar a casa perto do mar. Nem qualquer outra. Este ano, passa as férias em Lisboa. Não sabe bem o que fazer nestes dias vazios. Às vezes, entra no carro e vai a uma praia da Linha. Outras, à Costa da Caparica. Mas vem de lá mais cansado do que foi. Por isso, promete não voltar. E, se volta, arrepende-se.
Há tardes em que sai de casa e passeia pela cidade. Para disfarçar a mágoa de não ir, para diminuir a humilhação de ficar, diz: "Afinal, Lisboa é fantástica em Agosto!" Olha a cidade como nunca a olhou. Vai ao Rossio, senta-se num banco, engraxa os sapatos. Vê o bazar de cores e de gestos, ouve falar português com muitas variações. Depois, desce a Rua Augusta, passa para a do Ouro, continua na da Prata e espreita os saldos. Faz contas, resiste à tentação. Um dia, cede e compra uma camisa barata, mas, mesmo assim, arrepende-se! Passa duas, três, quatro horas nisto.
Ao fim da tarde, volta ao Rossio, senta-se na esplanada de um café e olha à volta para se distrair - de si, das preocupações, do cansaço, da ansiedade.
Tem agora muito menos dinheiro do que já teve. Ao princípio, isso atacava-o como uma doença. Sentia-se mal, porque, para ele, o dinheiro servia sobretudo para comprar conforto e comodidade. Isso é o que mais aprecia, o que lhe faz mais falta. Agora, tenta habituar-se à escassez, à incerteza, à aflição. Pensa nos outros que as têm ainda maiores. Olha os pedintes, os cauteleiros, os vagabundos. Olha aqueles que vendem coisas aos turistas. E aqueles que passam encolhidos, envergonhados, tímidos. Sente-se irmão deles. Pensa no passado - ainda tão próximo e já tão distante. Não sabe se pode ter esperança. Olha os cartazes da política e divide-se entre a indiferença e a vontade de fazer uma revolução.
Tem saudades do mar à porta. De olhar, da janela, o vaivém das ondas e de se deixar ir nele. Era um privilégio que custará a repetir-se. Agora, anda pela cidade, como se andasse sobre um mar de pedra, baixo, duro, triste. O tempo pesa-lhe. Ao contrário daqueles 15 dias de praia, que passavam tão depressa, estes nunca mais passam. O sol da cidade é sujo e hostil. Ele tem saudades de sentir um sol limpo no corpo. Levanta-se da esplanada e anda com dificuldade, como se coxeasse. Vai para a paragem, espera, apanha um autocarro. Da janela, vê as pessoas que, como ele, ficaram na cidade, a andar, a vaguear. E parece-lhe que o mundo se tornou um outro mundo, aquele de onde até os fantasmas fogem."
Assim vai o mundo...
"Férias
Levanta-se da cama e não sabe para onde dirigir o olhar. Nos dias em que o sol está mais limpo e mais quente, tem saudades do tempo em que costumava passar férias perto do mar. Não foi há muito, mas é como se fosse há muito. Agora, lembra a casa, a varanda vasta, as divisões com esteiras e móveis claros. Ouve a voz do dono, com quem acabava sempre por fazer um bom negócio: arrendava a casa, durante 15 dias, por um valor que, não sendo baixo, era suportável. Ambos ficavam contentes.
Agora, recorda a viagem, a alegria da chegada (já era noite), o desfazer das malas. Muito cansado, deitava-se. Dormia de um sono único, que acabava com o frio fino da madrugada a cair-lhe no corpo. Puxava o lençol para cima e voltava a dormir. Passadas duas horas, despertava, desta vez já sob o calor do sol nascido. Erguia-se e olhava o mar da janela. Parecia que tinha acordado num mundo novo.
Durante o ano, poupava dinheiro para as férias: aqueles 15 dias valiam-lhe os outros 350. Vê-se a descer a longa escada para a praia. Regressa ao mar e aos repetidos banhos de então. Parece que tem nas mãos os livros que levava para ler. História e biografias: gosta muito de Stefan Zweig (Maria Stuart, Erasmo de Roterdão, Fernão de Magalhães, Fouché, Maria Antonieta). E policiais: Conan Doyle, Agatha Christie, Simenon, Dashiell Hammett, Patricia Highsmith. Adora aquela mistura de crimes reais com crimes imaginários...
À hora do almoço, caminhava para o restaurante e comia peixe grelhado, fresquíssimo. Ele é doido por sardinhas e aproveitava - comia dúzias! Depois, ia a casa dormir a sesta. Ao fim da tarde, regressava à praia, que nessa altura é outra: mais serena, mais leve, mais livre. E os banhos de mar são mais lentos, demoram mais, descansam mais. Às vezes, à saída da água, sentia frio, e era preciso correr para se secar com a toalha.
Lembra tudo isso e recorda o amor dessas noites, o seu som secreto. Vive tudo, de novo: o corpo cobre-se de uma memória de prazer, os olhos acendem-se com o sol desses dias, os ouvidos escutam o barulho do mar enorme, as mãos sentem a areia que sacudiram. Tudo isso está nele, mas não está nele a alegria de tudo isso. Tudo isso é-lhe um paraíso perdido.
Há três anos, a vida começou a correr-lhe mal. No ano passado, piorou. A palavra 'crise' passou a ser-lhe tão próxima como o seu nome. Já não pôde arrendar a casa perto do mar. Nem qualquer outra. Este ano, passa as férias em Lisboa. Não sabe bem o que fazer nestes dias vazios. Às vezes, entra no carro e vai a uma praia da Linha. Outras, à Costa da Caparica. Mas vem de lá mais cansado do que foi. Por isso, promete não voltar. E, se volta, arrepende-se.
Há tardes em que sai de casa e passeia pela cidade. Para disfarçar a mágoa de não ir, para diminuir a humilhação de ficar, diz: "Afinal, Lisboa é fantástica em Agosto!" Olha a cidade como nunca a olhou. Vai ao Rossio, senta-se num banco, engraxa os sapatos. Vê o bazar de cores e de gestos, ouve falar português com muitas variações. Depois, desce a Rua Augusta, passa para a do Ouro, continua na da Prata e espreita os saldos. Faz contas, resiste à tentação. Um dia, cede e compra uma camisa barata, mas, mesmo assim, arrepende-se! Passa duas, três, quatro horas nisto.
Ao fim da tarde, volta ao Rossio, senta-se na esplanada de um café e olha à volta para se distrair - de si, das preocupações, do cansaço, da ansiedade.
Tem agora muito menos dinheiro do que já teve. Ao princípio, isso atacava-o como uma doença. Sentia-se mal, porque, para ele, o dinheiro servia sobretudo para comprar conforto e comodidade. Isso é o que mais aprecia, o que lhe faz mais falta. Agora, tenta habituar-se à escassez, à incerteza, à aflição. Pensa nos outros que as têm ainda maiores. Olha os pedintes, os cauteleiros, os vagabundos. Olha aqueles que vendem coisas aos turistas. E aqueles que passam encolhidos, envergonhados, tímidos. Sente-se irmão deles. Pensa no passado - ainda tão próximo e já tão distante. Não sabe se pode ter esperança. Olha os cartazes da política e divide-se entre a indiferença e a vontade de fazer uma revolução.
Tem saudades do mar à porta. De olhar, da janela, o vaivém das ondas e de se deixar ir nele. Era um privilégio que custará a repetir-se. Agora, anda pela cidade, como se andasse sobre um mar de pedra, baixo, duro, triste. O tempo pesa-lhe. Ao contrário daqueles 15 dias de praia, que passavam tão depressa, estes nunca mais passam. O sol da cidade é sujo e hostil. Ele tem saudades de sentir um sol limpo no corpo. Levanta-se da esplanada e anda com dificuldade, como se coxeasse. Vai para a paragem, espera, apanha um autocarro. Da janela, vê as pessoas que, como ele, ficaram na cidade, a andar, a vaguear. E parece-lhe que o mundo se tornou um outro mundo, aquele de onde até os fantasmas fogem."
Assim vai o mundo...
quarta-feira, agosto 12, 2009
O Mundo no Sudoeste...
O Sudoeste! Primeira vez! Muito bom! Brutal mesmo! Dizem-me que esteve menos gente que o costume, mas eu acho que estiveram as pessoas suficientes para haver um convivio fantástico.
Eu e dois amigos na maior tenda do acampamento. Um T3 com uma área abusiva! Toda a gente que passava comentava que parecia uma casa, um palácio, a mansão do Cristiano Ronaldo e até uma cidade! Em termos de dormir e comer estivemos muito bem instalados.
O espírito do festival é de amena cavaqueira. Toda a gente pega uns com os outros. Tirando alguns stresses desnecessários, é tudo muito zen, muito tranquilo! Como este talento perdido no meio do acampamento...
Nós chegamos no domingo, bem antes dos concertos e pudemos apreciar o lado mais social! Muito convívio, muita praia, muita loucura. Aproveito para vos mostrar como será o novo equipamento do FCP com o seu novo reforço...
Depois os concertos! Vamos por dias...
- Na Quarta-feira, David Guetta deu as boas-vindas aos festivaleiros com um grande set...
- Na Quinta-Feira, Buraka deu um concerto electrizante! Mais de 30000 pessoas vibraram ao som deles. Querem um exemplo?
No Palco Positive Vibes (mais do reggae) Anthony B deu um belo concerto. Aliás, vão reparar que falarei muito deste palco...
- Na Sexta, o dia que muitas pessoas tinham dúvidas. Pois bem, foi uma grandiosa noite. Carlinhos Brown deu um grande concerto e teve o azar de tocar muito cedo. Mas ele não sabe cantar mal.
A seguir o concerto poderoso de MadCon... Aqui com o tema mais conhecido...
A seguir, para mim, o concerto do Sudoeste! Muitas pessoas punham em dúvida Mariza. "Ouvir Fado no Sudoeste???" ou "Ela não vai conseguir puxar pelo público!" Pois bem, vejam e ouçam o crescendo da adesão do público até a apoteose brutal da versão de Skunk Anasie...
Deolinda entraram muito bem no espírito e deram um concerto muito alegre...
Shaggy foi fantástico no seu reggae contagiante...
E para terminar este dia a grande desilusão do Sudoeste para mim! Não escondo que Zero 7 era uma das bandas que mais queria ver. E fiquei de rastos! Aliás abandonei o concerto a meio. Muito pouco entusiasmantes e com poucos temas emblemáticos. Fica aqui um dos melhores momentos...
- No sábado, o dia Rock! Blind Zero muito seguros e é claro o muito saudado regresso dos Faith No More... Mike Patton é louco de pedra...
No palco reggae, os Mad Caddies e o filho de Bob Marley, Kymani Marley deram show...
- No último dia, Marcelo D2 num concerto muito bom...
Basement Jaxx foram aquilo que são sempre... Fabulosos e com mais de 40 temas num concerto incrível...
E o fim do Festival para mim com os legendários embaixadores do Reggae, os Third World! (a qualidade de imagens do concerto deles não era boa, por isso deixo só os temas)
E para o fecho a loucura dos Pow Pow Movement...
Foram dias memoráveis cheio de episódios que davam grandes estórias. Mas fiz um pacto com os amigos que "What happens in Sudoeste, stays in Sudoeste"!
Assim foi o Mundo...
Eu e dois amigos na maior tenda do acampamento. Um T3 com uma área abusiva! Toda a gente que passava comentava que parecia uma casa, um palácio, a mansão do Cristiano Ronaldo e até uma cidade! Em termos de dormir e comer estivemos muito bem instalados.
O espírito do festival é de amena cavaqueira. Toda a gente pega uns com os outros. Tirando alguns stresses desnecessários, é tudo muito zen, muito tranquilo! Como este talento perdido no meio do acampamento...
Nós chegamos no domingo, bem antes dos concertos e pudemos apreciar o lado mais social! Muito convívio, muita praia, muita loucura. Aproveito para vos mostrar como será o novo equipamento do FCP com o seu novo reforço...
Depois os concertos! Vamos por dias...
- Na Quarta-feira, David Guetta deu as boas-vindas aos festivaleiros com um grande set...
- Na Quinta-Feira, Buraka deu um concerto electrizante! Mais de 30000 pessoas vibraram ao som deles. Querem um exemplo?
No Palco Positive Vibes (mais do reggae) Anthony B deu um belo concerto. Aliás, vão reparar que falarei muito deste palco...
- Na Sexta, o dia que muitas pessoas tinham dúvidas. Pois bem, foi uma grandiosa noite. Carlinhos Brown deu um grande concerto e teve o azar de tocar muito cedo. Mas ele não sabe cantar mal.
A seguir o concerto poderoso de MadCon... Aqui com o tema mais conhecido...
A seguir, para mim, o concerto do Sudoeste! Muitas pessoas punham em dúvida Mariza. "Ouvir Fado no Sudoeste???" ou "Ela não vai conseguir puxar pelo público!" Pois bem, vejam e ouçam o crescendo da adesão do público até a apoteose brutal da versão de Skunk Anasie...
Deolinda entraram muito bem no espírito e deram um concerto muito alegre...
Shaggy foi fantástico no seu reggae contagiante...
E para terminar este dia a grande desilusão do Sudoeste para mim! Não escondo que Zero 7 era uma das bandas que mais queria ver. E fiquei de rastos! Aliás abandonei o concerto a meio. Muito pouco entusiasmantes e com poucos temas emblemáticos. Fica aqui um dos melhores momentos...
- No sábado, o dia Rock! Blind Zero muito seguros e é claro o muito saudado regresso dos Faith No More... Mike Patton é louco de pedra...
No palco reggae, os Mad Caddies e o filho de Bob Marley, Kymani Marley deram show...
- No último dia, Marcelo D2 num concerto muito bom...
Basement Jaxx foram aquilo que são sempre... Fabulosos e com mais de 40 temas num concerto incrível...
E o fim do Festival para mim com os legendários embaixadores do Reggae, os Third World! (a qualidade de imagens do concerto deles não era boa, por isso deixo só os temas)
E para o fecho a loucura dos Pow Pow Movement...
Foram dias memoráveis cheio de episódios que davam grandes estórias. Mas fiz um pacto com os amigos que "What happens in Sudoeste, stays in Sudoeste"!
Assim foi o Mundo...
segunda-feira, agosto 10, 2009
O mundo português...
sábado, agosto 01, 2009
O mundo privado...
Inicio hoje a viagem para sul que me levará ao festival do Sudoeste! Até daqui a 10 dias... Voltarei...
Assim vai o mundo...
Assim vai o mundo...
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