Este post exige resposta da menina Wakewinha, da menina Lima, da menina Luna e da menina Woochi... Pode ser nos comments ou num post próprio!
Ficando desde início que acho a traição errada, não só o acto, mas também a vontade em si, quero dar aqui a minha perspectiva de "gajo" sobre algumas coisas...
Dizem que os homens traem mais que as mulheres! Sabe-se, no entanto, e cada vez mais que isto não é verdade. A realidade é que normalmente se descobre a traição dos homens e não a das mulheres. Porque nós, homens, somos mais burros, e vocês, mulheres, mais espertas? Talvez...:) Mas como esta resposta é pouco polémica, vou arriscar mais... A verdadeira razão é porque, 99% dos casos, nós vos traímos com outra mulher e vocês com outro homem. Ou seja, se nós vos traíssemos com outro homem, vocês nunca iriam descobrir. Porquê? Inúmeros motivos! Primeiro, se vocês nos trairem com um homem e a certa altura decidirem acabar com o adultério, o "outro" pode perguntar as razões mas ao fim de uns dias parte para outra... Se formos nós a trair-vos com outra mulher, temos um berbicacho! É que, a tese de sermos burros não cola, normalmente a "outra" só aceita ser "outra" até certo ponto. Não me parece que uma "amante feminina" se contente apenas com a parte física da relação, como faz o "amante masculino", e a médio/longo prazo exigirá mais sentimento (mais "Amo-te" que "Desejo-te") e isso implicará duas coisas: que nós deixemos a "legítima", fiquemos com a "ilegítima" mas nunca será a mesma relação proibida; ou que nós escolhamos a "legítima", a amante não aceita e a "legítima" irá saber «a peça que tem em casa»... Seja como simples vingança ("Se eu não o tenho, ela também não o terá!") ou como forma de o conquistar ("Se a mulher descobrir, vai-se embora, e eu fico com ele!"), a estratégia não resulta, porque não gostamos de jogos destes. Por tudo isto, é fácil começar , mas impossível acabar. É só lembrar o filme Atracção Fatal e em contraposição o Infiel. No primeiro,a escorregadela do Michael Douglas, e ele até tinha uma vida perfeita, acaba com uma Glenn Close a tentar matar toda a gente, sobretudo o amante. No segundo, Richard Gere descobre o amante da sua mulher, mata-o (ou seja, marido mata o amante, o que já é diferente), mas continua a viver com a mulher. Podemos dizer que o alvo da fúria é o outro homem e o alvo da mágoa/traição é da mulher.
Por isso, costumo dizer que a deslealdade é pior que a infidelidade. A traição por pensamento até poderá existir (naquela vertente do "como seria"), mas a vontade já é outra coisa (a vertente do "como será")! Até por outra diferença significativa entre homens e mulheres: a questão da intimidade. Normalmente, numa relação normal, é diferente se um homem tiver uma certa intimidade com amigas do que uma mulher com amigos. Ponho isto mais simples! O homem sabe que não há problema com a sua mulher abraçar, sentar no colo, chamar "lindo" ou "querido" a um amigo, porque por muita vontade que o amigo tenha em ter alguma coisa com ela, a vontade dela impera. No caso da mulher, se ela vir o seu homem abraçar, ter sentada no colo, chamar "linda" ou "querida" a uma amiga, pode haver problema porque ela não sabe a intenção da outra mulher e não confia na vontade própria do seu homem. É a eterna questão, não totalmente errada mas não totalmente certa, do homem ser uma "criança" e a mulher uma eterna "mãe"! As mulheres gostam de manter a "trela" curta, porque não confiam na cabeça do homem. Salvando os exageros das pessoas possessivas (e essas pessoas tem muita sorte em encontrar quem as ature), as mulheres são mais controladoras que os homens. Não, sem uma certa razão...
Tenho falado em geral, homens e mulheres, porque me cabe representar um lado, mas se tiver de me centrar em mim, o caso complica justamente porque simplifica! Explico... Creio já ter dito que traí e fui traído. Ao trair aprendi que a lógica da traição é enganadora porque significa, em princípio, que não se está satisfeito com na relação (e por isto, admito ter passado uma fase em que bloqueava qualquer tipo de relação que fosse para além da "amizade colorida"); e ao ter sido traído aprendi que não se pode controlar nunca a vontade ou acção da outra pessoa! Assim, não importa ter ciúmes enquanto efeito de controlo. Se a outra pessoa me quiser trair, não posso ser eu a fazer nada. Não resultará fúria nem perdão, apenas quebra de confiança e, no meu caso, de interesse na relação...
Se há alguma coisa a fazer nos casos de traição, é um assunto que falarei depois!
Estou à espera de ser contrariado, contestado, criticado, mas sobretudo comentado...
Assim pensa o Mundo...
domingo, julho 02, 2006
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10 comentários:
Primeiro que tudo.. é verdade as mulheres são mt melhores traidoras que os homens, não só por aquilo que disseste, mas também pela maioria das vezes os outros não estarem à espera e portanto nunca somos confrontadas(e sim as mulheres mentem muito melhor).
Segundo traiçao a sério no pensamento, para além de uma simples fantasia, já é mau o suficiente porque significa perigo na relação, insatisfação, procura de algo mais.
Por ultimo queria ver-me sentar no colo de um amigo e chamar-lhe querido :)
eh, eh, eh...ora aqui está um tema sobre o qual, a maioria das mulheres discorda de mim.Não sou ciumenta, acho que o sentimento que já senti e que mais se lhe aproxima, é o despeito.Acho que o ciúme não tem razão de ser, quando se ama alguém deve dar-se toda a liberdade para que essa pessoa "cresça" feliz, que esteja junto de nós por vontade própria e não, por algum constrangimento obrigacional.Sei perfeitamente que se o meu marido se sentar ao colo de uma mulher, é porque ele quer e porque ela deixa, logo: se ele puder, faz-lhe "a folha" e se for "boa", parvo é se não aproveitar...
eis um assunto complicado. não admito que se diga que se traíu por falta de compreensão, por falta de atenção, por falta de carinho. se há tantas faltas, toca a andar para a frente, que atrás vem gente. quem pensa em trair, não merece estar numa relação. nada se faz impunemente. e as mulheres escondem melhor? talvez, mas eu sou meia ingénua nessas coisas e penso que se se quiser ver as coisas, os sinais estarão lá.
e não quero falar mais, não gosto do tema.
bem... isto sou eu a falar.
Woochi: Gostei da resposta, se bem que como gajo assusta-me essa das mulheres mentirem bem...:) Ah, sabes que confio em ti, fofinha...
Iva: So depois de lançar o desafio, vi a bela entrada que teve neste blog, mas ainda bem que pegou nele...:D A Iva é um bocado como eu, talvez seja por sermos sagitarios... Ahahahhaha:) Somos doidos....
Lima: Realmente não vejo a menina muito à vontade neste tema... Mas estamos a falar abstractamente, nada de casos especificos...:D Mas concordo que normalmente os sinais estão lá...:)
Beijos às três
Existem vários tipos de relações "legítimas" e raramente, sobretudo ao fim de alguns anos, eles dão uma sensação de plenitude. Mas duas pessoas podem permanecer juntas pelas mais variadas razões, e todas essas razões podem ser válidas. Pode não haver sexo, não haver diálogo, não haver partilha de sonhos, etc. e mesmo assim, fazer sentido para aquelas pessoas permanecerem juntas. O que mantém a maior parte dos casais unidos é um segredo que resulta de uma conjugação de necessidades e de fragilidades, de um amontoado de conhecimentos um-do-outro, de pequenas complementaridades que dão força, de um respeito profundo (que às vezes se esconde), de ternura, e depois, com sorte e sapiência, de laços de paixão. Falo de relações duradouras.
Como raramente há plenitude, quando a tentação aparece, às vezes, homens ou mulheres, optam por não resistir. Não julgo comportamentos. Mas avalio atitudes. E há uma regra que me parece de oiro: e que passa por nunca perder o respeito por ninguém, ou seja, por entender o outro/a como parceiro, sempre. O outro é o/a legitimo/a e o/a amante. As relações devem encarar-se de igual para igual.
Às vezes, esses novos envolvimentos apuram decisões: no sentido de romper ou no sentido de melhorar a relação "original". Às vezes, esses novos envolvimentos "não se desenvolvem", acabam e não significam nada (ou quase nada). Acho que o mais difícil é viver esse estado de agitação sem cometer erros irremediáveis. Mas o erro pode não ser trair (no sentido básico do termo). O erro pode ser não ter coragem para assumir a nova relação. Ou não saber gerir a tensão e magoar desnecessariamente alguém. Ou dizer a verdade.
Há sempre um limite em todos os nossos comportamentos. Um limite que temos de descobrir. Entre o que nos faz bem e o que nos faz mal. Entre o que podemos arriscar e não podemos, por nós, pelo outro, e pelos filhos (quando existem).
"Trair" em si quer dizer pouco para mim. É preciso ver como se trai.
Porque é inevitável desejar outras pessoas. Repito: estou a falar de uma vida. Seria mesmo triste se não nos apaixonássemos ou não desejássemos mais do que um ser! (não é inevitável ter sexo com)
Desejar exclusividade é natural e muito humano, exigir é tontice.
Se as mulheres mais que os homens ou vice-versa..., é claro que são mais eles a ser infieis. Nós ainda temos uma relação muito defensiva em relação à partilha de intimidade. Mas isso está a mudar. E quem mente melhor? Não acho que dependa do género. Depende de como o casal se vê e de como nos vemos (ie, uma questão de personalidade).
Olha, não achas melhor eu calar-me?
:))
Uma coisa é certa, prefiro falar sobre o assunto que passar por essa situação.
Seduzir de forma compulsiva é uma doença. Sei que isto não se diz mas é o que penso. Há sempre um mal psicológico profundo quando isso acontece. Quando se trata desses casos, é diferente.
Cara Diva, nem pensar em manda-la calar... E fico contente que tenha vindo a este desafio... Gostei muito da opinião e gostei imenso desta frase "Desejar exclusividade é natural e muito humano, exigir é tontice."....
Beijo
Menino francisco....pois so agora vi este desafio....e tu és fod***...me aguarda!
ahahahhah, menina Luna, só porque pego com as meninas???:D Gosto de espicaçar as opiniões...:D
Que tema triste, só de pensar começo a chorar :P lol o melhor é começarem a pensar num detector de mentiras, ou melhor de verdade, para saber afinal o que é se passa na cabeça destes traidores de meia tigela.. :P ("Não se brinca com coisas sérias" já dizia a minha avó)
Pela minha curta experiencia de vida, traição só acontece quando: não se gosta o suficiente do/a namorado/a, ou se gosta demais de diversão; ou ainda, que penso ser o que acontece na maioria dos casos, que é quando a relação não está numa fase estável e nem se faz nada para a alterar! Homens ou mulheres isso não interessa nada.. Eles são mais da segunda hipótese (diversão), nós mulheres, enquanto seres mais complexos (lol) temos que nos sentir completas a esse nível ou caso contrário "a coisa dá p'ró torto"!
A conversar é que a gente se entende, principalmente quando se é sincero! Acho que não preciso dizer mais nada...
P.S: adorei o teu blog, fantástico :) ganda xico :P
Pipas, bela resposta...:)Essa do conversar, concordo, mas normalmente já é depois do caldo entornado...:P
Beijo
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