terça-feira, agosto 22, 2006

O mundo dos filmes...

Fui ver este Miami Vice, a ver o que tinha se tinha alguma coisa a ver com este Miami Vice... Não tem! Começando pelas paisagens, a Miami de agora tem muito pouco ou nada com Miami dos anos 80... Faltam os flamingos, a luz do sol, os mafiosos pintarolas... Agora é tudo escuro, tudo mais sofisticado, até os carros... Salva-se as imagens de Cuba, com os seus palacetes, carros antigos, cantores fabulosos e mojitos apetecíveis... No que toca aos actores, podia ser muito melhor! Colin Farrell já fez bons papéis, mas aqui falta-lhe a pinta original do Don Johnson. É que aquele cabelo e bigode faz-lhe mais parecer um chulo que um detective. E não convence enquanto playboy abatido que o Don Johnson fazia muito bem... Quanto a Jamie Foxx, está melhor que o parceiro, a personagem de Rico Tubbs ganha alguma força ( a mesma que Crockett perde), mas falta-lhe uma certa elegância que Philip Michael Thomas (não fez mais nada na vida, e agora está nas televendas) tinha por natureza... As cenas de acção são boas mas não trazem nada de especial! Gostei particularmente de duas coisas: da nossa Ana Cristina Oliveira a dizer que se chama Rita e que é de Lisboa (até que enfim que há personagens portugueses num filme norte-americano); e da banda sonora, sobretudo na sequencia de entrada com a música Numb que postei há uns dias e a Sinnerman (não a versão original da Nina Simone mas a versão do Felix da House Cat)....

Assim vai o mundo...

7 comentários:

ivamarle disse...

a tua cultura cinéfila não pára de me surpreender; gostas realmente de filmes e ainda bem. Eu tenho poucas oportunidades de ter companhia para o cinema, há tempos optei por ir sozinha pela 1ª vez e fui ver a Idade do Gelo II e adorei.Acho que vou começar a ir (embora ache os bilhetes caríssimos)em vez de ficar a ver televisão; mas esse é um dos que não escolheria...

Francisco del Mundo disse...

Gosto muito de cinema e tenho pena de não ir mais... A Idade do Gelo é demais... Os bilhetes, tens de ir a segunda que é mais barato..:)
Quanto ao filme, eu gostava da série, e por isso queria ver como estava o filme...
Beijo

Anónimo disse...

Os Vícios de Miami.

Bom dia , boa tarde ou boa noite...Não consigo deixar de discordar na totalidade nas observações efectuadas. Do meu ponto de vista, a série televisa e o filme não são comparáveis. Em termos cinematográficos, não existe filme,com os parâmetros do Miami Vive, com sucesso que o consiga.
Mas comecemos pelo filme: a estrutura está muito bem conseguida com um ritmo bastante próprio, sem altos e baixos, conseguindo manter sempre a atenção do espectador. Derivado essencialmente da boa história geral do filme assim como  a de cada uma das personagens. A dupla Farrel/Fox está muito bem encaixando as persongens na perfeição. se por lado Collin Farrel dá um tom mais rebelde, impulsivo, quente, independente e arrojado, já Jamie Fox dá uma personagem mais realista, contida, sensível. Pode-se mesmo dizer, que existe uma relação entre o bem e o mal nas duas peronagens. Se Sonny encaminha-se para passar a linha do inimigo, já Rico teima em permancer no lado dos bons. No entanto, dada a caractristica de um brigada de costumes que se alimenta de agente infiltrado, as personagens são postas à prova e cada uma dela vê-se obrigada a experimentar os 2 lados. Exemplo:
Apesar da paixão, Sonny não deixa de assumir a sua verdadeira identidade de policia e está lá para defender os colegas. Pode contrapor-se que no final ele liberta a amante, mas a cena seguinte é de entrar no hospital e dar o apoio à equipa e ao companheiro. Já Rico, apesar da pergunta que fez Sonny que decisão tomaria, assume o papel que de forma alguma estaria disposto a trair os colegas e a  força policial. Era uma questão de principio, de moral e legalidade, no entanto, quando é a namorada que é afectada, não hesita na cabana abater a sangue frio, na cabeça, o raptor que , deitado, de costas, tentava chegar a uma arma. Será que a acção tomada por Rico era a única possível? Bastante discutivel.
Vamos a pintas...e bigodes...se Sonny parece um chulo, ainda bem que o parece....ou não trabalhasse ele na Brigada de Costumes de Miami, (daí o nome Miami Vice - nome do departamento da polícia) drogas, prostituição e agente infiltrado tem mesmo que ser o mais convicente possível, tem que ser o mais chulo possível, mas como é Miami, tem que o ser com estilo. Collin Farrel Não pretende ser comparado com Don Johnson e quem o queria ser? O actor quer dar o seu toque pessoal à personagem e assumir a personagem como dele, não quer ser outro actor que, por sua vez é outra personagem. Sonny está actualizado e ao mesmo tempo na vanguarda, mas neste ponto suspeito mais por culpa de Michael Mann, cujo concerteza o bigode foi imposição sua ou dica.
 Comparar Jamie Fox e Philip Michael Thomas é um erro de palmatória. Fox é um actor em ascensão com Óscar ganho. Se  Philip Michael Thomas andava a reboque de Don Johnson, aqui de forma alguma isso acontece. Nem sequer tenta dar pinta, ou arriscava-se a andar pelas televendas! Rico é personagem independente, com história própria e que encaixa na história do parceiro e na trama do filme.
Quanto à estética do filme, lamento, mas desconhece a vida de Miami, mas para isso há remédio. Aconselho a ver um documentário do jornalista da BBC, Clive James, fez aquando da sua estadia em Miami e esteja atento à sua última frase de Miami...uma nova perspectiva-se abater-se-á! Não comento outras que existam, mas a do crime, nesse documentário é muito evidente, principalmente no que acontece à noite. Claro que pode contrapor que não estamos a falar da Balada de Nova Iorque, Miami Vice, a série era filmada quase sempre de dia, daí os rosa dos flamingos estar á vista de todos, pena que ficasses pelo genérico, que também não se via a quantidade de insectos monstruosos e aberrantes que existem naquelas zonas pantanosas e húmidas.
Mas já que falas de um ambiente mais escuro, concerteza perdeste os episódios, através de amnésia provocada por acidente assumiu a personagem de Sonny Crockett, o mau da fita, o traficante, o assassino profissional, o chulo, a persinagem infiltrada, o alter-ego...até lhe chegaram a pedir que assassinasse o Rico e assim o fez, friamente, valeu que o companheiro tinha colete à prova de bala...
E achas mesmo que o Ferrari Testarossa branco, nos anos 90, seja mais sofisticado que um Ferrari descapotável em 2006? Mais uma comparação incomparável. Para não ir ao inicio da série, em que Sonny e Rico andavam de descapotavel, cujo modelo, sinceramente não sei.
Lamento também esse portuguesismo, lá pq uma modelo de gosto duvidoso se chama Rita e diz Lisboa, com sotaque portugues, numa cena de 5 segundos, não é motivo para festejos. Mais uma vez a tua memória falha, ou mais uma vez seja por desconhecimento ou falta de sentido crítico credível, mas preferi Joaquim De Almeida, por 50 minutos, num episódio, a fazer de mau da fita!!Até me assutei a pensar que numa perseguição numa auto-estrada tivesse deixado o Ferrari (branco), com marca de bala...ufa ...mas o Sonny tb se assustou!
O teu lamentável, "bom", sentido crítico falha também numa personagem, esta sim comparável. A do chefe, a do capitão. Tanto na série, deste lembro-me do nome, Edward James Olmos, (com bigode) e o do filme, cujo nome não me lembro, tem uma postura objectiva, confiante, madura, delimiatdora da lei, protectora, justo e racional. Conseguem dar um feito de personagem âncora, sobre qual as outras personagem estão sempre protegidas e com a qual podem confiar.No argumento é ele que o caminho e o rumo a tomar. è ele quem toma a decisão que a missão continua dps de ouvidas todas as partes Para finalizar, as cenas de acção são muito boas e tentam ser o mais reais possíveis. O suporte digital pelo qual o Michael Mann se apaixonou e já tinha usado pela primeira vez em Colateral, permite fazer um upgrade à acção de um suporte de película, para isso podes comparar com Miami Heat, também de Michael Mann com Al Pacino, Robert DeNiro e Val Kilmer e ver  as diferenças e a actualização. Dando a sensação que é uma câmara ao ombro que acompanha um momento real que está acontecer naquele momento. Tem por outro lado um efeito mais metálico e acinzentado na fotografia, esse sim que pode ser ao gosto de cada um.

Julgo que sejas um cinéfilo de ter por casa, mais estilo de dvd. Não discuto a liberdade de opinião, ou a liberdade na forma como demonstras a opinião. Crítico a forma vaga, sem suporte, sem justificação credível, sem conhecimento, tentando, com umas quantas frase feitas, de ouvido casual enquanto fazes o zaping na tv e por coincidência, estará o Pedro Tendinha a comentar filmes, mas pelo que me parece... és mais como ouvinte indiscreto de conversas de autocarro, perdão, de Blockbuster.

Anónimo disse...

um blog é pessoal e portanto implica uma opinião pessoal e não para as pessoas que o leêm seguirem as regras as suas opiniôes. Mania de implicarem com os autores. Quando eu não gosto de um livro não o leio.. E já agora enho afirmar aqui que odeio roxo!!!!!!!!!! Quem adorar roxo faça favor de me apedrejar.
E já agora apedrejem-me também pela minha pobre escrita :)

Anónimo disse...

*seguirem à regra...
é o que dá ser apressada :)

Francisco del Mundo disse...

Assino por baixo, Woochi! Também não gosto do roxo, já agora...:D
Ah, não é preciso pressa, o blog não foge..:D
Baci

Francisco del Mundo disse...

Caro Daniel, muito obrigado pela maneira subtil de chamar burro... Dou-lhe razão numa coisa apenas: sou um cinéfilo de trazer por casa! Porque para ser cinéfilo tem de se estudar para isso, e eu tirei Relações Internacionais e Diplomacia. Já agora aproveito para dizer que este blog não tem intenção de ser um supra sumo de cinema. É feito para pessoas como eu que tanto podem ver um Miami Vice como um Mediterrâneo (com a sua cultura cinéfila, calculo que sabe qual é), e a quem um comentário (embora tecnicamente perfeito) como o seu seria extremamente aborrecido! Se tenho uma coisa de bom é que sei escutar as opiniões dos outros (por isso li a sua atentamente e dou razão em vários pontos), mas tenho uma coisa de mal que é ter uma opinião própria. Assim, não vou pelos autocarros e nem sequer pelos críticos dos jornais! Vou pelo meu gosto, como gosto que façam com a minha escrita.
No que toca à sua análise de filme e personagens, entendi bem o seu ponto de vista, mas não vou comentar nada porque denotei arrogância e superioridade, e quando assim dispenso...
Já agora, porque não um blog de cinema escrito por si? Estou em crer que eu e muitos outros habitantes da blogosfera aprenderiam, aceitariam e criticariam as suas análises...

PS- Há uns dias fui acusado de criticar Portugal, e agora acusa-me de portuguesismo! Ora bem, eu fiquei contente com um facto: ela ter falado português! Recorde-me porque realmente não me lembro: o Joaquim falava português? Ou fazia de latino-americano, como ela tanto detesta?