terça-feira, outubro 11, 2005

A morte de um professor...

Soube hoje com um atraso indesculpável que morreu o Embaixador Calvet de Magalhães... Foi um magnífico representante de Portugal, um belo professor e o autor de óptimos livros de diplomacia, que toda a gente deveria ler. Fica aqui o texto que me deu a noticia (no site da Associação Sindical dos Diplomatas Portugueses) e também o texto de homenagem de outro belo diplomata, Embaixador Leonardo Mathias...

"Faleceu em Lisboa no dia 13 de Dezembro de 2004, com 89 anos de idade, o Embaixador José Calvet de Magalhães. É uma das figuras de maior prestígio da carreira e uma referência para as gerações mais novas de diplomatas. Teve uma carreira variada e foi Secretário-geral do Ministério dos Negócios Estrangeiros em 1971. Em 1974 foi nomeado Embaixador junto da Santa Sé, o seu último posto. Passou à disponibilidade em 1980. O Embaixador José Calvet de Magalhães fez igualmente carreira como professor universitário, tendo publicado alguns livros de grande actualidade para todos os diplomatas, historiadores e investigadores de relações externas, entre os quais se destaca "A diplomacia pura", "Manual diplomático" e "Breve história de Portugal". Foi ainda Presidente do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais."

"Pioneiro e exemplo para a Diplomacia"
O embaixador Calvet de Magalhães pertencia a uma geração de diplomatas que tinha uma ampla visão dos interesses de Portugal no mundo. Sabia valorizar a dimensão política desses interesses, promover a defesa do património cultural e inovar ? o que fez com especial mérito, no plano económico, onde teve papel pioneiro.Desempenhou altas funções na carreira diplomática, sabendo assumir de forma natural as suas responsabilidades para prestígio e projecção do País. Procurou sempre agir com inteligência e rigor, e transmitir não só uma imagem de serenidade, de elevação e de saber, mas também de ironia e simpatia.Era uma maneira de ser que se inspirava na sua vasta experiência e conhecimento dos homens e das coisas.Quando terminou a sua brilhante carreira, passou a revelar-nos mais o seu interesse pela investigação, o estudo e a escrita não só no plano diplomático, mas igualmente no da História, e da Literatura, deixando-nos obra valiosa e variada.Fica assim o seu nome como exemplo para a diplomacia portuguesa, pelo seu sentido de Estado e a noção esclarecida dos interesses de Portugal ? um nome que é testemunho de riqueza humana e intelectual.

Assim vai o mundo...

2 comentários:

Wakewinha disse...

Não faço ideia de quem seria o Senhor, mas com tamanha obra merece todo o meu respeito na hora da sua morte!!!

A. Narciso disse...

não sabia. Danke pela informação
Abraço