segunda-feira, abril 04, 2005

A beleza da medicina...

Certos filmes não são aclamados pela crítica nem ganham prémios internacionais, mas são merecedores de serem vistos por um ou dois pormenores...
Ontem dei por mim a rever o filme "Patch Adams". Para lá das interpretações do talentoso Robin Williams, da bela Monica Potter ou do seguro Philip Seymour Hoffman, existem aspectos no filme que quero apontar...
Primeiro, o facto de ser uma história verdadeira. Hunter "Patch" Adams existe mesmo... Para além de médico, é um activista político importante. Na sua clínica são tratados todos os dias centenas de doentes, sem que estes tenham de pagar. E mais incrível existe uma lista de espera de médicos que querem trabalhar lá. Acho fascinante que existam tantos discípulos de Hipócrates estariam dispostos a trabalhar pro bono e não uma legítima aspiração à riqueza...
Segundo, porque este filme é um hino à boa disposição. Robin Williams passa a primeira parte do filme, como Benigni n' "A Vida é bela", a provar-nos como o riso faz bem. E é tão bom fazer rir, mesmo que seja um estranho... Conseguirmos tocar alguém, deixar a nossa marca na vida doutrem e se possível ajudá-la a sentir-se melhor é fantástico.
Por fim, este filme tem a melhor definição de médico que existe... O médico não é alguém que apenas tenta evitar a doença, mas alguém que procura melhorar a qualidade de vida das pessoas. Bem sei que se ensina a transferência, porque sem ela os médicos não conseguiriam aguentar a vida toda a ver desaparecer pacientes seus. Mas não seria bom os doentes serem tratados pelo nome e não como apenas mais um... Até porque a componente psicológica é fundamental para o tratamento. Quantas vezes ao entrar no hospital, nos sentimos imediatamente mais doentes! Isto porque a nossa percepção do local como um lugar de enfermidades, tem sobre nós uma carga negativa... Como seria bom um local divertido, onde toda a gente soubesse o nome e em que a morte não fosse tratado com medo. A morte é algo natural e não é obrigatório que tenhamos de ir sem um sorriso... Bem, seria bom um mundo desses e com exemplos como o de Patch Adams, talvez o possamos ter!

Assim vai o mundo...

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