terça-feira, abril 26, 2005

Educação, essa paixão esquecida...

Considero-me uma pessoa instruída. Tive a sorte de ter uma óptima professora primária, que cultivou em mim a vontade de aprender sempre mais e nunca estar satisfeito... Por isso me considero um privilegiado! Aliás, acho que o ensino primário é a base que nos faz gostar ou não da escola...

Hoje soube-se que a nova Ministra irá tentar combater o insucesso dos alunos portugueses no que toca à Matemática. Louvável, sobretudo atendendo a que, primeiro estamos na cauda do pelotão nesse aspecto e segundo se queremos um choque tecnológico a matemática é imprescindível... Defende a senhora Ministra que uma parte do problema é a incapacidade por parte dos partes dos professores! Não achando que é causa única tenho de dar razão... Como disse tive sorte na primeira professora que tive e ao longo da minha vida, falando do caso da Matemática, fui apanhando pessoas que me conseguiram ensinar a arte dos números. Cheguei à conclusão que não era a minha área mas isso fui uma decisão minha e que tinha a ver com as minhas capacidades e não incapacidades.
Pergunto-me se os professores qua saem das universidades estarão preparados para além de debitar informação, cativar e motivar os alunos para o reino do numérico... Como toda a ciência, a matemática tem truques e todos sabemos que onde há truques há magia! Então, porque carga de água não conseguiram os professores tornar a Matemática como algo atractivo e interessante? Não sei! Não estudei essa área o suficiente para conseguir responder a isto. Mas por exemplo se tivesse que ensinar História a um grupo desinteressado, garanto que no fim do ano haveriam de ter aprendido e gostado de aprender. Como? Cativando, dando pormenores interessantes, contando pequenas estórias que fazem da História mais do que uma sucessão de eventos... Garanto-vos que hei-de noutra altura contar aqui episódios históricos e quero ver se alguém abandona a leitura antes do último ponto... Os professores tem de possuir a oratória de um S. António nos seu sermão aos peixes, um humor contagiante, uma perspicácia aguda e um gosto pela profissão interminável... É um trabalho difícil mas dos mais edificantes e recompensantes do mundo! São quem molda a sociedade...

Sei que voltarei a este assunto porque digo-vos se alguma vez desejei um cargo político o de Ministro da Educação era um dos poucos... Mas deixarei aqui as minhas ideias noutro dia...

Assim vai o mundo...

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